quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

Digimon Adventure: Last Evolution Kizuna - Capítulo 01: O Digimon Desconhecido



Dedos longos digitavam em um teclado.

Ainda não somos tão velhos que simplesmente aceitamos um futuro que foi decidido por outra pessoa. Para alcançar um estágio superior, estamos dispostos a fazer qualquer coisa.
Isto não é um livro de memórias. É uma nova história.


Um dia, houve uma grande erupção solar. As chamas jorravam como se fossem alcançar a superfície das estrelas, e todas as chamas que dançavam no espaço foram engolidas pela escuridão do universo, desaparecendo.
Um casal, em um encontro em Odaiba, foi o primeiro a perceber que algo inusitado estava acontecendo. Eles apontaram para o céu noturno de verão, atraindo outros transeuntes ao seu redor para olhar para eles onde apontavam. Todos ficaram mudos com o que viram.
Espalhada por todo o céu de Tóquio havia uma aurora linda e de tirar o fôlego. Sob a aurora, as luzes dos prédios e dos postes piscavam como iluminações de Natal.
Várias emoções tomaram conta das pessoas que viram a aurora repentina. Algumas pessoas simplesmente acharam seu brilho caprichoso bonito, enquanto outras acharam sua anormalidade assustadora. E entre eles estavam aqueles que se lembravam do clima anormal que ocorreu em todo o mundo há mais de uma década.




Na manhã seguinte, as pessoas caminhavam na faixa de pedestres em frente à estação de Nakano quando o sinal mudou de vermelho para verde. Era um pouco cedo para a hora do rush, então não havia muitas pessoas lá fora. Também não havia muitos carros, então eles podiam ouvir a voz de um locutor de notícias vindo de algum alto-falante.
"Bom dia e bem-vindos às novidades. O clima extremo, na forma de uma aurora misteriosa que se originou na costa oeste dos Estados Unidos, agora se espalhou para o Japão. Essa aurora peculiar foi observada pela primeira vez na costa oeste dos Estados Unidos há três meses e, desde então, tem sido vista em várias partes do mundo. O governo anunciou que esta aurora é segura, tendo um efeito mínimo no estilo de vida das pessoas".
Duas garotas do ensino médio estavam ouvindo as notícias e uma delas virou-se para a amiga.


"Você viu aquela aurora ontem?"
"Claro que vi!"
"Foi tão bonita!"
"Foi a primeira vez que vi uma!"

Enquanto as duas conversavam animadamente, um assalariado passou por elas segurando o smartphone no ouvido.
Uma faísca de eletricidade de repente percorreu os cabos de energia, interrompendo aquela manhã pacífica. Os pombos empoleirados nos cabos se afastaram em pânico, mas nenhuma das pessoas que caminhavam nas ruas abaixo notou.
Faíscas voaram pelos semáforos também, que começaram a piscar aleatoriamente.

"Vou chegar tarde em casa... Hã? Alô?"

A linha foi desconectada repentinamente. O assalariado olhou confuso para o telefone. Como um efeito cascata, os celulares e aparelhos de música das pessoas que esperavam no cruzamento também pararam de funcionar.
Imediatamente depois, um som de colisão, que estava fora do lugar naquela manhã, ressoou no ar. Todos estremeceram com o som e olharam em volta para descobrir de onde tinha vindo.
Seus olhares caíram sobre dois carros, um que estava indo direto enquanto o outro havia feito uma curva à direita. Foi um acidente de carro. Os semáforos piscavam ao acaso, sem dúvida a causa do acidente.
Os dois motoristas desceram e começaram a discutir acaloradamente.
Oh meu Deus,” uma garota do ensino médio que viu o acidente sussurrou, pegando seu telefone para gravar um vídeo.
Ainda mais faíscas passaram pelas linhas telefônicas. As correntes elétricas se acumularam entre dois prédios que não estavam longe do acidente de carro, e um buraco ameaçador apareceu.
Era um Digiportal, conectando este mundo ao Digimundo.
As pessoas olharam para ele com espanto quando, do nada, o portal encolheu. Eles pensaram que ele havia desaparecido, mas o que apareceu em seu lugar foi um Digimon papagaio gigante, Parrotmon.
Ele pousou no chão em queda livre com um barulho alto e pesado quando o asfalto se partiu em pedaços abaixo dele.
Parrotmon ficou de pé, dando um grito intimidador. Ele bateu suas imensas asas, erguendo-se do chão. O bater das asas ficou mais forte, criando rajadas de vento. As pessoas, que pressentiram o perigo e tentaram fugir, foram levadas pela enorme pressão do vento, junto com carros e placas.
Uma das placas bateu no poste de um semáforo com força suficiente para dobrá-lo. A pressão do vento continuou empurrando-o para baixo onde, abaixo dele, estava uma mulher segurando seu bebê com força contra o peito. O medo e a rajada de vento mantiveram a mulher congelada no lugar, mas ela se encolheu de costas para o mastro para pelo menos manter seu bebê seguro. Seus olhos estavam bem fechados, imaginando o futuro cruel para si mesma que estava a apenas alguns segundos de distância.
Mas o poste nunca caiu em cima dela. A mulher virou-se nervosamente para olhar e viu um anjo com seis asas brancas brilhantes segurando o mastro com um cajado de ouro.

"Você está bem?"

Takeru Takaishi correu até a mulher e Angemon. Ele se abaixou para olhar os olhos da mulher.

"Vá para algum lugar seguro, rápido!"
"Ah... ok..."

Mesmo ainda em estado de choque, a mulher assentiu.

