segunda-feira, 3 de abril de 2023

Digimon Seekers 1.2 - Eiji: Lobo na Avenida Nove Parte 2



A Ciber Universidade de Tóquio foi estabelecida como um importante programa do governo para dar tratamento preferencial e apoio a estudantes de ciências que serão responsáveis pelo futuro da ciência, da tecnologia e da própria nação.
Embora relativamente nova, possui pesquisas de ponta e é responsável por grandes avanços no campo da engenharia da informação. É localizada no Distrito Denrin, que se tornou o novo centro da cidade multinacional de Tóquio. A reputação da universidade como um bom ponto de partida para trabalhar com empresas globais e as chamadas 'Big Techs' a tornou cada vez mais popular entre candidatos.
Adjacente ao câmpus em Denrin havia outra instalação.

Corporação Abadin Eletrônica.

A AE é uma empresa líder envolvida em terminais eletrônicos, equipamento da Rede e semicondutores via fabless.
O Laboratório Digital Denrin da Abadin Eletrônica, comumente conhecido como LDD, era o centro de pesquisa e desenvolvimento da AE.


O saguão do primeiro andar do LDD era mais simples do que Eiji tinha imaginado.
Não era nada além de um balcão de recepção e um sofá de espera qualquer.
O grande telão nem mostrava qualquer propaganda da AE. Mostrava pradarias, florestas densas, mares polares, altas montanhas, corredeiras com folhagem vermelha, subterrâneos e cavernas... imagens ambientais criadas pela natureza em cada uma das quatro estações.
"O Laboratório Digital Denrin é uma instalação de pesquisa... A sede da AE é em outro lugar".
A parede externa do laboratório, cuja superfície era ligeiramente curvada, era verde e não tinha logotipos de empresas ou alguma sinalização visível. Qualquer um passando por ali poderia pensar que era o prédio da qualquer da  Ciber Universidade de Tóquio.
Eiji olhou seu reflexo no vidro.
Ele se vestiu com suas roupas casuais de sempre. Trajes usuais pareciam ser aceitáveis para o trabalho  no LDD.
As pessoas que trabalhavam lá deviam ser a elite, as melhores mentes na área. Um freelancer com diploma do ensino médio estaria fora de lugar.
Mas Eiji andou até a recepção sem hesitação.

Porque ele está aqui a trabalho.

"Olá".
Eiji começou com uma saudação afetuosa, direcionada à recepcionista.
"Sim?"
O que há com esse garoto suspeito? Ela olhou para Eiji como se não tivesse certeza do que fazer com ele. Ele não estava carregando uma mochila quadrada, então obviamente não era uma entrega de comida. Ah, bem... Talvez houvesse estudantes da faculdade ou transeuntes que entravam por engano no laboratório. Talvez ele estivesse sendo confundido com um deles.
"Eu tenho um compromisso marcado. Devo digitar nesse tablet?"
Quando se tratava de instalações de pesquisa, segredos comerciais eram mantidos.
Havia alguns guardas muito fortes no portão do outro lado. Se ali fosse os Estados Unidos, eles estariam portando armas.
"Sim... Ok então..."
A voz confusa dela era fofa também.
Ela tinha cabelo curto e volumoso, presos ao redor do pescoço. Embora seu estilo fosse simples, como esperado de alguém que trabalhava num laboratório, ela tinha uma cara pequena e pescoço e ombros finos.

"Esse é seu nome real?"
"Costumo usar um pseudônimo quando estou trabalhando".
"Com licença, mas você trabalha no show business ou é escritor?"
"Não".
Não era um nome artístico ou um apelido. Eiji, como a maioria dos crackers, usava seu nome de rua quando trabalhava.
"Por favor, use seu nome real se não se importa".
"Eiji Nagasumi... Número de telefono, horário do encontro e o motivo não eram o bastante... Hatsune?"
Eiji olhou no crachá dela.
"Por favor, não fique todo causal comigo".
"Ok... Senhorita Hatsune".
".........!" Hatsune, a recepcionista, contraiu as têmporas. "Se você está aqui a negócios, ponha o nome da sua empresa aqui..."
"Eu não tenho um empresa ainda".
"Ugh..."
"Bem, minha ocupação é... Qual era o departamento daquele cara mesmo? Oh, isso é um pé no saco".
Eiji pegou o smartphone.

