"Isso é mentira!"
Foi tanto uma rejeição da premissa quanto o que Kosuke queria desesperadamente que fosse verdade.
Os ossos da história que o mantivera em movimento estavam quebrando.
"Uma reação tão previsível. Ah, bem, pelo menos foi uma mentira útil, já que fez você continuar por tanto tempo", disse o Professor, com um sorriso de satisfação estampado no rosto.
Ele adorou destroçar Kosuke por dentro.
A vontade de uma pessoa não segue de acordo cm os seus desejos. Ela pode ser facimente destruída pela palavra de outra. Se todo o plano de Ryusenji acabasse indo para o inferno, pelo menos ele teria o prazer de destruir completamente outro homem com algumas simples palavras.
"Aliás, esse centro médico existe mesmo. Também é verdade que Saya, que estava em estado vegetativo, foi transferida para o hospital viva. Não importava quanta pesquisa eu fizesse, os registros eram perfeito. Saya está viva. Agora mesmo. O que era falso era apenas a filmagem que eu lhe mostrava de vez em quando."
"Sr. Kogata!", Eiji levantou a voz.
Eu pensei que tinha que falar com ele de qualquer maneira.
"Olha, é um Black Agumon! Você... Esse é o Digimon que os FdC estava procurando!"
Ao ouvir as palavras de Eiji, Kosuke olhou para o Black Agumon e recuperou o juízo.
Lá estava: o Digimon que traria uma recompensa excepcional de cem milhões de DC.
O Digimon que Kosuke passou metade de sua vida procurando.
Ele estava certo ao estabelecer a Operação Tartarous, ao abrir caminho até o Domínio Fonte para encontrá-lo.
Ele escolheu um caminho que o levou ao sucesso, até seu mentor sequestrar a operação. ...
"Eu não acredito em você!", Kosuke cuspiu na direção do Professor Ryusenji.
"Hm".
"Eu me recuso a acreditar que Saya está morta! Não até que eu mesmo tenha administrado este medicamento e vejamos quem está certo", disse ele, segurando a seringa na mão.
Ele caminhou até o Black Agumon.
O Digimon, por sua vez, parecia assustado e inseguro, mas não tentou fugir ao ver a seringa.
"Vá em frente. O remédio naquela seringa é muito real", disse o professor, fazendo Kosuke hesitar.
"O Black Agumon diante de você é, sem dúvida, o parceiro Digimon dela. Os códigos de identificação coincidem. Eu só menti para você sobre uma coisa, como eu disse. Você é livre para acreditar no que quiser sobre se o corpo dela ainda está ou não naquela instalação. Você está disposto a viver com as consequências?"
"Quais consequências?", Kosuke rosnou.
"Você é um gênio, mas comete erros sob pressão. Esse remédio vai acordar a consciência de uma vítima de DECD dentro do DigiNúcleo de seu parceiro Digimon e restaurar sua autoconsciência. Suponhamos que você o dê ao Black Agumon e desperte a consciência de Saya aumenta, mas ela descobre que não tem corpo para onde retornar? O que acontece com ela então?", o professor se perguntou em voz alta.
Kosuke sabia exatamente para onde isso iria levar.
Ele acreditava que a consciência dela ainda estava no Black Agumon.
Ele não queria acreditar que ela havia morrido no mundo real.
Ele esperava, contra toda a esperança, um milagre e sabia que estava ignorando deliberadamente quaisquer outros resultados.
Mas ele também sabia que precisava tentar, independentemente de qual parte do pequeno discurso do professor tivesse sido mentira.
"Isso que você está praticando, Kosuke, é ocultismo. Mas, se é isso que você quer, administre o remédio. Ficarei parado e observando com muito interesse", continuou o professor.
Kosuke sentiu seu coração se partir quando a escolha o dominou.
A seringa caiu no chão; ele se sentiu fraco.
Ele não conseguiu.
Enquanto ele pudesse se apegar à esperança de que a consciência de Saya ainda estivesse lá, enquanto sua única escolha fosse rezar por um milagre em vez de ter certeza, ele não poderia administrar a injeção – mas fazer isso era a única maneira de saber se ela acordaria.
Kousuke tinha duas opções. Ele salvaria Saya ou seria ele quem seu destino com suas prórias mãos.
Era demais para suportar.