"Takeru! Desculpe, acabei de chegar!"
A voz de Hikari falou através do fone de ouvido do microfone em sua orelha esquerda. Takeru colocou um dedo sobre ele. Naquele exato momento, Parrotmon decolou, provocando rajadas de vento em seu rastro.

"Hikari, ele está indo na sua direção!"
"Entendido!", Hikari disse, saindo correndo da saída sul da Estação Nakano. Ela imediatamente viu o Parrotmon se aproximando na frente dela. Parando em seu caminho, ela chamou o nome de seu parceiro.

"Angewomon!"


Ao seu chamado, Angewomon voou vindo do viaduto, a flecha já posicionada e pronta em seu arco.
Parrotmon lutou para parar, mal conseguindo desviar da Flecha Celestial. Ele mudou de direção voando mais alto para atacar Angewomon.
Angewomon não o evitou; em vez disso, ela levou a cabeçada dele diretamente de frente. Então, agarrando as penas semelhantes a antenas na cabeça de Parrotmon, ela as ergueu para frente com toda a força, soltando um grito de "Haaah!"
Os dois Digimons, desequilibrados, caíram no chão. Angewomon mudou suas posições para que ela ficasse por cima, e Parrotmon colidiu de costas na calçada.
Mesmo tendo atingido o solo, Parrotmon não parecia enfraquecido. Ele lutou com Angewomon, se debatendo descontroladamente enquanto eles mergulhavam sob o viaduto.
Hikari começou a correr para se proteger enquanto mantinha os olhos pensativos no Digimon gigante que se aproximava.
A eletricidade falhou entre as duas penas semelhantes a antenas em sua cabeça. Com a faísca resultante, Parrotmon arrancou Angewomon de si.
Hikari caiu com a pressão do vento de Parrotmon voando. Mas imediatamente ela se sentou e gritou.
"Maninho!"
Taichi Yagami estava parado em uma passarela que ficava a alguma distância de Hikari. Ouvindo a voz de sua irmã pelo fone de ouvido, ele sabia que Parrotmon viria em sua direção em breve.
Com seus óculos de proteção, Taichi olhou para cima e olhou para frente.
Ele podia ver Parrotmon através dos óculos. Parrotmon estava indo direto para ele, virando curvas fechadas entre os prédios.

"Lá vem ele, Taichi!", Agumon disse ao lado dele.
"Vamos, Agumon".

Sem qualquer sinal de pânico com a aproximação do Parrotmon, Taichi calmamente levantou seu smartphone digivice. Essa compostura refletia seu estado de espírito.
Este novo digivice foi desenvolvido por Koushiro Izumi. As funções do antigo digivice foram incorporadas em seus smartphones, conectando os dois.
Os óculos de Taichi exibiam quatro rotas previstas que Parrotmon seguiria. Esses óculos com realidade aumentada que previam os movimentos do Digimon alvo foram outra das invenções de Koushiro. Com ele, lidar com os Digimons deve ser muito mais fácil.
Mas assim que ele pensou nisso, o número de rotas previstas aumentou de repente para preencher a tela inteira. Subdivisões das rotas surgiram à medida que o alvo se aproximava.

"Quê?!", Taichi gritou pateticamente, sua antiga atitude composta evaporou.

Sem se importar com a confusão de Taichi, Parrotmon continuou vindo direto para ele. Taichi e Agumon tiveram que sair de seu caminho no último minuto.
Agumon soltou um gemido com a confusão deles, enquanto Taichi ao seu lado dizia “Droga!” baixinho e se levantou.

"Isso não ajuda em nada! Koushiro!", Taichi gritou em seu fone de ouvido enquanto puxava com raiva os óculos AR de sua cabeça.
"Eu disse a você, eles ainda estou trabalhando neles!", Koushiro, em seu escritório, protestou enquanto digitava em seu teclado. "De qualquer forma, ele está circulando para atacar!"
"Eu sei disso", Taichi disse, levantando-se. Parrotmon fez uma curva fechada e estava indo em direção a ele novamente.
"Agumon!"
Agumon saltou em direção a Parrotmon.
"Digivolva!"
Uma luz brilhou no digivice de Taichi ao ouvir sua voz. Banhado naquela luz, Agumon mudou de forma. Seu corpo laranja cresceu, assumindo listras azuis, com um esplêndido chifre de aparência poderosa. Seus dentes e garras carnívoros pareciam terrivelmente afiados e curvos.
Agumon digivolve para Greymon!
Greymon interceptou Parrotmon, agarrando-lhe os antebraços com os seus próprios. Os dois acabaram em uma posição de queda de braço.

"É exatamente como a inteligência disse", Hikari disse de sua posição um pouco distante enquanto olhava para Greymon e Parrotmon.
"Como você sabia que o Digimon apareceria na frente da Estação Nakano?"
"É preciso muita energia para abrir um Digiportal. É possível deduzir com antecedência onde isso acontecerá quando você segue a corrente de energia", Koushiro respondeu à pergunta de Takeru, assim que a situação mudou. Parrotmon estava começando a ter uma ligeira vantagem sobre Greymon.
"Você sabe o que fazer, certo? Prenda-o o mais rápido possível e..."
"Evite danificar os arredores da melhor maneira possível, certo?... Greymon!"

Ouvindo Taichi chamar seu nome, Greymon colocou mais poder em ambos os braços. O chão rachou sob seu peso e ele ergueu Parrotmon no ar com toda a força. Então ele o jogou no chão e o segurou.
Com um sorriso no rosto, Taichi observava a batalha de Greymon, com confiança brilhando em seus olhos.
Seu smartphone tocou. Quando ele olhou para ele, viu um mapa com uma marcação no local do Parque Shikinomori.

