segunda-feira, 4 de março de 2024

Digimon Adventure: Last Evolution Kizuna - Capítulo 6: As Garras do Mal se Espalham



Taichi ouvia o que o homem de túnica, que vinha do mundo digital, tinha a dizer. Ele baizou a cabeça, desanimado.
"... Então é verdade, Senhor Gennai?", Taichi murmurou.
Sentado na cama, o homem, Gennai, deu um pequeno aceno.
Gennai vivia no Digimundo e foi uma espécie de mentor para Taichi e seus amigos durante sua aventura lá. Sempre que as crianças estavam em crise, ele as ajudava com conselhos.
"Nós realmente teremos que nos separar de nossos parceiros no final?"
Taichi perguntou a Gennai, que deveria saber tudo o que havia para saber sobre Digimon.
A resposta de Gennai foi: sim.
"Infelizmente, existem casos de parcerias que terminam".
"Por que você não nos disse algo tão importante como isso..."
Gennai respondeu a Taichi com calma.
"É como falar sobre expectativa de vida; esse é o tipo de coisa que você precisa esperar até a hora certa para falar, certo?"
Taichi, que estava sem palavras para dizer, tirou o Digivice smartphone do bolso.
"Então este anel realmente é..."
"Sim. É o tempo restante que você ainda tem juntos".
"Então, quando nossa parceria terminar, o que vai acontecer conosco... o que vai acontecer com o Agumon?", Taichi perguntou, esperando um pouco de esperança.
Mas Gennai não conseguiu dar a Taichi a resposta que ele queria ouvir.
"O Digimon provavelmente não aparecerá mais nessa forma".
Taichi engoliu em seco e não podia mais dizer nada.
Gennai continuou olhando diretamente para Taichi e acrescentou mais uma coisa.
"... Mas, se vocês ainda têm infinitas possibilidades, talvez..."
Taichi não podia lidar a realidade pela qual havia sido atingido e não conseguiu ouvir mais do que isso.

Enquanto isso, Yamato ainda estava seguindo Imura na chuva, observando um local de aparência importante.
"O que diabos ele está fazendo..."
Yamato e Gabumon estavam se escondendo na escada de um prédio e estavam olhando para um único carro.
Imura e um homem que eles não podiam ver estavam tendo algum tipo de conversa. Naturalmente, Yamato e Gabumon não podiam ouvi-los, mas continuaram assistindo, sentindo o quão suspeito isso era.

Cabroom!
O som do trovão soou e a chuva continuou a cair sobre Yamato e Gabumon.
"Você está bem, Gabumon?"
Yamato, que parecia muito preocupado, olhou para o Gabumon.
"Estou bem, Yamato. Mais importante, precisamos ficar de olho neles".
Eles se viraram para olhar para Imura, e os dois inconscientemente fizeram barulho.
"... Ah!"
Imura estava recebendo uma pistola do outro homem no carro.
"Yamato! Isso é uma arma, não é?"
"..."
Ao lado do Gabumon, Yamato engoliu sua própria saliva.
Yamato estava começando a explorar algo muito mais sério do que qualquer um deles poderia imaginar.

Ao mesmo tempo, Daisuke e seus amigos, tendo atravessado o oceano do Japão para Nova Iorque nos Estados Unidos, continuaram sua investigação.
Eles entraram na Universidade Liberica, onde Menoa atuava como professora assistente.
"Parece que apenas perguntar não nos deu as informações que o Yamato queria"
Enquanto caminhavam pela universidade, o jovem alto soltou um suspiro.
Seguindo logo atrás dele, estava um Digimon que parecia uma minhoca, que disse, com olhos lacrimejantes e uma voz preocupada: "Não se sinta mal, Kenzinho".
"Obrigado, Wormmon".
O jovem, Ken Ichijouji, olhou para o parceiro e deu um leve sorriso.
"Deixa comigo! Eu vim aqui para te ajuda a descobrir mais, afinal!"
Ao lado de Ken, piscando para ele, estava Miyako, que usara o DigiPortal para vir da Espanha para Nova Iorque. Ao lado dela, Hawkmon acrescentou: "Também estou aqui!"

