domingo, 29 de outubro de 2023

Digimon Seekers 3.3 - Unidade 11: Desaparecidos em Combate Digital Parte 3



Os Laboratórios Ryusenji rapidamente saltaram para a vanguarda da pesquisa do Mundo Digital não muito depois de sua descoberta.


Sua equipe inicial consistia em três alunos do professor assistente Ryusenji: Kosuke Kisakata, um prodígio da programação; A amiga íntima de Yulin, Saya Ryusenji, filha do professor assistente; e a própria Yulin Shuu.


Laboratório Ryusenji

"Você precisa parar de mimar tatno o Kosuke, Saya. Trazer para ele uma muda de roupa? Quem é você, a mãe dele?"
Yueling disse entre garfadas de tigela de porco antes de beber uma garrafa de chá como se sua vida dependesse disso.
"Eu sou esposa dele, não a mãe", corrigiu Saya. "E está tudo bem! Estava a caminho".
"Só estou dizendo que qualquer hora da sua preciosa vida que você gasta com esse idiota é uma hora desperdiçada".
"Hmm. Aqui está sua sopa, Kosuke", disse Saya, entregando um recipiente a Kosuke.
"Obrigado", respondeu Kosuke.
"E você também tem que comer sua salada".
Saya repreendeu, preocupando-se com o marido.
Eles eram recém-casados, e Tomonori Ryusenji sorriu suavemente para a cena doméstica diante dele, embora estive de olho atento.
Yulin, no entanto, de repente se sentiu como se fosse uma aproveitadora sentada à mesa de jantar dos Ryusenjis. Tomonori soltou uma risada.

"O que há de tão engraçado, Professor?"
Yulin perguntou, lendo sua risada em cinco milhões maneiras diferentes, nenhuma delas boa.
"Yulin não tem paciência para homens com algumas habilidades para a vida faltando como você e eu, professor".
"É mesmo, Kosuke? O que, você diria, são os nossos faltas...?" o professor assistente começou.
"Que tal comermos todos em silêncio, hmm? Apenas aproveitem a comida que trouxe para vocês, animais selvagens".
Saya disse em coro de "Sim, Saya!" de rostos sorridentes ao redor da mesa.

O tema da conversa foi, claro, a pesquisa deles.
Especificamente, o Mundo Digital, o lugar recém-descoberto, e os misteriosos programas de IA que viviam nele, ali mesmo na Rede.
Os Laboratórios Ryusenji foram os primeiros em todo o mundo a estudar esses tais 'programas à base de interligência artificial que se comportam como organismos vivos", como os chamavam por falta de um termo melhor,.
Eles eram pequenos monstros num espaço digital.
Infelizmente, a pesquiva não avançava conforme o esperado porque os programas de IA inham uma curta 'expectativa de vida' e desapareciam rapidamente, o que dificultava as coisas.
Eles precisavam encontrar uma maneira de criar e reproduzir essas criaturas para estudos mais aprofundados. Esse era o tema atual da pesquisa.

"Suponha que a hipótese do Professor esteja correta. Que eles são mesmo formas de vida reais de IA",
disse Saya, com 'o professor' vencendo o 'pai' desta vez. Ela tendia a ficar confusa chamando dos dois jeitos. Muitas vezes parecia que seu cérebro jogava uma moeda toda vez que ela precisava se referir a ele.
O próprio Tomonori raramente pensava muito nisso. Ele amava sua família, mas realmente vivia para sua pesquisa. Esse era o tipo de estudioso que ele era, por assim dizer.
"Se forem formas de vida de IA, então poderemos mantê-los como se fosse um animal de estimação. Como este, por exemplo", disse Tomonori, apontando para seu monitor.
Estava cheio de números que, após uma inspeção mais aprofundada, mudavam com rima e razão — com uma espécie de ordem natural.
"É tão fofo", disse Kosuke.
"Não é só isso, Kosuke. Eu acredito que esse... Sim, acho que pode ser de natureza anfíbia".
"Ah, sim, pode haver uma dualidade", concordou Kosuke.
"Vocês são os únicos que pensam que sabem disso", Yulin zombou enquanto os dois homens se debruçavam sobre os números.
"Ah, mas Yulin, imagine ver tudo por si mesma! Não apenas um monte de números, mas a coisa real, com seus próprios olhos!", Saya disse, sonhadora.

Todos suspeitavam que isso iria derrubar grande parte da sabedoria convencional mundial.