"O Digiportal aparecerá nessas coordenadas em noventa segundos. Conduza Parrotmon até lá e nós o enviaremos de volta ao Digimundo".

Taichi e os outros responderam "Entendido!" às instruções de Koushiro.
Greymon ergueu o punho para nocautear Parrotmon. Mas naquele momento, a eletricidade disparou das penas na cabeça de Parrotmon novamente. Passou raspando pelo rosto de Greymon, fazendo-o cambalear. Seu corpo desviou, batendo nas escadas da ponte da passarela. A escada desmoronou em escombros, indo ao chão.
Aproveitando essa abertura, Parrotmon abriu bem as asas e disparou para o céu.

"Greymon!" Taichi gritou, correndo até Greymon. Ele falou em seu fone de ouvido. "Hikari! Takeru!"
"Vamos atrás dele!"

Atendendo à ligação, Hikari e Takeru correram pelas ruas. Angemon e Angewomon perseguiram Parrotmon dos céus.

"Leve-o para o ponto de recuperação!"

Ouvindo a ordem de Hikari, Angewomon soltou sua Flecha Celestial. A flecha de luz atingiu Parrotmon, desequilibrando-o. Quando ela estava prestes a lançar rapidamente outra flecha, Parrotmon se endireitou e disparou uma rajada elétrica contra eles. Angewomon e Angemon recuaram para evitar o golpe. O choque elétrico percorreu o ar vazio entre eles e atingiu a parede externa da Praça do Sol de Nakano, fazendo com que os escombros caíssem no chão como um deslizamento de rochas.
As pessoas no fundo do prédio gritaram. Takeru se levantou usando o corrimão de uma ponte de conexão e gritou: "Angemon!"
Angemon voou rapidamente pelo ar, desviando os escombros que caíam para lugares vazios e desabitados com seu cajado de ouro. Mas então, um enorme pedaço de destroços caiu. Um homem estava parado logo abaixo dela, paralisado por puro pânico. Decidindo que não seria capaz de ricocheteá-lo efetivamente, Angemon pegou o homem em seus braços e voou. O som dos escombros caindo no chão veio logo atrás deles. Foi por pouco.

"Parrotmon normalmente não é o tipo de Digimon que gosta de lutar. Ele pode ter sido afetado pela aurora ontem à noite", disse Koushiro enquanto examinava os dados de Parrotmon em seu monitor.
"Por que agora, quando a aurora já se foi?", Hikari perguntou em voz alta, surpresa.

Atrás dela, Taichi e Greymon estavam se movendo. Angewomon e Parrotmon continuaram a lutar entre si nos céus, mas ambos os lados eram ágeis, então nenhum deles acertava o alvo.

"Sessenta segundos até o portal abrir!"
"Não importa, vamos primeiro levá-lo ao ponto de recuperação", disse Takeru um pouco impaciente.
Um segundo é tudo o que precisamos. Impeça-o de se mover!", Taichi disse em seu fone de ouvido enquanto corria ao lado de Greymon.
"Angemon!"
Ao chamado de Takeru, Angemon se aproximou de Parrotmon com seu bastão pronto. Ele mirou um golpe de corpo inteiro na cabeça de Parrotmon, derrubando-o no chão.
Taichi gritou: "Greymon!"
Greymon deu um salto gigante do chão. Ele pousou no telhado de um prédio próximo, então pulou para agarrar a garganta do Parrotmon com os dentes. Os dois grandes Digimon caíram no chão, rolando e lutando. Eles quebraram um prédio de vidro na frente deles, o que finalmente os atrasou. Greymon tentou imobilizar Parrotmon naquele momento, mas Parrotmon lutou de volta.
O choque elétrico de curto alcance que ele disparou fez Greymon estremecer e Parrotmon aproveitou esse momento para escapar do prédio e fugir para o céu.

"Caramba! Você está bem?"

Greymon acenou com a cabeça ao chamado de Taichi.

"Segure-o!"

Angewomon voou galantemente pelo ar, disparando três flechas consecutivamente em sua perseguição. Parrotmon se virou rapidamente para evitá-los, atirando de volta com seu ataque relâmpago.
Angewomon moveu-se rapidamente no ar para evitá-lo. Imediatamente depois, enquanto a atenção de Parrotmon estava focada no inimigo à sua frente, uma bola de fogo do chão atingiu Parrotmon diretamente. Com um rugido, as chamas envolveram Parrotmon.

"Sim!"

Taichi levantou os braços em triunfo enquanto Greymon estava ao lado dele com fumaça saindo de sua boca. Aquele Mega Chama havia deixado sua marca. Definitivamente deveria ter causado danos ao Parrotmon.
Quando a explosão diminuiu, eles viram Parrotmon balançando no ar, exatamente como esperavam. Estava funcionando.
Mas o que aconteceu a seguir foi inesperado. Parrotmon, que parecia ter perdido a consciência, estava começando a cair em queda livre. Havia um prédio diretamente abaixo dele e as pessoas podiam ser vistas no telhado.

"Ele vai bater naquele prédio!"
"Parem ele!"

Hikari e Takeru gritaram de horror quando convergiram com Taichi.

"Ah!"

Angemon e Angewomon fizeram o possível para alcançá-lo, mas estavam longe demais.

"Não!"

Os olhos de Taichi se arregalaram. Ele podia ouvir os gritos vindos das pessoas no telhado e sentiu-se gelar.
Aquilo não era nada bom. Eles não chegariam a tempo.
Quando ele estava prestes a desviar os olhos, um Digimon lobo de aparência heróica se chocou contra Parrotmon, jogando-o para trás. Os dois Digimon caíram direto no Parque Shikinomori.
Taichi observou o que aconteceu, estupefato.