"O mundo digital realmente pode mudar vidas", regozijou-se o professor Ryusenji, como se nada disso o envolvesse.
"Descriptografia do Setor Dados concluída"
Um grito angustiado rasgou o ar.
Dorumon se inclinou para trás, a cabeça balançando violentamente para trás até que ele desabou no chão. A luz em sua interface apagou-se gradualmente.
"Kosuke, o que...?"
"Perdoe-me, Dorumon. Você merecia coisa melhor", disse Kosuke, e caiu de joelhos na frente do Digimon.
"Você não teve outra escolha, não é? Escolhemos os caminhos certos, mas eles foram falhos desde o início. Nunca suspeitei que Ryusenji seria nossa ruína. E aqui eu pensei que poderia entender os humanos, mesmo que apenas um pouco".
Dorumon estava chocantemente otimista. Talvez isso fosse aprte de sua própria natureza.
"Que gentileza sua, Dorumon".
Disse o Professor Ryusenji, cheio de amor sincero e reverência.
"Que bela resolução para a nossa história. Todos vocês fizeram o que puderam".
"Você está tentando nos consolar, professor? Ou nos deixar furiosos?"
"Você não pode simplesmente elogiar as crianças por darem o melhor de si hoje em dia. Não até ver alguns resultados", disse Kosuke com uma risada seca.
"Seja como for! Nenhum de vocês sabia o que Kosuke faria depois de descriptografar os dados do Domínio Fonte, não é? É um território muito perigoso de se estar, por isso devo ser eu a dar o próximo passo", disse o professor, voltando ao assunto em questão.
"Eu planejei dizer que você fez isso, você sabe. Eu ia te dar todo o crédito. Nada disso importava, desde que eu encontrasse Saya e tivesse a chance de trazê-la de volta", disse Kosuke calmamente.
"E agradeço seu amor por minha filha", disse o professor categoricamente.
Kosuke gemeu.
O peso do passado caiu sobre ele, prendendo-o de pés e mãos, esmagando seu peito.
"Vou inventar uma história que faça você parecer bem, Kosuke. Eu realmente não queria perder você, você sabe", disse o professor Ryusenji calorosamente.
"Por que se preocupar, depois de toda essa tortura?"
"Kosuke, meu prodígio, meu braço direito! Usei meus vastos fundos e todas as conexões que tive para mantê-la viva em sua mente pelo maior tempo que pude. Se você tivesse descoberto antes, teria desabado, como uma pipa que se solta da corda", disse o professor, agora mastigando a paisagem.
Foi tudo uma grande manipulação bem elaborada.
O Professor Ryusenji foi o rosto público da Abadin Electrônica como seu fundador, enquanto Kosuke continuou trabalhando nas sombras como um cracker.
Enquanto houvesse esperança de reviver Saya, eles sempre seriam professor e aluno – até mesmo pai e filho.
Sempre haveria um pouco mais para extrair de Kosuke.
"E agora você terminou comigo".
"As palavras de um homem que realmente perdeu tudo! Agora, se me dá licença, preciso voltar ao trabalho. Aguente aí só mais um pouco, Ryu", disse o professor Ryusenji na direção de Ryudamon.
O código foi transmitido para o objeto Vacina da interface de Ryudamon.
"Descriptografando o Setor Vacina".
Ryudamon começou a ter convulsões.
"Vacina, muito bem. Bem, já chega dessa conversa chata. Vamos fazer as coisas andarem, certo?"
Não havia como reagir agora. Ryudamon estava muito ferido na batalha do outro lado do Portal, e o Link Mental de Yulin estava ligado já há muito tempo para fazer algo drástico.
"Por que fazer isso, se não para salvar Saya?", Yulin perguntou incisivamente.
O professor estava envolvido com algum tipo de elemento criminoso?
Ela tentou juntar as peças. Ele não poderia simplesmente abandonar o corpo de sua filha, poderia? Não. Não categorizava abandono se o corpo dela tinha sido enviaod ainda com vida.
Supondo que ele a tivesse enviado ao exterior para tratamento, isso só complicaria as coisas se o corpo dela precisasse ser reivindicado. Ele poderia ser acusado de fraude se ainda recebesse pagamentos de seguros, mas abrir um caso como esse contra um bilionário e uma figura pública seria extremamente difícil.
"Eu te falei sobre o Domínio Fonte, Kosuke, mas o que eu realmente procuro é o Digimon Fonte", explicou o professor enquanto a descriptografia continuava.
