04 junho 2025

Digimon Adventure - Prólogo: Numa Cabana Remota



Ele podia ouvir o fraco rangido do cata-vento meteorológico em cima do telhado. Nuvens pesadas cobriam o céu pelo lado de fora da janela, mas a luz do sol que se filtrava através dela parecia muito mais estranha do que ele esperava.

– Parece o dia quando eu vim pra esse mundo a primeira vez.
Ele se lembrou enquanto consertava as costuras da bolsa de pano que ele usava para carregar seu Livro durante as longas viagens.
Depois de fugir de seu mundo original, foi em parte por causa do banimento que ele chegou nesse. As únicas coisas que ele tinha consigo naquela época eram esse livro e o cajado.
Quem quer que possuísse ou lesse o Livro proibido era punido em seu mundo.Embora soubesse disso, ele não se aguentou de vontade de aprender seu conhecimento secreto. Como resultado, ele foi exilado de seu mundo. A composição de seu corpo mudou e agora ele parecia uma boneca tamanho humano.

Vagando por esse mundo pelo que pareciam eras, e não consumindo muito por não saber o que era comestível ou não, ele finalmente chegou a uma vila quando desabou no chão, suas energias esgotadas. Os moradores pareciam ter medo de dirigir a palavra a esse andarilho desconhecido que colapssara em suas ruas, porque ninguém ousava chegar perto.
Ele deveria ter morrido então. Mas então, uma pequena sombra se aproximou dele e o chamou. Agora, embora ele só a usasse por curtos períodos quando saíra, ele até tinha recebido uma cabana própria.

A porta se abriu e a luz brilhante de fora caiu sobre ele. Uma pequena sombra estava de pé na moldura da porta, sua silhueta visível contra o sol que se punha. O anel dourado na ponta da cauda brilhava ao por do sol.
– Lamento te dar uma tarefa de novo imediatamente depois de você voltar – a pequena sombra branca disse a ele. – Mas você tem novas ordens.
Qualquer um que não a conhecesse acharia difícil de acreditar que aquela pequena criatura, que só chegava à sua contura, poderia destruir oponentes muito maiores que aquela cabana.

Ele se lvantou: – Mas senhora, eu ainda não terminei de procurar os Brasões ainda. Há mais dois que...
– A situação mudou. Os preparativos pra invasão devem ser finalizados imediatamente e é nosso trabalho reunir as tropas.
– Então esquecemos os Brasões?
– Isso é mais importante – a pequena sombra branca disse, sua voz apoertada. – Seu trabalho agrada muito o Senhor Vamdemon, mas essas ordens demandam urgência.



– Vamos Wizarmon.
– Entendido, Tailmon.
Quando ele respondeu, a pequena sombra, Tailmon, já tinha se virado e corrido na direção do castelo.

Eu vou te seguir para qualquer lugar.

Ele – Wizarmon, escondeu o Livro entre as dobras de suas roupas e foi atrás dela.

Até o momento que a mesma luz que eu vi nos seus olhos quando você me salvou retorne.
Até o dia em que você se lembre do seu verdadeiro eu.



Um vento feroz fazia sua capa flutuar loucamente atrás dele. Quando ele olhou o sol afundando no horizonte, ele também pôde ver as nuvens escuras que nunca iam embora, girando eternamente acima das montanhas espinhosas que se projetavam ao redor do castelo de Vamdemon.




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