sábado, 21 de outubro de 2023

Digimon Seekers 2.9 - Hacker Leon: Voo 626 da WWW Airlines Parte 9



Eiji foi direto para o escritório do Professor Ryusenji após seu reencontro com Leon no café do LDD.
​​​"Bom dia! Tudo está um pouco atrasado hoje e já tenho alguns planos. Apenas cerca de 15 minutos", disse o Professor em meio a um almoço tardio enquanto trabalhava na última análise de Digimon.

O estudo dos Digimon era aparentemente interminável e abrangia uma miríade de campos: o estudo biológico e a classificação dos Digimon, aplicação e uso dos Digimon como ferramentas de IA para engenharia de sistemas, o estudo ambiental do próprio Digimundo como um todo, incluindo os Digimons em si, e os estudos sociológicos do impacto dos Digimon na humanidade.

E ainda assim lá estava o Professor Ryusenji, constantemente impulsionando a pesquisa e buscando experimentar o Mundo Digital em primeira mão.
Afilal de contas, o que é estudo sem observação e coleta?
"Oh, desculpe por interromper então", Eiji disse apressadamente para mostrar seu arrependimento .
"Está tudo bem. Um dos meus alunos virá mais tarde".
"Um aluno?"
"Bem, ex-aluno".
Em outras palavras, provavelmente não era Leon. Eiji se sentiu aliviado.
"Os FdC... Uh, os detalhes do que aconteceu no servidor de dados da nação X são exatamente como descritos no relatório", disse Eiji.
"Então, como esperado, o alvo deles era mesmo o Mugendramon, o Digimon secreto. A nação X perdeu a sua arma de guerra cibernética, mas o Mugendramon também foi destruído, e os Fdc não conseguiram atingir seu objetivo. O que significa que a grande operação foi um fracasso", disse Ryusenji, recitando a sua avaliação da situação.
"O líder deles, Tartarus... Acho que ele está coletando Digimons segredos. Hmm, de nível Supremo. Ainda não sei qual o propósito, mas duvido que ele seja apenas um colecionador inocente".
"Estou inclinado a concordar".
"Um dos líderes do FdC, Marvin, ficou brevemente incapacitado na batalha, mas conseguiu se recuperar. Toda essa coisa do limite do Link Mental... Parece muito mais real agora que vi o que pode acontecer. Isso não é brincadeira"
"Mesmo as pessoas mais talontosas cometem erros sob pressão. Principalmente quando as coisas não saem conforme o planejado. Nem eu estou imune a isso", opinou o professor, voltando seu olhar para Eiji.
"Totalmente! Você entra em pânico, ou vê algo em que mal consegue acreditar, e faz um julgamento errado, ou..."
"Mesmo os maiores jogadores de shogi tomarão decisões erradas quando lhes resta apenas um minuto no relógio. A duração do Link Mental é tão importante na batalha, se não mais, do que as especificações do próprio Digimon. Você e Loogamon sobreviveram àquela luta com o Digimon do hacker porque o tempo estava do seu lado".
"Acho que essa é a sua maneira de dizer que teríamos perdido se tentássemos enfrentá-los de frente", rosnou Loogamon, parecendo abatido. Como sempre, Loogamon odiava perder.
"Hm... Loogamon não gostou dessa explicação, pelo que vejo", disse o professor, gesticulando na direção do Digimon.
"Da próxima vez vamos derrotar aquela faísca!"
"Para fazer isso, primeiro você precisaria digivolver. Pelo menos até o nível Perfeito, para começar".
"Nível Perfeito", disse Loogamon, com os olhos arregalados de entusiasmo .

Como seria a forma Perfeita de Loogamon? Eiji tinha que perguntar.