"O que é esse Digimon Fonte?", Eiji perguntou.
"O Digimon Fonte. O Digimon primordial. O primeiro modelo de forma de vida digital, nascido ao mesmo tempo que o nosso mundo. A semente a partir da qual todas as outras formas de vida IA evoluíram. O verdaeiro Santo Graal do Mundo Digital, se preferir. Fascinante, não é? Meu coração dispara só de pensar nisso".
Ele ficava mais animado a cada minuto que passava, pensando em todos os dados que veria em tempo real.
O que ele descreveu parecia ser as células-tronco do Mundo Digital. Um Digimon que não era nada na sua forma atual, mas que era capaz de se tornar qualquer coisa.
O contato com dados do mundo real, entretanto, fez com que surgissem vários novos tipos de Digimon; os Digimons Protótipos estavam entre eles.
Por absorver tanta informação, os mais perigosos foram isolados num novo sistema dentro do Mundo Digital, mas o Digimon Fonte continuou a receber dados externos e evoluir.
Embora o Digimon Fonte em si não tivesse assumido nenhuma forma específica, era sem dúvida o motor que alimentava intermináveis evoluções.
"Estou avisando, isso é muito perigoso!", Yulin disse bruscamente.
Ela já tinha ouvido o suficiente. Isso tinha que parar.
"Você está certa. Não tenho ideia do quão perigoso este Digimon Fonte pode ser".
"É por isso que temos que deixar isso pra lá! É demais para uma pessoa lidar, muito menos para toda a humanidade!"
Interferir com o Digimon Fonte levantava numerosos dilemas éticos, filosóficos e religiosos.
Precisava ser regido por lei, como a tecnologia de clonagem fazia há tantos anos. Interferir com o Digimon Fonte pode dar a capacidade de criar Digimon à vontade.
"Eu sei. Acontece que concordo com você, até. No entanto..."
Ryusenji hesitou.
Yulin sabia o que diria a seguir.
"Você sabe como eu detesto o tédio. Pense nisso: nunca mais ficarei entediado!"
A curiosidade do cientista não tinha limites, mas Yulin nunca imaginou que chegaria ao ponto de usar a morte de sua filha e trair seus próprios alunos para satisfazê-la.
"Se isso é quem você realmente é, Professor... Você perdeu qualquer resquício de respeito que eu tinha por você. Eu te desprezo!"
"Alguma vez eu já fui do tipo que se importa com o que os outros pensam de mim, Yulin?"
Talvez o fracasso do Programa Tartarus o tenha mudado, afinal — ou simplesmente desencadeado algo que sempre esteve lá, estimulado pela perda de sua filha e pela partida de Yulin.
"Meu objetivo final é entrar em contato com o Digimon Fonte, me comunicar com ele... me tornarum com ele. Sim, isso mesmo: vou fazer uma Link Mental com o Digimon Fonte!"
Ele pretendia se tornar o superintendente humano do Mundo Digital.
"Seu traidor!" Eiji gritou.
Eiji não aguentava mais.
"Perdão?"
"Isso é traição!"
Os FdC e o LDD estavam unidos graças à cooperação de Kosuke e do professor Ryusenji nos bastidores.
O plano para invadir o Domínio Fonte sempre foi do Professor, por motivos próprios.
Seu objetivo final era um Link Mental com o Digimon Fonte.
Para controlá-lo!
"Você quer pegar o parceiro Digimon mais poderoso do mundo digital para você".
"Bem, parece adorável quando você coloca dessa forma. Mas lembre-me exatamente como eu traí você?", o professor desafiou.
"Você não fez isso", Eiji disse, sua mente no ainda contido Loogamon.
"Entendo. Boa conversa", disse o professor com um aceno de cabeça.
"Você me ofereceu o trabalho na esperança de que eu digivolvesse Loogamon para sua forma Perfeita, certo? Por que outro motivo um professor famoso se preocuparia com uma criança como eu?"
"Os Digimons Protótipos deven digivolver para sua forma Perfeita para poder fazer pleno uso das interfaces em suas cabeças, sim. Ah, mas aquela forma furiosa do Helloogarmon simplesmente não serviria. O humano em Link Mental deve manter controle total com as ferramentas disponíveis".
A 'infiltração' de Eiji nos FdC foi um teste para fazer Loogamon digivolver.