"Garurumon…", ele sussurrou.

O som alto de um motor veio de trás deles, e uma motocicleta correu em direção a eles. Taichi e os outros se encolheram.
A moto estacionou na frente de Taichi, um pouco mais à frente.

"Não seja descuidado, Taichi!", Yamato Ishida gritou de raiva ao tirar o capacete.
"Yamato…"

Taichi ficou boquiaberto quando viu o rosto de Yamato, mas imediatamente retrucou irritado, "Olha quem fala! Chegue mais cedo da próxima!"
"Ao contrário de você, estou ocupado!"
"Koushiro. Nós o trouxemos com sucesso ao ponto de recuperação", Takeru relatou calmamente em seu fone de ouvido enquanto os dois continuavam discutindo ao lado dele.
"Sim, eu vi. Mais dez segundos até o portal se abrir. Certifique-se de que ele fique lá!"

Ouvindo o comando de Koushiro, Yamato virou-se para olhar para o Parque Shikinomori, toda a sua atenção redirecionada para o problema diante dele.

"Falaremos sobre isso mais tarde".
"Sim. Vamos acabar com isso!"

Taichi estava ao lado de Yamato, ambos segurando seus smartphones digivices. A luz de seus digivices brilhou em seus dois Digimons.
O braço esquerdo de Greymon se transformou em uma máquina, e sua cabeça e peito estavam cobertos por uma armadura. Seis asas roxas apareceram em suas costas.

Greymon, super digivolve para Metal Greymon!

Garurumon ficou de pé nas patas traseiras com um uivo, transformando-se em uma forma bípede. Uma proteção de couro preso ao ombro e o joelho esquerdo, e soqueiras pontiagudas de latão foram equipadas em seu punho esquerdo.

Garurumon, super digivolve para Were Garurumon!

Parrotmon recobrou a consciência e estava tentando decolar do Parque Shikinomori. Metal Greymon olhou para ele incisivamente. Ele não estava mais fugindo.
Metal Greymon dobrou a parte superior do corpo para trás e as escotilhas em seu peito se abriram. Foi seu ataque final, Giga Tiro. Dois mísseis lançados, voando baixo no chão.
Os mísseis subiram no ar pouco antes de caírem diretamente sobre Parrotmon. A enorme explosão que se seguiu sacudiu o ar.
Parrotmon, com suas asas esfarrapadas, voou para fora da explosão. Como se antecipasse isso, Were Garurumon saltou. Seu corpo inteiro girou antes de chutar Parrotmon no chão. O ímpeto jogou o corpo de Parrotmon contra um prédio. O som do impacto ondulou das pernas de todos até o estômago. Fumaça e cacos de vidro erguiam-se da parede danificada do prédio.
Parrotmon estava estendido no chão, incapaz de se levantar. Ele estava consciente, mas obviamente enfraquecido.

"Dez, nove...", a voz de Koushiro disse através do fone de ouvido. Ele estava em contagem regressiva para quando o Digiportal se abrisse.
Angewomon estava nos céus, posicionada com sua flecha pronta, e Parrotmon atirou um raio nela em um último ato de desafio. Mas Angemon cobriu Angewomon, desviando o raio com seu bastão. Em vez disso, o raio atingiu o chão, levantando nuvens de poeira.

Angewomon disparou várias flechas em Parrotmon, perfurando suas asas, ombros e pernas. O corpo de Parrotmon estava completamente preso ao chão.

"... Três, dois, um, zero!"

No momento exato da contagem regressiva de Koushiro, um buraco se abriu sob Parrotmon e o portal apareceu.
Parrotmon soltou um grito selvagem ao afundar nele. Quando todo o seu corpo estava dentro, o portal se fechou com um estalo.
Koushiro, que assistia a tudo em um monitor em seu escritório, deu um suspiro de alívio e recostou-se na cadeira.

"O Digiportal está fechado. A transferência de Parrotmon foi concluída".

Os outros no local também suspiraram de alívio ao ouvirem o relato.

Taichi e Yamato se entreolharam e deram um toca-aqui para mostrar sua gratidão pelos esforços um do outro. Vários edifícios foram destruídos, mas eles defenderam vidas.

Seus Digimons, de volta a suas formas menores, voltaram para eles.

"Conseguimos, Taichi", disse Agumon.
"Sim!"
"Yamato!"
"Takeru!"
"Hikari!"

Gabumon e Tailmon correram de volta para Yamato e Hikari, enquanto Patamon pousou no topo da cabeça de Takeru como se fosse seu assento pessoal.

"Ainda assim, só nós quatro viemos? O que aconteceu com os outros?"
"Todo mundo tem suas próprias coisas para cuidar. Não temos o direito de reclamar", Yamato apontou calmamente para o guincho descontente de Taichi.
"Vocês tomaram café da manhã? Que tal comermos juntos, se ainda não?", Takeru sugeriu, olhando para o grupo.
"Eu vou!" Patamon disse, levantando seu braço curto adoravelmente.
"E eu!"
"Eu também! Eu também!"
Gabumon e Agumon pulavam de alegria.
"E você, Hikari?" Tailmon perguntou.
"Claro que vou. E você, maninho?"

Taichi olhou para o telefone e sorriu para eles se desculpando.

"Desculpe. Tenho que ir para a aula.

Acenando um adeus, Taichi apressadamente saiu correndo.

"Mamãe mandou aparecer em casa de vez em quando!", Hikari gritou para as costas de seu irmão.

Yamato virou-se para Takeru. "Desculpe, eu tenho coisas para cuidar também. Takeru, você pode levar o Gabumon?"
"Ok".