"Como será isso, professor?"
"Não importa para qual forma ele digivolva. Não existe uma maneira certa ou errada deum Digimon digivolver. Assim como todas as criaturas da Terra que evoluíram da maneira que evoluíram".
Cada criatura fazia parte de um experimento contínuo para ver o que era possível com suas escolhas evolutivas, parecia estar sugerindo o professor.
"Claro. Ei, Eiji! Leve-me à minha forma Perfeita!” Loogamon latiu animadamente.
"Tudo bem", Eiji gorjeou, virando-se para encarar Loogamon.
"Encontrei dados valiosos sobre o Mugendramon, que você poderia facilmente chamar de o pior Digimon terrorista da história da humanidade. Se possível, eu gostaria de capturá-lo, mesmo que isso significasse examinar seus fragmentos". ​​
"Aquele hacker ficou no meu caminho".
"Hum".
"O hacker era..."
"Eu sei. Leon Alexandre. Meu aluno e o hacker conhecido como Judge", disse Ryusenji, trazendo um monitor com a foto de Kazuchimon.
Eiji soltou outro pequeno suspiro de alívio.
"Você sabia, mas não me contou? Aqui estava eu ​​pensando que teria que dar a notícia para você, mas fiquei pensando demais e me contorcendo. Eu estava conversando com Leo no... er, com Leon... no café".
"Então era você".
"Olha... eu não vou ser demitido nem nada, vou?"
"Por que eu iria demitir você?"
"Bem, Leon não parece gostar que eu seja um cracker".
"O que Leon pensa ou não sobre isso ou aquilo não tem influência no meu julgamento sobre você, e nunca terá", o Professor Ryusenji disse severamente. Ele era o chefe. A palavra dele foi a final. Foi o que ele disse com tantas palavras.
"Ufa, estou tão feliz em ouvir você dizer isso!", Eiji exalou; ele finalmente estava à vontade.
A ideia de que ele perderia o emprego por causa de uma amizade do ensino fundamental era bastante ridícula, agora que pensava nisso.

"Agora, deixando tudo isso de lado, ouvi dizer que você foi o único a quem ele mostrou o Digimon e o Digimon Dock que eu dei a ele anos atrás, então tudo isso parece muito...fadado, de certa forma".
"Isso mesmo. Fiquei muito feliz com isso".
Eiji, por acaso, sempre esteve ligado ao professor através de Leon. Ele simplesmente não estava ciente disso naquele momento.
"Imaginei que ficaria".
"Então, hum... odeio parecer que estou denunciando alguém a a você, Professor, mas ele também disse que não gostou da ideia de eu entrar e sair do seu escritório. Ele achou que poderia manchar sua reputação ser visto trabalhando com um cracker".
"Ele é... como devo dizer isso?" O professor Ryusenji hesitou, seus dedos trabalhando no ar como se procurasse as palavras certas. "Ele é... único, mas descomplicado. Acho isso uma qualidade admirável, e ele sempre foi assim".
"Ok, então ele tem seu próprio jeito de ver e julgar as coisas, e uma vez que ele se decide, é isso. Essa é a resposta 'justa' que ele acredita", disse Eiji.
"O que normalmente faria uma criança ser colocada em seu devido lugar. Diria a ela para não se achar o legal, esse tipo de coisa. Mas ele não se intimidou".
"E agora, já adulto, ele tem o poder de superar tudo isso. Tanto no mundo real quanto na Rede".

Leon era um estudante de uma escola de elite, invejado por todos ao seu redor, um hacker que trabalhava diretamente para a Abadin Electrônica e poderoso o suficiente para controlar um Digimon de nível Supremo.
Ele era impecável, comparado aos seus pares.

"É claro que eu não mencionei que estava investigando so Filhos do Caos a seu pedido, Professor,  sobre você me contratar para isso, mas acho que ele suspeita de algo", Eiji continuou, tranquilizando o professor Ryusenji.
"Hum".
"Então, hum..."
"AHA! Agora eu entendi! Você está preocupado que Leon pense se meta no seu caminho e te atrapalhe, mas ele sendo meu aluno, você não pode envolvê-lo e eliminá-lo, então está se perguntando como lidar com ele. Sim, claro", o professor Ryusenji passou de um ponto a outro, conectando os pontos furiosamente.
"Bem, não, não se trata de lutar contra ele, apenas. Mas se as coisas chegarem a isso, ele poderia acabar vazando que estou espionando o FdC".
Do ponto de vista de um hacker, pensou Eiji, uma briga interna no FdC seria bem-vinda.
"Vou pensar em como lidar com o Hacker Judge. Você apenas continue..."
O professor Ryusenji foi interrompido pelo telefone tocando em seu escritório.

