05 junho 2025

Digimon Adventure - Capítulo 4.1: O Lago Temporário



O Digimundo tinha muitas coisas que faziam os humanos pensarem "Ei, eu já vi isso em algum lugar..." quando eles olhavam. Talvez fosse por causa de dados do mundo real que tinha fluído para lá quando o mundo foi criado. Mas claro, o resultado era uma combinação incompatível de objetos. Pegue por exemplo as árvores com tomadas elétricas nos troncos, ou rolhas de cortiça confinadas dentro de rochas. Mas a paisagem inteira ao redor desse lago em particular parecia ter saído diretamente de um livro de pintura dos Alpes.
O céu azul podia ser visto sem obstruções ao redor por milhas. A superfície do lago refletia o céu, fazendo pequenas ondas faiscarem. Os ventos lá eram sempre gentis, nunca rugiam violentamente, nem sopravam mais que a 8 quilômetros por hora.

A oeste do lago ficava uma cadeia de montanhas, com a "Montanha do Raciocínio Analógico" se espalhando majestosamente no meio delas. Na costa mais ao norte havia um castelo cuja arquitetura era uma mescla impossível de um castelo real construído na Europa e um do Japão. Ver tal fenômeno incomum apenas reforçava a impressão de que aquele era o Digimundo.
O lago se estendia longo a estreito rumo para o norte e sul e, embora impossível de ver do castelo, um parque temático com roda gigante e montanha russa completava a paisagem. Em adição ao parque temático, havia alguns pedalinhos em forma de cisne amarrados  ao cais na beira do lago.

Na costa leste havia um restaurante de paredes brancas, com uma floresta pitoresca se espalhando aos fundos. No cais na frente dele, também, estava amarrado um único pedalinho em forma de cisne.



Duas sombras saíam da floresta. Eram Sora Takenouchi e sua parceira Piyomon.
Sora encarava parada como uma rocha a porta dos fundos do restaurante que dava para a cozinha. O som de pratos quebrando podiam ser ouvidos de dentro do restaurante, imediatamente seguido por uma voz furiosa gritando. Do lado de fora, elas não podiam ouvir o que a voz estava dizendo, mas certamente pertencia a Yamato Ishida.
A porta dos fundos se abriu e Gabumon saiu segurando uma pá de lixo.
Sora correu e se escondeu atrás de uma árvore, seguida imediatamente por Piyomon.
Gabumon derramou os cacos da louça quebrada na lixeira. Com a porta ainda aberta, elas podiam ouvir sons mais baixos de outra voz se desculpando, abafada pela gritaria raivosa. Pertencia a Jou Kido.
Sora tirou o Brasão de dentro da bolsa amarrada em volta da cintura. O símbolo esculpido nele era diferente do Brasão de Taichi e cintilava fracamente.

Já fazia três meses desde que Taichi e a grande forma evoluída de Agumon, Metal Greymon, tinham desaparecido.



Sem fazer qualquer barulho, Sora se aproximou do armazém e colocou o Brasão de brilho fraco na estante mais alta antes de voltar para a floresta. A não ser que alguém mexesse na estante de propósito, ninguém seria capaz de alcançá-lo lá.
– Ei, Sora. Por que você não volta para juntos dos outros? – Piyomon perguntou.
Sora não respondeu. A Floresta bloqueava muito do sol, então seu rosto estava mascarado nas sombras naquele momento. Piyomon não sabia dizer que tipo de expressão ela tinha no rosto.




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