"Eu entenod isso. Seu carisma me conquistou quando nos conhecemos. Achei que era a chance da minha vida; Pensei que finalmente tinha encontrado algo pelo qual valesse a pena lutar. Eu estava determinado a usar sua fama e poder para aumentar meu perfil no Mundo Digital. Eu iria mudar minha vida através do meu trabalho como cracker! Mas eu cresci desde que nos conhecemos".
Eiji não era mais o crcker classe A que o Professor contratou. Ele era classe S agora.
"Peço desculpas por não ter informado você antes, mas você sabe como é", ronronou o professor.
"Confidencial do D4".
"Sim! E suas circunstâncias infelizes – sem parentes vivos, por exemplo – fizeram de você o candidato ideal".
"Você quer dizer que eu era conveniente".
"Bem, seus valores de compatibilidade com Loogamon foram certamente o que fez eu me decidir. E se eu tivesse te contado tudo, bem... Nem você nem Loogamon teriam crescido, como você disse!"
"Se você diz".
Eiji e Loogamon aprenderam, com o tempo, a focar e aceitar as coisas como elas surgiam.
Acreditar no seu próprio potencial e nunca fazer nada por meias medidas.
Eles pensaram, preocuparam-se, choraram, comemoraram e vomitaram com cada fibra do seu ser.
Eles chegaram ao fundo do poço e subiram juntos.
Talvez fosse verdade que eles não teriam crescido tanto se o Professor tivesse sido mais prático ou se tivessem mais informações que lhes dessem uma sensação de segurança.
Isso parecia uma mentira, no entanto.
"Veja, você entendeu! Você sabe onde você está! Então, por que você está compartilhando a justa indignação desses dois? Eles não têm nada a ver com você. A menos que... Ah. É simpatia?"
"Por que?" Eiji perguntou, a raiva crescendo dentro dele. "Você sabe porque."
"Dá pra você CALAR A BOCA, Ryusenji?!”
Loogamon rugiu, levantando-se desafiando suas amarras.
"Estamos enlouquecendo só de ouvir você tagarelar!"
O pelo deles ficou em pé.
"Er... Por quê?"
Professor Ryusenji perguntou, perplexidade franzindo seu rosto.
"Você disse algo quando estava falando sobre encontrar nosso amigo, Pulsemon. Que era apenas uma fração do que o setor de dados do Domínio Fonte poderia fazer".
Eiji ficou furioso porque o professor não demonstrou consideração pela segurança de seu aluno DECD, Leon Alexander.
"'Você sabe como eu detesto o tédio'?"
A frase estava martelando na cabeça de Eiji no momento em que o professor a disse.
Ele se sentiu compelido a jogar de volta para ele.
"Oh, o comentário sobre o tédio foi apenas uma figura de linguagem, Eiji", o professor objetou.
"Você estava assistindo quando lutamos contra Kazuchimon e Loogamon digivolveu para Helloogarmon. Você poderia ter intervindo e impedido, mas não o fez".
"O curso da digivolução importava mais do que a vida de Leon. Pelo contrário, foi mais interessante, academicamente falando".
Leon era um peão. Um meio para o fim. Ele não se iportava com Leon.
O professor ergueu as sobrancelhas.
"Ah! Você está bravo por Leon! Vocês dois eram bem próximos, não eram?"
"Ele é seu aluno!", Eiji atacou.
Ele não conseguia acreditar que algum dia tivesse respeitado o Professor. Eel se sentiu traído.
"Você continua falando sem dizer nada, Ryusenji. Você já deu uma boa olhada em si mesmo?", Loogamon pressionou.
"Continue latindo, seu vira-lata sarnento. Agora Eiji..."
"Estou do lado dele", Eiji interrompeu, interrompendo o Professor.
"Você estava vivendo uma vida sem saída quando eu te encontrei. É assim que você trai minhas expectativas em relação a você?", o professor rebateu.
"Você é quem está me traindo agora".
"Talvez sim..."
"No começo, eu queria ser você. Agora eu não quero nada com você. Eu ignorei seus defeitos porque te respeitava, mas vou me lembrar deles pelo resto da minha vida e pensar em como você é um homenzinho azedo. Não sinto mais nenhuma admiração por você!", Eiji fervia de raiva.
"Você não sente culpa", acrescentou Yulin.