Isso significaria que a vida extraterrestre tão procurada não estava em Marte, ou Júpiter, nem luas de Saturno, ou em qualquer outro planeta rochoso ou prosperando na galáxia de Andrômeda. Estava bem ali na Rede o tempo todo.
"Exatamente, Saya", Tomonori disse, virando-se para olhar para sua filha. "Precisamos ser capazes de observar o mundo digital diretamente para que nossa pesquisa tenha uma escala significativa".
"Em outras palavras, precisamos de investimento de entidades públicas e privadas e precisaremos mostrar resultados que elas também possam compreender. Por mais bonitos que esses dados pareçam para nós, eles não significam nada para eles. Porque eles não entendem", acrescentou Kosuke.
"Sim, claro. Isso é verdade", concordou Yueling.
"E falando nisso", disse Tomonori, agarrando a mesa com as duas mãos.
Yueling reconheceu o gesto como sua pose de “agora estamos discutindo assuntos sérios”.
"Sim?"
"Estou começando um negócio".
"Um negócio? Você está transformando isso em uma empresa ou algo assim?"

Yulin entendeu o que as palavras significavam, mas não necessariamente neste contexto.
"Quero ver o Mundo Digital com os meus próprios olhos, ouvi-lo com os meus próprios ouvidos, tocá-lo com as minhas próprias mãos!"
"Er, acho que você está adiantando demais as coisas, Professor", interrompeu Kosuke. "Você sabe como a universidade reserva algum capital de risco para incubar empresas? Usaremos isso para abrir uma empresa".
"Então usamos o capital de risco da universidade para começar o quê? Laboratórios Ryusenji S.A? Uma empresa de capital aberto com apoio financeiro da universidade?"
"Exatamente. O gabinete atual está interessado em apoiar startups agora, e eles podem conseguir o orçamento para isso", disse Kosuke.
"E você sabia disso também, Saya? Eu sou a última a ouvir sobre isso?"
"Só ouvi falar disso pouco antes de você", disse Saya.
"Não leve para o lado pessoal. Tínhamos que dar um passo de cada vez, e o professor não queria que a excitação durasse pouco", Kosuke disse, tentando conter as consequências.
"O que você quer dizer? Por que teria durado pouco?"
"Poderíamos sair deste laboratório sujo e congelado para um escritório com uma sala de servidores adequada".
"Ok, estou dentro", disse Yueling sem nem pensar.
"Ótimo! Precisamos de você, o gênio da apresentação trilíngue, para fazer nossa proposta para garantir o financiamento", disse Kosuke, radiante.
"Estamos contando com você!", Saya entrou na conversa, enjoativamente.

Kosuke e o professor assistente Ryusenji tinham cérebros de pesquisadores típicos. Saya era um gênio por si só, com uma lista de realizações maior que a de Yulin, mas eles provavelmente estavam preocupados com o fato de ela parecer muito jovem e infantil. Yulin não poderia argumentar contra isso. Certa vez, os policiais a escoltaram para casa, confundindo-a com uma estudante do ensino médio que já passava da hora de dormir.
"Tem certeza?", Yueling perguntou ao professor assistente.
"Quanto a o quê?"
"Quero dizer, nasci japonesa, mas meu pai é cidadão naturalizado e minha mãe é de...", Yueling parou de falar, pensando nos muitos obstáculos que estavam em seu caminho.
A pesquisa do Mundo Digital estava na vanguarda, esbarrando na segurança cibernética e no desenvolvimento da defesa nacional. Uma empresa que procurasse fundos de risco governamentais desencadearia sem dúvida uma verificação de antecedentes contra a espionagem empresarial, o que complicaria as coisas tanto para este novo empreendimento como para a própria Yulin. Pode não ser o fator mais importante, mas ela temia que a sua nacionalidade se tornasse um problema.
"E como isso é um problema?", Tomonori disse, olhando Yulin diretamente nos olhos.
"Yulin", Kosuke disse gentilmente. "Ele está dizendo que você é a única que pode fazer isso".
"O-ok!"

Os Laboratórios Ryusenji estavam em movimento.

Cada pedaço de dado nos monitores principais descrevia uma criatura vivendo no Mundo Digital, correndo por aí, cuidando de sua vida.
"As coisas estão prestes a ficar muito agitadas por aqui", disse Kosuke. "Você vai me ver muito menos, no entanto. Estarei na linha de frente, preparando as coisas no novo escritório".
"Então você já encontrou um novo escritório? Legal."
"E quanto aos seus créditos universitários? Você ainda não tem o suficiente, não é?", Saya perguntou com uma nota de preocupação genuína.
"Posso ficar matriculado aqui por mais alguns anos, mas não preciso necessariamente me formar neste momento", respondeu Kosuke.
"Vou contratá-lo mesmo que ele não se forme", disse Tomonori com um sorriso.
Yueling soltou um suspiro pesado.
"Não é exatamente uma coisa boa para um educador dizer, professor", ela repreendeu.
"Eh. Talvez não".





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