"A Internet tem muito alcance, mas há um limite para o que você pode fazer sobre coisas que não sabe... Então, para onde vamos a seguir, Iori?"
Quando os ombros de Daisuke caíram, ele se dirigiu a um garoto que os liderava.
"Se não estamos avançando, vamos tentar usar uma abordagem diferente".
O garoto, vestindo uma gravata bem amarrada, era Iori Hida. Ele se virou para encarar Daisuke e os outros.
"Aqui".
Iori estava em frente ao laboratório de pesquisa de Menoa.

"Entendi, vamos direto ao ponto e revistamos o laboratório da pessoa em questão nós mesmos".
Miyako parecia impressionada enquanto assentia, mas Daisuke estava olhando em volta freneticamente.
"Mas como vamos entrar? Você precisa de uma chave para entrar, certo?"
A porta tinha um dispositivo preso e não se abriria a menos que um cartão-chave designado fosse passado por ela.
"Quer que eu arrombe a porta, Daisuke?"
A voz de sangue quente veio de um pequeno Digimon fofo que pulava de um lado para o outro na frente dele, com orelhas que faziam você pensar em um coelho. Saltando na frente de seu parceiro, Daisuke, ele começou a bombear os braços curtos, cheios de motivação.
"Claro que não, V-mon! Se você fizer isso, as pessoas vão se aglomerar ao nosso redor!"
Dando uma olhada de lado em Daisuke repreendendo seu parceiro, Iori chamou seu parceiro, a quem ele estava segurando em seus braços.
"Armadimon, por favor".
Armadimon, um Digimon com costas e garras duras e que parecia um tatu, deslizou uma garra pela máquina.
"Pronto!"
Clique. A porta destrancou.
Miyako estalou os dedos.
"Bingo!"
"Foi tão fácil de abrir..."
Ken ainda estava preocupado com a segurança da Universidade Liberica, mas decidiu olhar o lado bom para que eles pudessem continuar sua investigação.
"Oláaaaa!"
Os quatro entraram no laboratório de pesquisa como se fossem ninjas. Na parede havia estantes de livros com livros de aparência difícil, todos alinhados em uma fileira.
"... Encontrei".
Iori encontrou o computador pessoal de Menoa em cima de sua mesa.
"Tudo bem, aqui é onde eu entro".
Miyako arregaçou as mangas para trás e virou-se para olhar o computador.
Nesse momento, Miyako viu algo na parede da sala.
"Hum? Gostaria de saber se deveríamos contar o Yamato sobre isso também ...?"
Depois de murmurar essas palavras para si mesma, Miyako ligou o computador.

As garras do mal de Eosmon estavam começando a convergir para os amigos de Taichi.
Em um determinado armazém, uma garota estava cantarolando para si mesma enquanto caminhava. Seu cabelo comprido estava amarrado atrás dela, e ela estava completamente no modo de trabalho.
"Ok, Palmon! Vamos fazer essa verificação de inventário rapidamente e terminamos!"
A garota de bom humor estava conversando com o Digimon ao lado dela. O nome dela era Palmon, e ela era um Digimon parecido cm uma planta, com uma grande flor desabrochando na cabeça. Ela olhou para a garota com seus grandes olhos redondos.
"Okaaaaaaay! Deixa comigo, Mimi!"
Ao ouvir a repsonse alegre de Palmon, a garota, Mimi Tachikawa, sorriu docemente para ela.
Mimi administrava um site de compras on-line enquanto viajava pelo mundo, e era vital que ela fizesse inspeções de inventário. Fazer isso junto com Palmon era parte de sua rotina diária.
"... cinco, seis, sete, oito..."
Enquanto Palmon contava as mercadorias, ela notou o toque do smartphone de Mimi disparando.
"Mimi, telefonema!"
"Tá bem, tá bem. Eu já ouvi".
Mimi casualmente tirou o smartphone da bolsa, mas naquele momento…
Uma luz saiu do smartphone de Mimi, e ela instintivamente fechou os olhos.
"O-O que é isso..."
"Mimi, o que há de errado?"
Mimi chamou Palmon, que de repente botou a cabeça para fora de onde escondida.
"Palmon! Corre!"
Mimi não conseguiu dizer mais nada depois disso e caiu no chão no local, como se estivesse dormindo…

