quarta-feira, 5 de abril de 2023

Digimon Seekers 1.4 - Eiji: Lobo na Avenida Nove Parte 4


O que Ryusenji disse foi. "Os Digimons estão vivos."

"Seria muito divertido se Digimon estivesse realmente vivo! Como eles são agora, existem entusiastas que mantêm os Digimon como animais de estimação digitais, e há colecionadores como o senhor. Para um cracker como eu, os Digimon são... uma ferramenta útil de IA".
Para Eiji, os Digimon eram uma ferramenta importante para o seu trabalho.
Eiji estava usando Tyranomons atualmente. Eram um Digimon relativamente comumente capturado naquele mundo digital, e muitos deles eram negociados no GriMM.

"Hum."
"Quando e onde você pode fazer isso? Esta  tal Digimonlândia de que você falou".
"Foi arquivada para sempre".
Ryusenji suspirou com pesar.
"Oh, que pena!"
"Era difícil torná-la real. É por isso que o Digimundo permanece sendo um segredo da humanidade."
Com as palavras de Ryusenji, as imagens da queda do avião que ele acabara de ver passaram pela mente de Eiji.
"Porque há pessoas que usam os Digimons para cometer crimes.  Crackers como eu... mas ruins".
Os crackers de código geralmente atuam na zona em tons de cinza, mas mesmo entre eles, existem aqueles para quem o mundo é preto e branco.
E também há aqueles cinzas que são quase brancos e os cinzas que são quase pretos.
Há aqueles com quem é bom conversar, e há aqueles que são realmente maus, criminosos e até mesmo aqueles que são inimigos de toda a humanidade.

Enfim--
Nos últimos anos, falhas de rede, roubo de informações por meio de acesso não autorizado e ciberterrorismo têm ocorrido com frequência aqui e ali. Na verdade, o uso de Digimons como ferramentas de IA tem muito a ver com isso.
Conforme mostrado no vídeo, houve um incidente em que um Digimon usado por um terrorista derrubou um avião.

Isso, claro, não foi tornado público.
Os Digimons e o Mundo Digital eram desconhecidos do público em geral. Os líderes mundiais e as organizações internacionais têm encoberto a existência de ambos. Escondido a existência de um mundo inteiro.

De qualquer forma, seria muito escandaloso se um personagem de um parque temático fosse usado como uma ferramenta para criminosos cometerem ciberterrorismo...
"Revelar a existência do Digimundo e dos Digimons significa divulgar os crimes envolvendo Digimons para o mundo. O que você acha que acontecerá se fizermos isso?"
"Pânico!"
"Exatamente.""Exatamente."

A grande mídia, cujo trabalho era criar ansiedade, começaria a fazer barulho sobre os Digimon serem invasores de outro mundo.
Seria fácil e simples assumir que o Digimundo e os Digimon eram maus.
"A maioria dos seres humanos ainda não conhece o Digimundo. E mesmo que conhecesse, não o entenderia".
Ryusenji, sendo o gênio que é, disse algo que era difícil para Eiji entender.

"....................."
"Não acredito que existe um outro mundo além da rede que é diferente do mundo real... Que os Digimon estão realmente vivos..."

Eu sei agora e mesmo eu não entendo...

"Professor Ryusenji..." A primeira coisa que ele fez foi se perguntar. "Existe mesmo um mundo inteiros onde os Digimon estão vivos?"

―​​Os Digimon estão vivos.

"Meu caro Cracker Fang... Eiji, você não quer saber? O mundo real e o mundo digital, a verdade dos dois mundos. Você não quer ver o outro lado do mundo?"
"Bem... claro que sim!"
Eiji ficou imediatamente animado".
"Quero dizer, eu não sei nada sobre isso! Para mim, o Mundo Digital é apenas informações numa tela em preto e branco daquele dock digital. O mundo que você conehce deve ser diferente do que eu vejo, certo? Sim, deve ser como o que eu vi no vídeoー"

―​ O Oceano da Rede, o mundo real e o Digimundo.

Um vislumbre do mundo além daquele ruído...

"Você sabe por que a imagem que mostrei a você no D4... é ultrassecreta? Você entende por que ela é mantida em segredo do público?"
"É porque...", diz Eiji... "Porque as imagens são reais?!"
Porque aquilo não era um vídeo promocional fictício, mas um vídeo de verdade com imagens do Digimundo?
"Sim... Aquele cenário eram imagens do verdadeiro Mundo Digital gerada por IA com base em dados que observamos. E os Digimon realmente vivem no Digimundo. Portanto, os extraterrestres reais estão na rede digital, não no espaço sideral".
Ryusenji olhou nos olhos de Eiji.