Seu próximo compromisso havia chegado.
Eiji pediu licença, cortou a hololização e devolveu Loogamon ao Digimon Linker.
"Ah, eu quase esqueci de avisar. Entrei em contato com o Tartarus".
O professor Ryusenji parou para empurrar a ponte dos óculos para trás no nariz com a notícia.
"E como foi com Tartarus?"
"Eu só ouvi a voz dele no chat. Eu ouvi um monte de boatos interessantes, no entanto. Nenhum dos aliados de Tartarus se tornou DECD nas missões que ele liderou. E ele está procurando por um Black Agumon já á algum tempo".
Uma figura escureceu a porta de vidro do escritório do Professor Ryusenji.
Ele fez sinal para que entrasse.

Era uma mulher alta. Eiji sentiu um arrepio ao passar por ela enquanto ela entrava na sala.
"Obrigada, professor" ela disse enquanto Eiji passava rapidamente por ela, de cabeça baixa escondendo o rosto. Ela olhou para ele enquanto ele passava, mas não pareceu prestar atenção nele.
Ele ouviu um fraco 'bom dia' através da porta ao sair.






Depois de deixar o escrítporio, Eiji passou pelo posto de segurança e seguiu em direção à recepção no saguão no primeiro andar.
"Ah, olá Eiji. Que bom ver você e obrigada pela conversa improvisada mais cedo", disse Hatsune, levantando a cabeça na direção de Eiji .

"Ei, você está livre esta noite? Vamos pegar um pouco de monjayaki!”
A voz de Loogamon soou do Digimon Linker.

"Silêncio! Você não tem permissão para falar fora do posto de controle, lembra?!"
Eiji gritou em pânico.
Algumas pessoas que esperavam no saguão se viraram para olhar para ele.
Ele podia sentir os olhos deles sobre ele, julgando-o por propor Hatsune tão publicamente.
"Ah, meu Deus, seu Digimon me convidou para sair!", Hatsune disse com uma risadinha.
"Só estou dizendo o que Eiji está pensando, como um bom companheiro", Loogamon disse presunçosamente.
"Essa foi a gota d'água para você!", Eiji rosnou, silenciando seu Digimon Linker.
"De qualquer forma, Hatsune, uh..." ele continuou, desesperado para recuperar o controle da conversa. "Aquela mulher que acabou de vir ver o Professor Ryusenji. Ela está com a polícia, não está?"
Bastou uma olhada em seu uniforme e ele soube na hora.
"Sim", disse Hatsune, baixando a voz. "Alguém do departamento de polícia metropolitano. Da unidade ligada a Digimons".
"Eu sabia".
Ela provavelmente era da DigiPolícia. Pelo menos, foi isso que os instintos de cracker de Eiji lhe disseram.
"O Professor Ryusenji tem muita influência na polícia, então aquela mulher vem ao laboratório de vez em quando", sussurrou Hatsune.
"Ele disse que ela é uma ex-aluna dele"
"Realmente? Isso é novidade para mim".
"Você sabe o nome dela ou algo assim?", Eiji perguntou, sua voz agora quase inaudível.
"Shuu Yulin, do Departamento de Polícia Metropolitana. Ela é alta e bonita, eu admito isso. Você gosta de mulheres mais velhas ou algo assim, Eiji?"

Shuu Yulin... Ela era descendente de chineses, então, mas Eiji imaginou que ela deveria ser cidadã japonesa se estivesse na força policial. Ele entregou seu passe para Hatsune. 
"Então, uh, Hatsune... Que tal aquela monja?" Eiji perguntou. Valia a pena tentar; Loogamon já havia aberto a porta. Hatsune pensou em silêncio pelo que pareceu uma eternidade.
"Na verdade..." ela começou. Os olhos de Eiji se arregalaram. "Para você, claro. Você tem um emprego, parece decentemente maduro e, verdade seja dita, tenho algo que quero discutir com você. Aqui está meu endereço no GriMM".

O telefone de Eiji tocou. Era uma mensagem de texto que dizia 'HatsuneMocha'.
O coração de Eiji batia forte no peito.
"Algo que você quer discutir, você disse?"
"Mandarei uma mensagem para você mais tarde. É algo sobre o qual não posso falar com mais ninguém".