Depois de receber uma ligação de Koushiro, Yamato dirigiu o mais rápido que pôde em sua motocicleta, com Gabumon sentado atrás dele.
"Droga! Pegou até a Mimi...!"
Yamato chegou ao hospital.
Ele correu para a sala onde lhe disseram que ela estava, e abriu a porta com tanta força que fez um barulho alto.
Taichi e Koushiro já estavam lá na sala. Bem ao lado da cama havia um jovem de óculos e roupas brancas limpas.
Na própria cama estava Mimi, quieta e adormecida.
"Jou!"
Yamato chamou o jovem de óculos.
Jou, o mais velho do grupo de Taichi, e um estudante de medicina que trabalahndo para se tornar médico, explicou a situação de Mimi.
"Houve um relato de um barulho enorme, e a polícia foi chamada, e Mimi foi encontrada no armazém, sozinha".
Gabumon, que havia chegado com Yamato, chamou um Digimon que parecia uma foca sem orelhas.
"Como tem passado, Gomamon?"
"Ei! Estou bem".
Gabumon e os outros Digimons estavam conversando com o parceiro de Jou Digimon, Gomamon, que eles não viam há algum tempo.
Olhando para os Digimons, Taichi encarou Jou com uma expressão séria no rosto.
"Então, qual é a condição da Mimi?"
"Ainda nada ... Por outro lado, não há nada de anormal acontecendo com ela, além do fato de ela ter perdido a consciência".
Mas Taichi e os outros sabiam qual era a causa real.
"Eosmon fez isso", murmurou Koushiro irritadamente, com a mão firmemente plantada na boca.
Yamato quebrou o silêncio no quarto do hospital apontando para a porta.
"... Taichi. Koushiro. Tem um minuto?"