Yamato subiu em sua motocicleta e deu a volta, indo embora.
Agumon e Gabumon observaram enquanto seus parceiros recuavam ocupados e diziam em uníssono: "... Eles se foram".




O refeitório da universidade estava lotado de estudantes. A luz do sol brilhava agradavelmente através das grandes janelas, criando uma atmosfera animada e revigorante.
Mas o coração de Taichi estava sombrio. Ele estava olhando para baixo com as sobrancelhas franzidas para um formulário intitulado “Resumo da Tese de Bacharelado” sobre a mesa.

"Por que você está tão quieto? Você nem está comendo".

Taichi olhou para aquela voz. Em algum momento, sem que ele percebesse, seus amigos de escola, Morikawa e Nemoto, sentaram-se à sua frente.
O elegante Morikawa estava vestindo uma roupa estilosa como sempre. Nemoto era uma garota que frequentava o mesmo seminário que Taichi e agia como a irmã mais velha de seu grupo.

"Ainda não decidiu o tema do seu trabalho de conclusão de curso?", Nemoto perguntou.
Taichi rapidamente virou o formulário.
"Não é que eu não tenha decidido. Eu simplesmente não consigo decidir", Taichi respondeu. Ele partiu seus pauzinhos de madeira e começou a comer seu udon.
"É a mesma coisa", Nemoto disse exasperada.
"Você ainda quer se formar?"
"Claro. E isso é fato", disse Taichi, apontando seus pauzinhos para Morikawa.
"E os pedidos de emprego?", Nemoto perguntou.
"Claro que vou fazer isso também", ele disse, desta vez apontando seus pauzinhos para ela.
"Não aponte para as pessoas com pauzinhos".

Morikawa ergueu três dedos, sorrindo triunfante. "Recebi ofertas de emprego de três lugares até agora. E você?"
"Urk", Taichi fez uma careta, incapaz de encontrar uma resposta.
"Você nem começou a se inscrever ainda, não é? Tem certeza de que vai ficar bem?", Nemoto perguntou preocupada.
"Eu vou ficar bem... Agora não é a hora certa", Taichi disse, tentando soar duro, e ele continuou a comer.

"Quem disse isso?", Yamato perguntou a seu amigo Abe, que caminhava na frente dele. Eles estavam subindo a escada de entrada de sua universidade.
"Todo mundo, cara. Todos! A palavra é que Ishida será bem-vindo como oficial executivo da SDF!"
"Quem acreditaria em uma história estúpida como essa?", Yamato disse exasperado.
"O que, então não é verdade? Mas vocês são famosos, não é a toa que existem rumores sobre vocês. Vem com ser um 'DigiEscolhido', certo?"

Abe digitou em seu smartphone e mostrou a tela para Yamato. Tinha artigos de notícias on-line sobre o Parrotmon que apareceram naquela manhã.

"Foram vocês que cuidaram do incidente em Nakano hoje, certo?"

Yamato olhou para a tela do smartphone sem responder.

"A única coisa que caras comuns como eu têm a seu favor é trabalhar para a sociedade a partir de abril".
"Você conseguiu um emprego?"
Minha primeira escolha", Abe disse com orgulho.
"Entendo... Parabéns".

As palavras de Yamato foram de parabéns, mas havia um sorriso estranho em seu rosto. Ele não pôde deixar de sentir que, de alguma forma, seu amigo o havia superado.
Abe deu a ele uma risada fácil e um polegar para cima antes de se virar e subir as escadas.
Enquanto Yamato observava seu amigo ir embora, uma sensação sombria passou por sua mente de que ele estava sendo deixado para trás.
Foi só quando seu amigo não estava mais visível que Yamato olhou para baixo.
Enquanto ele vagava por Shibuya, uma leve melodia musical chegou aos seus ouvidos. Yamato olhou para a esquerda para ver de onde vinha a música.
Um menino tocava gaita dentro de uma loja de instrumentos musicais.
Sentimentos de nostalgia e desolação brotaram em seu coração. Sua banda se separou anos atrás, mas ele ainda gostava de música como hobby. No entanto, por que isso o fazia se sentir tão sozinho?
Yamato virou o rosto para trás para olhar para frente e continuou a andar.

Taichi caminhava sozinho pelas ruas escuras à noite. Depois das aulas de hoje, ele foi direto para seu emprego de meio período em uma sala de pachinko e agora estava indo para casa.
Quando abriu a porta da frente de seu apartamento, ele acendeu a luz. Este era seu quarto ano morando sozinho, que ele havia começado assim que entrou na universidade. Ele estava acostumado a chegar a uma casa vazia sem ninguém para recebê-lo agora.
Ele deixou cair uma sacola de loja de conveniência sobre a mesa. Nela estava o katsudon que seria seu jantar. Abriu a geladeira para pegar uma lata de cerveja.
Ao sentar-se à mesa, de repente lembrou-se de sua conversa com Morikawa e Nemoto no início da tarde. Os sentimentos sombrios e incertos passaram por sua cabeça mais uma vez.
Sem pensar muito, ele foi até o rack de TV e abriu a gaveta de cima, olhando para dentro. Seu digivice e seus óculos originais foram mantidos lá.
Ao contemplá-los, lembrou-se facilmente dos dias em que partira nessa aventura com os amigos. Às vezes ele tinha dúvidas e às vezes ele e seus amigos brigavam, mas era por causa daqueles dias que ele era a pessoa que era agora.
Depois de alguns momentos olhando, Taichi lentamente pegou seu smartphone.

Taichi e Yamato sentaram-se frente a frente em um restaurante de carne de miudezas em Asagaya. Yamato veio de Shibuya para encontrar Taichi depois de receber sua ligação.