O que ele está dizendo não é uma metáfora ou uma forma única de ver as coisas.

"Os Digimons estão vivos!"
Eiji olha para o Modoki Betamon hololizado.
Estava vivo.
Se fosse esse o caso, então os Tyranomon, que ele estava usando como uma ferramenta de IA, também estavam... vivos? E todos os outros Digimon também?
"Ver em primeira mão, com nossos próprios olhos, o estado do Digimundo e o estado dos Digimons. Presenciar o Mundo Digital diretamente com os cinco sentidos humanos, e não com monitores virtuais e dados observacionais.

Quebrar o jugo entre o mundo real e o Mundo Digital.

"Como ele realmente é. É exatamente por isso que eu, Tomonori Ryusenji, decidi dedicar minha vida à pesquisa. Tudo o que faço é e foi feito para o bem do D4."
A transferência de dados do Modoki Betamon estava finalmente concluída.
Ryusenji removeu o Digimon Dock de Eiji do dispositivo, o pegou com os dedos e olha para ele.
"... Ah, obrigado."
Eiji estendeu a mão.

SNAP

Ryusenji jogou o Digimon Dock fora.
"O quê?!"
Eiji pulou em direção ao Digimon Dock e o interceptou antes que ele caísse na lixeira.
"O que você está fazendo, Professor?!"
Ele estava tão emocionado que mergulhou de cara direto na lata de lixo.
O dock de Eiji foi sua própria criação, feita de peças usadas. Embora fosse principalmente lixo, ainda lhe custou muito dinheiro.
"Houve um erro na memória."
"Sério?!"
Ryusenji era um colecionador de Digimon. E sendo um colecionador de Digimons, ele era muito cuidadoso com a condição de seus dados.
"Sou mais cuidadoso com a condição dos meus dados do que qualquer outra pessoa. Especialmente quando se trata do meu trabalho... Você não deveria usar esse modelo antigo quando trabalhar comigo. Os dados do Modoki Betamon foram quase corrompidos".
"Mesmo assim, não precisava jogar ele fora... Sabe, professor, a situação financeira de um cracker freelancer é diferente da de grandes empresários. Você tem que pagar por tudo sozinho, não tem como obter recibos e não pode usar todo o equipamento de última geração como esse. Não é como se eu pudesse gastar o quanto eu quiser".


"Hum."

"...Professor?"
Eiji estava confuso.
Ryusenji tinha uma maneira peculiar de falar.
Afinal, ele é um cientista genial do mais alto calibre no Japão. Dá pra perdoar por ele parecer pelo menos um pouco excêntrico.
"Desculpe por isso. Oh... Mas isso é quase perfeito. Deixe-me ver seu braço."
"Huh?"
Ele não sabia o que é que podia ser perfeito, mas fez o que lhe é dito.
Ryusenji colocou algo em volta do pulso esquerdo de Eiji.
Eiji... respirou fundo.
"...!"

Quando foi a última vez que ele se sentiu assim?

Quando seus pais compraram para ele um novo console de videogame quando ele era criança? Quando ele ganhou seu primeiro smartphone?
Não, isso era muitas vezes maior do que qualquer um desse!
Ele tinha a sensação de que todo o seu mundo se expandiria apenas por usar aquilo.
"Eu vou te dar isso."
É um dispositivo parecido com um relógio de pulso.
"Isso é da Abadin Electrônica... Este é um Digimon Dock de última geração? E algum tipo de relógio smart?!"
Eiji sentiu vontade de pular e dar três cambalhotas e meia.
Os produtos da AE eram fáceis de modificar em docks digitais e são altamente considerados entre os crackers de código. E este era um produto AE genuíno. E era um segredo comercial, porque tinha a ver com os Digimons.


――Um Digimon Linker.