Quando Leon voltou para seu apartamento Leon no distrito Denri as luzes de seu quarto se acenderam automaticamente e uma música de fundo começou a tocar quando ele abriu a porta.
"Então? Vamos comer? Ou você vai tomar banho?"
A forma hololizada de Pulsemon falou.
"Que diabos?" Leon perguntou, surpreso com o comportamento hospitaleiro de Pulsemon.
"Eu aprendi com o Loogamon. É educado os subordinados cumprimentarem seus superiores quando eles chegam em casa"
"Ah, cara… Você não é meu subordinado, Pulsemon"

Sistemas de segurança, ar condicionado, encamento, eletrodomésticos, e tudo mais no apartamento eram gerenciados pela Rede. Leon confiava mais em seu Digimon como assistente de IA do que em qualquer outra coisa, e ele tinha algo para Pulsemon mastigar.

“Eu quero que você procure algo. Procure por..."
"A lista de passageiros do voo 626, certo?"
Os dados foram exibidos em um grande monitor na parede da sala.
Quando um Digimon mantém relação com um humano há muito tempo, ele pode começar a sentir o que seu parceiro está pensando. Há um debate sobre se esse é um efeito da aprendizado da IA ou se é um comportamento normal de um Digimon sendo um Digimon.
"Era isso que você queria?” Pulsemon perguntou, observando Leon contemplar silenciosamente a lista.
Leon largou a sacola e esvaziou o conteúdo de uma sacola menor que havia recebido da farmácia em uma pequena bandeja. Ele pegou uma garrafa de água e bebeu as cápsulas com um gole.
"Sim. Trauma”, Leon disse calmamente para si mesmo. “Mas eu tenho que enfrentar isso. Enfrentei meu passado fraco e imaturo. Pesquise na lista de passageiros".
"Procurando... Duas ocorrências para passageiros japoneses. Cruzando referências com outros registros, não tenho dúvidas de que são o Sr. e a Sra. Nagasumi: os pais do Eiji".

Leon voltou sua mente para o ensino médio, quando ele era um hacker promissor que começou a fazer Links Mentais com Pulsemon.
"Eu não tenho o direito de interferir na vida do Eiji", Leon disse suavemente.

Eu consegui salvar os pais dele.

Ele tentou, mas era inexperiente. Ele não pôde evitar a queda do voo 626. Mesmo assim...
"Mas ele tem que desistir de ser um cracker. Simplesmente não está certo. Mesmo que isso faça com que ele me odeie por isso", disse Leon, trabalhando em seus pensamentos, aguçando sua determinação.
Ele se martirizaria por justiça se fosse necessário.
Ele teve que fazer isso, como um hacker. Ele não suportava a ilegalidade.

Viva, resolutamente.

"Leon", Pulsemon disse calmamente. "Vamos lutar contra Loogamon?"
"Se Eiji não desistir de ser um cracker..."
"Entendi, entendi"
"Já começamos uma briga com o FdC. Eles certamente não recuarão. Hackers e crackers vão resolver isso na Rede de uma vez por todas".




Eiji acordou ao som de vozes. Várias mulheres estavam reunidas em frente ao correio ao lado, conversando animadamente.
Ele gemeu e verificou a hora em seu Digimon Linker. Não adiantava levantar se fosse muito cedo.
"Finalmente acordou, Eiji?"
"Bom dia, Loogamon. Alguma mensagem para mim?" Eiji perguntou, procurando por Loogamon.
Ele não estava no sótão, o que significava que estava lá embaixo.
"Você pode verificá-las você mesmo".
"Tudo bem, tudo bem", Eiji murmurou, pegando o telefone sem sequer se sentar .