"Entendo. Em outras palavras, seus colegas te criticaram e agora você está se sentindo incomodado", Yamato disse enquanto segurava seu copo cheio de cerveja.
Eu não estou incomodado", Taichi respondeu, bebendo sua própria cerveja. "Eu só quero fazer o que eu realmente quero fazer".

Era como ele realmente se sentia, mas de alguma forma também o fazia se sentir estranho e envergonhado. Taichi desviou o olhar.

"Se você já tem uma visão tão positiva disso, então por que me ligou?", Isso atingiu um nervo.
"Ugh!", Taichi respondeu, mudando rapidamente de assunto. "Yamato, você está indo para a pós-graduação, certo? Por que você não está se candidatando a empregos?"
Foi a vez de Yamato desviar o olhar. "Eu não sei..."
"Não sabe?"
"Não sei se fazer pós-graduação é realmente a escolha certa para mim. Estou fazendo isso para descobrir o que realmente quero fazer da minha vida… Mas talvez tudo que eu queira seja um período de carência".

Dizendo isso baixinho, Yamato esvaziou seu copo de cerveja. Ele suspirou e olhou para Taichi, continuando. "No entanto, conhecemos muitas pessoas ao nosso redor com objetivos, então talvez seja apenas um tópico mais delicado do que o normal para nós".

"Você tem razão", disse Taichi, lembrando-se de seus amigos. "Jou está cada vez mais se tornando um médico, Mimi montou uma loja online que vende produtos em geral e Koushiro é um CEO. Mesmo Hikari, Daisuke e os outros parecem estar trabalhando em direção a um objetivo…"

Taichi agarrou as vísceras com seus pauzinhos. "A propósito, e Takeru?"
"Ele me disse que está escrevendo um romance. Mas ele ainda não me deixou ler", Yamato respondeu, comendo um pedaço de vísceras.
"Um romance, hein?", Taichi murmurou em admiração.
"Sora tem dedicado todo o seu tempo ao estudo de arranjos de flores recentemente".
"Hmm", Taichi respondeu sem entusiasmo enquanto brincava com seu pedaço de vísceras no prato do molho.

O olhar de Yamato caiu para a mesa, sua expressão desamparada. "As coisas não podem continuar como antes. Escolher seu próprio caminho às vezes pode significar se afastar dos amigos".

Taichi já estava bem ciente disso. Mas a dor ainda disparou em seu peito ao ouvi isso colocado em palavras novamente. Ele suspirou dramaticamente para aliviar a atmosfera pesada.

"As únicas coisas que nunca mudam são os nossos Digimons".
"Muita coisa aconteceu e agora podemos abrir o portal quando quisermos, mas esses caras realmente continuam os mesmos".
"Você deveria levar Gabumon com você para suas aulas", Taichi disse brincando.
Yamato sorriu ironicamente. "Não seja estúpido. Por que você não leva Agumon para suas aulas?"
"Não é tão simples assim. Eu tenho minha própria vida para viver".

Ali, a conversa caiu e os dois abaixaram a cabeça sem jeito. Isso mesmo. Cada um tinha sua própria vida para viver, e não havia mais nada que pudesse ser feito sobre isso.
No silêncio, eles podiam ouvir as conversas dos outros clientes do restaurante.

"Se for esse o caso, prefiro não crescer", dizia uma voz de mulher. Eles sentiram como se ela estivesse expressando seus pensamentos em voz alta.
"Ei, Yamato. Nós…"

Taichi estava prestes a quebrar o silêncio desconfortável quando houve um baque alto atrás dele. Ele se virou surpreso ao ver que a garota sentada atrás dele havia caído no chão. Seu braço estava caído no chão, dizendo-lhes instantaneamente que ela estava inconsciente.

"Ayaka!"

Uma mulher que parecia ser sua amiga correu para a mulher caída e se agachou. "Ei acorde!"

"Ela esta bem?" Taichi disse, levantando-se.
"Eu não sei!" a mulher disse em perplexidade.
"Yamato, chame a ambulância!"
"Entendi."
"Ayaka! Ayaka!"

Taichi correu para a mulher também, ajoelhando-se. “Você bebeu?”

"Não!" A mulher chorou de dor. Taichi olhou para a mesa deles.
Havia um smartphone sobre a mesa, a tela molhada do chá oolong derramado. Uma luz brilhou a partir dele.




Nuvens cumulonimbus se formavam no céu.
Enquanto os alunos se sentavam na sala de aula, ouvindo atentamente a aula do professor, Taichi folheava secretamente as notícias com seu smartphone sobre a mesa.

"Na madrugada do dia 20, houve relatos de várias pessoas entrando em coma em Tóquio e sendo transportadas para o hospital. Oito deles são homens, enquanto cinco são mulheres. A causa de seu colapso ainda é desconhecida e ninguém parece ter recuperado a consciência ainda".
Enquanto examinava lentamente os artigos, ele recebeu uma notificação por e-mail. O remetente era "Koushiro Izumi".

Taichi, Yamato, Koushiro, Takeru e seus parceiros Digimon se reuniram na sala de conferências do escritório de Koushiro em Odaiba. O quarto era arrumado e simples, mas exalava uma atmosfera chique. Havia uma planta decorativa perto das janelas, e em sua mesa estavam seu computador e vários monitores.

"Tentomon", Agumon disse em saudação.
"Como tem passado?" Tentomon disse em sua maneira amigável de sempre.
"Obrigado a todos por virem quando estão tão ocupados", Koushiro disse formalmente.
"É uma emergência, certo? Não se preocupe com isso", Taichi assegurou.
"De fato. Dê uma olhada nisso primeiro".