"Este é o protótipo de um produto no qual estou trabalhando".
"Professor Ryusenji... Não que eu já não soubesse disso... mas você é incrível!"
No braço de Eiji, o Digimon Dock do tipo relógio de pulso começou a se configurar automaticamente.
"Também sou o diretor técnico da divisão Digimon Dock. Esse tem um sensor vital e biométrico, então só pode ser usado por você, a pessoa a quem ele foi registrado".
 "Ah! Então só funciona comigo!"
"É um sensor no nível de um dispositivo médico. Ele registra seu pulso, pressão sanguínea, respiração, temperatura corporal e assim por diante. Ele vem com um sistema de suporte médico 24 horas por dia através do nosso Suporte de Vida."
"Então vai me manter saudável!"
Eiji respondeu com entusiasmo.
"Também tem suporte para a função de hololização. Originalmente, a hololização de um Digimon só era permitida n LDD e em algumas outras instalações, mas isso... é uma exceção especial.

Enfim, era especial isso, especial aquilo, especial...

"Mas este é um protótipo... Certo? Deve haver algum tipo de truque".
"Você não tem nada com que se preocupar. Isso é simplesmente um presente meu para você."
"Sério? Incrível!"
"Mas aqui está o truque".
"Sim, eu sabia que haveria um truque! Eu te conheço melhor do que você pensa!"
Dito isto, Eiji não tin intenção de se separar de seu Digimon Dock do tipo relógio smart. Ele queria aquilo.
Sem sombra de dúvida, o Digimon Linker tinha desempenho melhor que o dock que Eiji fez. Dava de dez a zero nele.
"Quero ver o que Cracker Fang pode fazer com isso quando eu pedir a ele para fazer seu próximo trabalho".
"Eu vou fazer isso".
"Isso foi rápido. Isso é bom. Eu gosto disso em você."
Ryusenji pegou o braço de Eiji e apertou o botão na lateral do Digimon Linker.
A tela brilhou levemente.
Uma chama misteriosa parecia piscar na tela do relógio.

 ――Loogamon, Nível Criança, Tipo Fera Demoníaca, Vírus.

A minúscula tela colorida mostrava um Digimon que ele nunca tinha visto antes.
Os olhos de Eiji brilharam.
"É... Um cachorro?"



Após receber um novo pedido do professor Ryusenji, Eiji passou sozinho pelo portão e retornou à recepção no primeiro andar.
"Quebrar o jugo entre o mundo real e o Mundo Digital..."
No centro do corredor, aquele  objeto de três partes está sendo hololizado de novo.
"Boa noite! Obrigada pelo trabalho duro".
Hatsune falou com ele primeiro na recepção.
"Devolvo meu passe aqui?"
"Por favor, coloque aqui. Obrigada".
Eiji devolveu o passe.
Hatsune percebeu o dispositivo em seu braço.
"…"
"Ah, isso? O Professor Ryusenji me deu... Você conhece? É um Digimon Dock."
Eiji mostra seu novo relógio smart para Hatsune.
Hatsune olhou em volta, inquieta, e depois sussurrou de volta.
"É confidencial, não é? O modelo mais novo?"
Talvez fosse o cargo dela como recepcionista, ou talvez não, mas ela parecia ser uma pessoa muito bem informada.
"É apenas um protótipo para testes".
"Uau. O Professor Ryusenji imediatamente pediu para você fazer um teste para ele é... impressionante. Ele deve realmente confiar em você."
Ao invés de lisonjeá-lo, Hatsune parece estar genuinamente surpresa.
"Hmm... eu me pergunto. Quer dizer, você realmente acha isso?
"―"Absolutamente! O Professor Ryusenji parece tão..." Hatsune sussurrou ainda mais baixo. "Ele tem uma certa... estranheza sobre ele."​"
"Ele é peculiar, não é?"
Eiji apenas deixou escapar e riu.
A atitude de Hatsune era completamente diferente da primeira vez que a viu. Mas isso não era uma coisa ruim.
"Vejo você mais tarde."
"Claro, Nagasumi."
"Você pode me chamar de Eiji".
"Da mesma forma... Você pode me chamar de Hatsune ou o que você quiser! Então... este é o seu registro de admissão. Percebi que a seção de ocupação ainda está em branco! Se você não se importa que eu pergunte, o que devo colocar lá?"
Hatsune estava inquieta, como se estivesse antecipando algo.
"Minha ocupação?"
Eiji pensa um pouco.
Ele era freelancer... Não tinha uma ocupação definida. Basicamente, sem um emprego propriamente dito.
"Eu sou Eiji Nagasumi... um cracker de códigos..."
"Ah..."
A reação de Hatsune foi a mais sutil do dia.



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