Ele percorreu os últimos tópicos de conversa no GriMM.
Parecia que havia mais mensagens todos os dias.
"Recebi um presente de agradecimento de Marvin. Que cara legal. Eu deveria conseguir algo para ele em troca".
"Você recebeu uma mensagem da Mocha em sua conta pública".
"Quem é Mocha?"
"A recepcionista do LDD", disse Loogamon categoricamente.
Certo, HatsuneMocha.
"Você poderia ter começado com isso! Encaminhe para mim".
"Acho que meu namorado está me traindo. Eu queria saber se você poderia meio que hackear a conta dele (silenciosamente!) para mim..."
Loogamon disse, evocando intencionalmente a pior impressão possível da voz de Hatsune.
"Agora eu me arrepende de ter pedido", Eiji disse, desanimado.
Claro que ela tinha namorado. Que maneira horrível de começar o dia.
O que ela achava que crackers eram? Hackear a conta de outra pessoa era crime. Todas as desvantagens e riscos, sem benefícios possíveis.
"Parece que Mocha confia em você, pelo menos", Loogamon ofereceu.
"É mesmo?"
"Bem, se você descobrir que ele está traindo a Mocha, eles vão terminar, certo? Então ela estará solteira".
"Como que eu estou recebendo conselhos sobre namoro de um Digimon?"
Eiji não conseguia acreditar na profundidade do interesse de Loogamon nas relações humanas.
"Oh, você tem mais uma mensagem aqui. Parece que é de o moderador do FdC. Está marcado como importante".
"Huh, o que é isso?"
"Diz que é urgente".
"Espere", Eiji deixou escapar, finalmente processando o que Loogamon havia dito. "O moderador dos Filhos do Caos..."
"O líder. O tal Molho Tártaro ou algo assim".
"Comece com ISSO da próxima vez, caramba! E se eu receber uma mensagem deles no meio da noite, você me acorda!"
"Por que? Você ficaria furioso.
"Argh, não importa!" Eiji bufou, batendo furiosamente em seu telefone para acessar sua caixa de entrada .

Lá havia uma mensagem de Tartarus, como disse Loogamon.

"Caramba, é realmente do Tartarus!"
Tinha que ser, se viesse da conta do mod do canal. Não havia como ter sido falsificado.

"Cracker Eiji. Seu desempenho no ataque ao servidor de dados da nação X foi exemplar. Marvin agradece do fundo do coração. Estamos felizes que um cracker talentoso como você tenha se juntado aos FdC. Acreditamos que você é um cracker Classe A e gostaríamos de solicitar seus serviços mais uma vez".

Um pedido pessoal do líder do FdC? Já?
Eiji continuou lendo.

"Como você sabe, nossa operação foi interrompida por um hacker e terminou em fracasso. Isso resultou na perda do Digimon secreto da nação. E não foi um hacker qualquer. Foi Judge".
A mensagem perguntava se Eiji seria capaz de se vingar.
Ele faria isso em nome do FdC e de todo o Time Crack.
"Não importa como você vai fazer isso. Tudo que você precisa fazer é destruir a reputação de Judge".

"Isso está ficando sério", Eiji disse calmamente.
Se Judge fosse deixado or conta própria, sem que medidas fossem tomadas, ele colocaria em risco a reputação do SoC, argumentou a mensagem. Isso abriria um mau precedente e marcaria o FdC como um grupo perdedor.
Organizações como o FdC não podiam se dar ao luxo de serem vistas como fracas no mundo digital se quisessem ganhar algum dinheiro.
Isso também era um teste de lealdade de Eiji, diretamente do Tartarus. Se ele recusasse, seria o fim: Tartarus começaria a ter dúvidas e manteria Eiji à distância.
E o objetivo de Eiji era cumprir o pedido do Professor Ryusenji.

"Aqui vamos nós! Tartarus notará se eu conseguir derrotar Leon"
Era a maneira mais rápida de cair nas boas graças do líder, de longe, e cumpriria seu dever para com o Professor.
"Então você vai lutar com o Leon?", Loogamon perguntou.
"Sim eu vou"
"O que significa que você o odeia agora? Eu pensei que ele era seu amigo?", Loogamon perguntou, perplexo.


“Digimons não...? Ok, por exemplo, você teve ajuda, não foi? Você tinha amigos no Avenida Nove, certo?"
"Eles eram meus capangas"
"Mas eles estavam do seu lado, certo?"
"Foi uma aliança de conveniência e nada mais. Estávamos apenas trabalhando apra sobreviver na Favela do Muro", disse Loogamon, com a leve suspeita de que essa explicação exata descrevia um tipo de amizade.