Koushiro mudou seu peso em sua cadeira giratória para ficar de frente para os monitores e clicou duas vezes em um ícone com o mouse. Um vídeo panorâmico que parecia ter sido filmado por smartphone se abriu. O vídeo estava em um quarto de apartamento. Prédios não japoneses de aparência exótica podiam ser vistos atrás das janelas, e havia uma mulher de óculos parada diante deles. Ela era alguém com quem todos estavam familiarizados.

"Olá! Há quanto tempo, pessoal! É a Miyako, diretamente de seu estudo no exterior! Paella é incrível, devo dizer!", Miyako Inoue disse animadamente com os dois polegares para cima. Ela se aproximou da câmera.
"Espera...Miyako, você vai ficar desfocada se você se mover assim!"
"O que? Não! Você é péssimo nisso, Hawkmon. Me dá isso!"
"Eh?!"


Sua mão cobriu a tela antes de mudar para o modo selfie. Hawkmon estava parado atordoado sob o braço de Miyako.

"Posso estar em outro país agora, mas ainda sou muito ativa na comunidade Digimon online e as pessoas vêm até mim pedindo conselhos e outras coisas. Foi assim que recebi este e-mail".
"Aqui está", disse Hawkmon.

A câmera se moveu em um borrão, mostrando a tela do computador. Havia uma guia da janela do e-mail aberta, mas o borrão dificultava a leitura.

"Eu não tinha certeza do que fazer, então achei que jogar... quer dizer, consultar vocês seria a melhor escolha. Então, encaminhei o e-mail pro Izumi".

A tela voltou a tremer violentamente, voltando ao modo selfie.

Miyako fez uma saudação para a câmera e continuou alegremente: "Deixo o resto com vocês então! Adeus!"
"Adeus!" Hawkmon acrescentou quando entrou na visão da câmera, e o vídeo terminou tão embaçado quanto havia começado.

"... Vocês também a ouviram dizer que estava jogando isso pra nós, certo?", Taichi murmurou. Ele não pôde evitar.
"Sobre o que é o e-mail?", Yamato perguntou a Koushiro.
"É melhor ouvir diretamente do remetente do que de mim mesmo".
"O que? O remetente está aqui?", Takeru perguntou.
"Por favor, entre", Koushiro gritou. A porta se abriu e um homem e uma mulher entraram na sala.


A mulher era jovem, usava blusa e saia. Seu longo cabelo trançado caía sobre o ombro direito. Havia um lindo clipe de borboleta presa no final da trança. Seus olhos eram de um lindo verde e ela tinha um sorriso suave.
O homem mais alto parecia japonês, com uma expressão rígida no rosto que poderia ser interpretada como séria ou mal-humorada. Seu bom físico era aparente mesmo através de seu terno.
A mulher se apresentou com uma voz animada. "Bom Dia a todos! Prazer em conhecê-los. Sou Menoa Bellucci, professora associada da Universidade Libérica, na cidade de Nova York".

Sua personalidade alegre e ousada ficou clara em seu tom enérgico.
O homem falou em seguida, seu rosto ainda rígido como uma tábua. "Eu sou Imura Kyotaro, assistente dela. Prazer em conhecê-los".
Sua voz, em contraste, era curta. Ele parecia ser do tipo que preferia manter distância de estranhos.

"Prazer em conhecê-los!" os Digimons cumprimentaram de volta alegremente.
"Prazer em conhecê-la. Você fala português muito bem, Menoa”, disse Takeru, impressionado.
"Obrigada", disse Menoa levemente.
"Só para esclarecermos isso, nossa especialidade não é em física ou química, mas pesquisamos sobre Digimons", Imura continuou indiferente.

Taichi e Yamato imediatamente pareceram nervosos.

"Não se preocupem. Não estamos planejando usar vocês como ratos de laboratório.
"Queríamos sua ajuda para resolver uma certa investigação", disse Menoa, sorrindo enquanto olhava para eles. "Já que vocês são os heróis que salvaram o mundo repetidas vezes, sua ajuda é necessária".
"Então você fez sua pesquisa".
Menoa encolheu os ombros com as palavras de Yamato. "Pesquisa é minha especialidade".
"A investigação em que estamos trabalhando tem a ver com os incidentes em massa de pessoas entrando em coma que ocorreram em todo o mundo recentemente".

Com as palavras de Imura, Taichi e Yamato se entreolharam.
Koushiro clicou duas vezes em algo em seu computador de mesa e todos olharam para a tela. Mostrava uma foto aberta de alguém desmaiado na beira de uma estrada. Havia outras fotos semelhantes a ela, até mesmo fotos de pacientes deitados em leitos de hospital. Ele também tinha uma lista de distribuição de onde as vítimas estavam localizadas no mapa-múndi.

"Um grande número de pessoas saudáveis ​​em todo o mundo entrou em estado de coma. Provavelmente trezentos deles foram relatados até o momento", Menoa disse enquanto olhava para o monitor. "As vítimas pareciam aleatórias no início, mas todas tinham uma conexão. É..."
"Todos eles são DigiEscolhidos?"
"Isso mesmo."
"Como esperado, você é afiado, Koushiro Izumi", Imura disse monotonamente.
"Não haveria uma razão para você vir aqui de outra forma. Além disso, notei que vários DigiEscolhidos no banco de dados perderam contato do nada recentemente".