Ele não tinha culpa, nem consciência, nem empatia.
Ele também não conseguia ver suas próprias deficiências. Ele ansiava por estímulo.
Os resultados foram tudo; qualquer outra coisa era um meio para um fim.
"É isso que atrai as pessoas até você. Suas mentiras confiantes e descaradas sem vergonha alguma. Você é um sociopata!"
"Caramba, Líder do Esquadrão! Eu não iria tão longe!"
Eiji não pôde deixar de recuar diante de um diagnóstico tão ousado em primeira mão.
O professor parou o que estava fazendo, sem conseguir se concentrar.
"A questão é que não acreditamos mais em uma palavra do que você diz! Você é inferior a um Sukamon e duas vezes mais fedorento!", Loogamon disse, ansioso por uma briga.
"Então você me odeia agora".
Os ombros de Ryusenji caíram. Ouvir isso de um Digimon doeu ainda mais.
"Você traiu Leon, o velho Tartarus e a senhora da DigiPolícia. E por mais que você tente esconder isso, um dia você vai se voltar contra mim e Eiji também! Eu simplesmente sei disso!"
"É isso que você pensa de mim, Loogamon?"
"É o que eu sei!"
Não se podia confiar em ninguém que usasse a morte da própria filha em benefício próprio.
O professor Ryusenji suspirou.
Isso foi muito desconfortável.
"Eu coloquei minha confiança em você, eu cuidei de você e agora você me trairia. Meu Deus... Bem, suponho que esta próxima parte será muito mais tranquila se eu mesmo fizer isso, de qualquer maneira".
Eiji tocou a interface do Loogamon.
Código invisível voou entre eles — comandos de parceiros.
"Sozinho, você disse?"
Este foi o fim da estrada; era hora de dizer adeus.
Eiji sentiu como se estivesse vivendo um sonho, mas podia ver que a porta daquela vida estava se fechando.
Assim que Eiji estabeleceu seus sentimentos por Ryusenji, ele sentiu uma enorme quantidade de energia brotando dentro de Loogamon - sua chama mágica inextinguível brilhou mais uma vez.
Eiji ouviu as correntes que seguravam Loogamon gritarem e gemerem. Algo que apenas Eiji podia ouvir.
Eles estavam em sintonia mais uma vez.
"Veja be. O Leon... ele sabia demais", disse o professor Ryusenji, olhando para o Pulsemon onde a consciência de Leon estava ostensivamente adormecida.
"Ele sabia qual era a minha mentirinha e ficou um pouco poderoso demais. Ele se tornou um risco", lamentou o professor, franzindo a testa.
"Isso não parece uma performance. Você está realmente triste com isso", disse Eiji.
"Você tem que cortar pela raiz, sabe. Já fiz isso inúmeras vezes. Com Leon, claro, mas também com Kosuke aqui".
Eiji estava sempre muito ocupado com seus próprios problemas para pensar em julgar alguém.
Ele e Loogamon se comunicaram pela conexão e reafirmaram seu desejo de salvar seus amigos.
Eles eram uma equipe e só havia um caminho à frente deles.
Seus corações se tornaram um e Loogamon se libertou da ferramenta de contenção.
Pedaços de corrente voaram pelo ar enquanto o Professor Ryusenji se virava, com os olhos arregalados de choque.
"Como você quebrou as restrições tão rapidamente?!"
"Tenho o fogo do inferno em minhas veias. No momento em que meu corpo sente qualquer tipo de objeto estranho, posso gerar calor suficiente para queimá-lo", disse Loogamon, de cabeça erguida.
Seus pelos mais uma vez se arrepiaram enquanto uma aura flamejante envolvia seus corpos.
"Agora escute aqui, cientista maluco bastardo – você não pode usar as pessoas como quiser!", Loogamon soltou um uivo.
Ele estava determinado a proteger sua matilha desse inimigo.
“Cientista maluco bastardo? Meu Deus, isso dói, Loogamon. Você com certeza sabe como me dar nos nervos.
"Eh?"
"Parece que tenho outra tarefa antes de terminar a descriptografia. Você só terá que esperar um pouco mais, amigo Ryu", disse o professor Ryusenji enquanto pausava a descriptografia do Setor Vacina.
"Isso não vai acabar bem para você",
Eiji disse enquanto preparava seu Digimon Linker.
O fogo do inferno balançava e piscava na tela.