 Até mesmo os animais selvagens formavam matilhas, com ou sem parentesco de sangue, na luta pela sobrevivência. Quem poderia dizer que não havia amigos entre aquelas matilhas?
"Bem, o que é um amigo? Existem amigos de todos os tipos, mas alguém com quem é divertido estar perto é uma resposta bastante comum. Mas penso em amigo como alguém por quem você deseja fazer algo. Mesmo que isso lhe custe alguma coisa".
"Mesmo que isso custe você?! Eu não gosto do som disso"
"Bem, claro. Eu nunca disse que era assim que você veria as coisas", respondeu Eiji.
"Fazer amigos é mais difícil do que eu esperava".
"Mas agora... não quero fazer nada pelo Leon", disse Eiji, virando-se de lado .
O loft, encostado na parede e não muito longe do teto, de repente parecia um caixão.
Leon tinha tudo o que poderia desejar.
Eiji estava com ciúmes, claro, mas ele não tinha muita coisa a seu favor agora também?
Ele odiava se envolver em nós mentais como esse e então parou de pensar nisso.

"Hum. Então terei que lutar contra Pulsemon?"
"Com Kazuchimon, o Digimon Supremo, você quer dizer. Isso te incomoda?" Eiji perguntou sem rolar.
"Não, isso não me incomoda! Aquela faísca estúpida sempre me despreza, e mal posso esperar para derrubá-los na próxima vez que os vir!"
"Eu sei, certo?! Também não estou a fim de perder pro Leon".

O desejo de defender todos os crackers surgiu em Eiji. Ele não estava disposto a deixar Leon entrar e assumir seu trabalho e relacionamento profissional com o Professor Ryusenji sem lutar.

Ele também não estava disposto a deixar Leon interferir em sua vida por causa de pouco mais do que seu distorcido senso de justiça.

Nada era mais importante para Eiji do que a sua própria liberdade.
(Eu nem fui à minha formatura do ensino médio. Não tinha ideia de que tipo de cara usar. Como você parece feliz quando não consegue parar de pensar em como foi forçado a sair de sua própria casa? )
Ele não deixaria ninguém fazê-lo se sentir tão infeliz novamente.
"Eu vou digivolver! Vamos eliminar Pulsemon e Kazuchimon!”
"Eu gosto da sua atitude!", Eiji disse, colocando a cabeça para fora do loft.
"Vamos acabar com eles... e depois?"
Loogamon disse, inclinando a cabeça.
"O que você quer dizer com 'e depois'?'"
"Não sei! Eu nunca me senti assim antes!"
"A mente de um Digimon é cheia de mistérios, não é? Não me diga que você está com medo!"
"Diga isso de novo e nunca mais me importarei em me fazer Link Mental com você!"

Seria um duelo de Digimons.

Crackers e hackers sempre resolviam suas diferenças na rede.
O próprio Leon não corria nenhum perigo real; Eiji não era um assassino.
Tudo o que estava em jogo era o orgulho de Leon e a concepção de justiça dos hackers.

"A propósito, Loogamon,  você ganhou algo do Pulsemon no café do LDD, certo? O que era aquele presente?"
Eiji se lembrou do que aconteceu ontem.
"Não abre. Se houver uma bomba dentro, você ficará bem."
Loogamon hololizou os dados. A caixa não foi aberta e ainda estava intacta.
"Bem, não posso abrir um presente de um hacker".
Eiji sorri amargamente. Pode conter um vírus de computador.
"Então, como você vai vencer, Eiji?"
"Não podemos vencer Leon e Kazuchimon agora. Não podemos vencê-los, mas... vamos digivolver até vencermos!"
"É bom eu ficar bem forte!”
Lugamon se tornou bem positivo em se tornar mais forte.
"Leon... eu farei isso. Não quero viver uma vida onde só tenho ciúmes de outra pessoa. Eu... vou vencer como um cracker com Loogamon! Vou derrotar você, o Hacker Judge!"
Ganhe a confiança de Ryusenji.
Mesmo que isso significasse afastar Leon, o aluno do Professor. Porque o sucesso na vida está por vir.

Eiji começou a formular um plano, ditando-o a Loogamon à medida que avançava.
Ele estava pronto para derrubar Leon, assim como Tartarus pediu .




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