Dos três monitores de computador na mesa de Koushiro, o da extremidade esquerda mostrava a lista das Crianças Escolhidas. Alguns nomes dessa lista foram marcados com “Incapaz de se comunicar” ao lado deles.
Menoa, observando Koushiro explicar com um olhar de soslaio, voltou seu olhar para o monitor central. "Até agora, nenhum deles recuperou a consciência. E todos os seus parceiros Digimon também estão desaparecidos".
"De jeito nenhum", disse Takeru, com os olhos arregalados em choque.
"O Digimon deles também?", Patamon disse preocupado.
"Nos quatro locais que investigamos, encontramos quantidades minúsculas de estática digital e vestígios de um Digimon", disse Imura em seu tom profissional.
Koushiro franziu a testa enquanto colocava a mão no queixo. "Então você está dizendo que o criminoso é um Digimon?"
"Sim. Temos certeza disso. Criamos um padrão a partir dos vestígios de estática digital e fomos atrás dele. Localizamos o esconderijo daquele Digimon. Além do mais, os dados deste Digimon são compostos por padrões que são diferentes dos Digimons do Digimundo".
"Então é...!" Os olhos de Koushiro se arregalaram.
"Um Digimon..."
"Desconhecido..."
Até Taichi e Yamato engoliram em seco.
"Sim. Nós o chamamos de Eosmon”.
"Eosmon", Yamato repetiu.
"Esse é o nome que eu dei. Como o encontrei de madrugada, adotei o nome de Eos, a deusa grega do amanhecer".
"Nem é preciso dizer, mas não podemos tolerar mais danos", disse Imura.
"Um Digimon que rouba a consciência dos Digiescolhidas…" Koushiro sussurrou, como se reafirmasse a ameaça.
"Mas há uma maneira de salvá-los".
"Huh?" Todos disseram as palavras de Menoa.
"Eosmon está roubando sua consciência ao transformá-la em dados, de alguma forma", disse Imura.
"E parece estar mantendo esses dados temporariamente em uma área do ciberespaço que está sob seu controle".
"Então isso significa…", Takeru disse.
Patamon em cima de sua cabeça inclinou sua própria cabeça em pensamento. "Em outras palavras..."

Os olhos de Koushiro baixaram enquanto ele deliberava. “Se derrotarmos Eosmon e resgatarmos os dados de consciência do ciberespaço...”
"Todos serão salvos", Taichi terminou a frase.
Menoa virou-se para eles. "Queremos sua ajuda. É por isso que viemos para cá".
"Então teremos que fazer isso! Certo, pessoal?", Taichi gritou determinado, virando-se para Yamato e os outros.
Yamato sentiu uma onda de nostalgia ao ver Taichi daquele jeito, mas imediatamente assumiu uma expressão severa. "Sim. Mas, como tenho certeza de que você já sabe, Taichi, há vidas em jogo".
"Devemos formular nosso plano com cautela"
"Urk..." Taichi caiu um pouco sob os avisos de Yamato e Koushiro.
"Mas também não temos tempo para levar as coisas devagar", disse Menoa.
"É por isso que já elaboramos um plano". Imura colocou um pen drive USB na mesa de Koushiro.
"Se houver algo em que possamos ajudar, é só dizer", acrescentou Menoa. "Faremos tudo o que pudermos"

Um projetor de teto foi ligado, projetando em uma parede.

"Agora, vamos começar a discussão", disse Koushiro, de pé diante da parede. "Este plano foi feito com base nas sugestões da Menoa. Nosso alvo é Eosmon".

Uma figura 3-D de Eosmon feita em wire-frame apareceu na tela. Eles podiam dizer que tinha antenas e asas, mas a estrutura de todo o corpo não era clara.
O rosto de Gabumon ficou sombrio quando ele olhou para a imagem. "Então este é Eosmon".
"Ei, Taichi. Nós só temos que vencer este Digimon, certo?", Agumon disse, parecendo motivado.
"Sim, está certo". Taichi deu um grande aceno de cabeça. Ver as imagens fez com que ele finalmente sentisse que aquilo estava realmente acontecendo.
"Seu nível é desconhecido, mas acredito que os quatro Digimon que temos aqui serão suficientes para lidar com isso".
As figuras de wire-frame 3-D de Agumon, Gabumon, Patamon e Tentomon apareceram na tela.
"Ei, somos nós".
"Por que parecemos teias?", Patamon perguntou inocentemente.

Deixando as palavras do Digimon entrarem por um ouvido e saírem pelo outro, Koushiro continuou com um olhar sério. "A coisa com a qual mais precisamos nos preocupar é..."
"Não deixá-lo escapar", Menoa disse, apoiando o queixo nas mãos. "Isso mesmo".

O projetor exibiu o mapa da área onde Eosmon estava escondido.

"Portanto, primeiro usaremos Kabuterimon e Angemon para bloquear toda a área onde o alvo está".

As linhas no mapa que cercavam o alvo se transformaram em um quadrado.

"Isto parece coisa de pescaria", comentou Tentomon.
"O domínio do site está vinculado a um aquário, então acho que esse pensamento funciona?", disse Takeru.
"Para o bloqueio, usaremos a recém-programada 'rede de cerco de área ampla'. É forte o suficiente para se defender contra ataques de um Digimon Perfeito".
Koushiro mexeu no botão e Greymon e Garurumon apareceram na tela.
"Assim que terminarmos de bloquear a área, Taichi e Yamato eliminarão o alvo com seus parceiros".
Koushiro virou-se para Menoa, sentada no sofá. "Vamos deixar Menoa cuidando do backup das consciências e monitorando tudo".
"Claro!" Menoa disse confiante, sentando-se ereta.
"O objetivo deste plano é recuperar os dados de consciência que Eosmon roubou. Derrotar Eosmon, portanto, é essencial. Vamos manter a guarda levantada, pessoal, e fazer valer cada ação!"

Tomando as palavras de Koushiro, Taichi bateu com a palma da mão no joelho para se animar. “Tudo bem, pessoal! Vamos!"





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