--Tomoroni Ryusenji, Professor

Ele digitou o endereço, enviou uma mensagem "Estou aqui" e decidiu esperar no saguão.
Havia alguns outros convidados esperando. Todos eles receberam passes de convidado da recepção. Todos eles pareciam mais acadêmicos que homens de negócios, como se estivessem se matriculando numa universidade de ciências da computação.
(..........)
Eiji olhou o objeto no centro do saguão.
Três esferas flutuando no ar.
Cada esfera tinha uma marca distinta gravada nela.
Tinha um círculo, mais ou menos. Elas estão girando, sobrepondo uma à outra. Era como três  globos aglomerados atraídos um ao outro pela gravidade.
(Isso estava aqui antes...?)
Uma olhada mais de perto deixou Eiji surpreso.
"Essa imagem tridimensional... é hololizada".
"--Ei, Fang!"
Uma voz chama seu nome de cracker do outro lado do portão.
Ao mesmo tempo, os três objetos se chocam e desaparecem sem deixar rastros.
Eiji se vira.
Ele tinha cerca de 1,70 de altura. É um homem bem tonificado, meio grisalho e de aparência meio caucasiana. Ele devia estar na casa dos 60, mas seu andar e postura eram bons, e o faziam parecer mais jovem.
Sua presença era mais mais fácil de entender pelas reações daqueles ao redor do que pelo próprio homem. Todo mundo no saguão notou sua aparição inesperada.

"Olá, Professor Ryusenji!"

Um dos co-fundadores da Abadin Eletrônica.
Ele é um milionário. Ainda possuía mais de 20% das ações da AE, que tinha valor de mercado de mais de 100 bilhões de dólares.
E Professor porque, bem, ele também era professor universitário.
Conhecido na indústria como chefe dos Laboratório Ryusenji, ele era atualmente um professor emérito na Ciber Universidade de Tóquio. Como um dos principais executivos de sua empresa, ela a transformou de um pequeno empreendimento de uma universidade em uma empresa de classe mundial nos últimos 10 ou 20 anos.
"Essa é a primeira vez que encontro o Cracker Fang, mas certamente não parece assim".
Suponho que você pode chama-lo de homem acima das nuvens.
Em circunstâncias normais, Ryusenji não era uma pessoal com quem Eiji se sentiria à vontade.
"Porque estamos sempre conversando por chamada de voz. E sim, sou eu. Eiji Nagasumi".
Eiji se apresentou de novo.
"Bem, Fang--ou Eiji, vamos andando. Desculpe, estou tendo alguns problemas. O que me lembra...  Ei, você. Dê a ele um passe de convidado".
Ryusenji foi até a recepção.

Desde que o garoto suspeito tinha chamado o chefe da AE do Japão tão casualmente, a recepcionista Hatsune ficou um pouco nervosa e cada vez mais desconfiada..
"Sim, senhor. Agora mesmo".
"Estou indo para o D4 e preciso de um passe de pesquisa conjunta".
"Mesmo?"
"O conselho já deu a aprovação... essa manhã mesmo".
"Oh! Sim,. claro".
Hatsune estava duas vezes surpresa quando tocou no terminal para confirmar e emitir o passe.

Segure o passe especial emitido pra você e passe pelo portão de detecção enquanto os guardas o saúdam. Isso por si só fez Eiji se sentir um pouco mais adulto.
Enquanto ele caminhava pelo corredor, mais funcionários e pesquisadores que passavam por eles cumprimentavam Ryusenji. Eiji estava atrás dele, correndo e devolvendo os sorrisos.
Por alguma razão, era uma ótima sensação.
"Professor Ryusenji, por que te chamam de Professor? Por que não Presidente, vice-presidente, presidente do conselho?"
"Provavelmente porque Professor é o que me descreve melhor".
Ser um pesquisador aparentemente se encaixava nele. Ele já tinha deixado a gerência da AE para seus ex-subordinados.
Eiji não tinha certeza de como lidar com a gerência de uma grande companhia, mas de algum modo ele se sentia mais confortável conversando com um professor universitário.
"Antes de irmos ao escritório, há algo que eu gostaria lhe perguntar. Gostaria que você desse uma olhada também".
"Me pergunto o que pode ser... Mal posso esperar".
"Por aqui".
Eles pegaram o elevador para o andar seguinte, onde encontraram outro portão guardado.
Não era um portão de detecção como aqueles nos saguões dos aeroportos. Era um anteparo. A área á frente parecia completamente isolada do restante do prédio do LDD.

--O Compartimento D4

"à nossa frente está o maior segredo da Abadin Eletrônica. A pesquisa central que vai determinar o futuro da nossa empresa está sendo conduzido aqui".
Ryusenji explicou sua importância.
O centro do LDD, a instalação de pesquisa de última geração da AE, está no D4.
Eiji foi obrigado a deixar seu smartphone e outros pertences pessoais nas mãos da segurança. Ele também foi submetido a uma revista corporal rigorosa.
"..."
"O que foi?"
Ryusenji, que passou pelo portão do anteparo primeiro, olhou de volta para Eiji.
"Umm, eu não tenho certeza se estou pronto".
"O que? É só um pequeno experimento. Você não gosta de atrações?"
"Huh. Quer dizer do tipo  divertido?"
"Bem, não é como se nós estivéssemos... revivendo dinossauros via engenharia genética ou pesquisando um vírus zumbi".
"Embora isso seria muito interessante".
Relaxado pela piada de Ryusenji, Eiji passou pelo portão D4.

E lá dentro estava...



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