Yamato levou Taichi e Koushiro ao banheiro masculino.
"Por que você nos trouxe aqui?", Koushiro perguntou.
Yamato olhou ao redor do banheiro e disse: "Não haverá câmeras nos observando".
"Então você está dizendo que estamos sendo vigiados?!", Taichi franziu a testa.
"É apenas por precaução".
Com essa resposta, Yamato pegou dois telefones celulares da mochila que ele carregava.
"São telefones pré-pagos. Não usem os smartphones por enquanto".
"Telefones pré-pagos ... o que é isso, um filme de espionagem?"
Yamato deu a Taichi e Koushiro os telefones, que, diferentemente dos smartphones, não conseguiam se conectar à Internet e só podiam receber chamadas e mensagens de texto.
"Usem-os o máximo que puder sempre que precisarem entrar em contato".
"Tudo bem ... Então, por que não relatamos nossas situações atuais?"
Yamato concordou com a proposta de Koushiro.
O primeiro a falar foi Taichi: "Eu me encontrei com o Senhor Gennai".
Ao ouvir o nome de Gennai, Yamato e Koushiro se inclinaram para a frente.
"Ele disse alguma coisa?"
"Algo sobre parar a progressão das parcerias que terminam ou cancelá-la ?!"
Yamato e Koushiro barraram Taichi com perguntas, mas Taichi balançou a cabeça.
"..."
Depois de morder o lábio com morosidade, Yamato começou o que queria dizer.
Yamato tirou cópias de vários artigos de notícias de sua mochila.
Taichi, recebendo alguns de Yamato, perguntou: "O que é isso?"
"Veja a foto no canto inferior direito".
Taichi e Koushiro seguiram o que Yamato disse e olharam para a foto.
Mostrava uma Menoa muito jovem, apresentando-a como a pessoa mais jovem a ganhar um certo prêmio. Aos pés da sorridente Menoa havia algo que parecia um Digimon. Parecia uma borboleta com asas branco-azuladas e parecia estar escondida atrás de Menoa.
"Isso é um Digimon?"
Yamato assentiu em resposta à pergunta de Koushiro.
"Sim, sem dúvida".
"Então isso significa ... Menoa é uma DigiEscolhida?"
Menoa era pesquisadora de Digimons, mas também compartilhava seu próprio coração com um Digimon. Mas agora, aquele Digimon parecido com uma borboleta não estava mais ao lado dela.
"Então, o fato de ainda não termos visto o parceiro Digimon dela significa que..."
Koushiro começou a murmurar enquanto pensava nisso, mas Yamato o interrompeu.
"Eu não sei, mas o assistente dela é realmente a mais suspeito".
"O assistente dela? Você quer dizer aquele cara Imura?"
Em resposta à pergunta de Taichi, Yamato apontou para um dos documentos que ele havia lhe dado.
"Veja a segunda página"
Taichi virou a página, onde havia vários artigos cobrindo os resultados da pesquisa de Menoa.
Todas as fotos tinham Menoa e Imura nelas.
"Imura se tornou assistente da Menoa exatamente na mesma época em que Menoa divulgou os resultados da pesquisa".
Taichi refletiu sobre as palavras de Yamato.
"Sim, você está certo...!"
"E além disso, ele tem feito coisas estranhas. Não sei quem ou o que ele é, mas vou chegar ao fundo disso", Yamato disse a Taichi e Koushiro, fazendo sua declaração com firmeza.
Koushiro terminou dizendo "Deixaremos isso para você, então", e passou a contar a Taichi e Yamato o que ele queria dizer.
"Estive analisando alguns restos dados de Eosmon que coletamos durante nossa última luta com ele. Também tenho tentado descobrir sua localização".
"Algum progresso?"
Em resposta à pergunta de Yamato, Koushiro baixou a cabeça.
"Ainda nada ... Como precaução, já enviei um aviso a todas os DigiEscolhidos em nosso banco de dados".
"Sim, isso vai ajudar".
Ouvindo a conversa de Koushiro e Yamato, Taichi olhou para o Digivice.
O anel de luz estava ficando cada vez menor. E, no entanto... ninguém sabia como parar.
Yamato avisou Koushiro que ele também deveria ter cuidado.
"Koushiro, tenha cuidado também. Tente limitar o quanto você se conecta à Internet fora do prédio, o máximo que puder".
"Sim, eu entendo".
Ao lado de Koushiro, Taichi levantou a cabeça.
"Koushiro. Yamato."
Olhando nos olhos de ambos, Taichi falou para fortalecer sua determinação.
"Vamos pôr um fim a este incidente. Não importa o quê".

Ao mesmo tempo em que Taichi estava decidindo lutar, Agumon e Gabumon estavam no corredor do hospital.
Como chovia lá fora, a noite estava escurecendo, mesmo que fosse no meio do verão.
Agumon sentou-se em um banco ao lado do corredor e murmurou uma única frase.
"Taichi e Yamato ficaram muito grandes".
Gabumon, sentado ao lado dele, assentiu.
"Sim. Eles ficaram muito grandes".
Agumon lembrou-se do tempo que passou com Taichi e de repente olhou para baixo.
"Taichi vive sozinho agora. Ele até tem álcool na geladeira. Isso significa que ele é adulto agora, certo?"
"Sim. Eles são adultos".
"Então eles não são mais crianças".
Houve uma breve pausa e Gabumon murmurou algumas palavras.
"... Então teremos que nos separar deles..."
"Sim".
Ao ouvir a resposta de Agumon, Gabumon olhou para seus próprios pés.
"Ultimamente, eu tenho saído com o Yamato com mais frequência, e isso me faz feliz. Isso me faz feliz, mas ... estar com ele traz de volta todas as lembranças divertidas que tenho com ele".
Gabumon gostava do tempo que passava com o atual Yamato, mas adorava ainda mais suas memórias do velho Yamato.
Desde o momento em que se conheceram no Digimundo, até agora.
"Todo o tempo que passei com o Yamato é como um tesouro precioso para mim".
"..."
Agumon sentia o mesmo por Taichi.
"Eu quero estar com ele para sempre..."
A voz de Gabumon estava trêmula. Ele estava expressando seus verdadeiros sentimentos, saindo das profundezas de seu coração.
Agumon não conseguiu dizer nada e ficou completamente em silêncio.
De repente ouviu-se um rosnado.
Apesar do momento, o estômago de Agumon começou a roncar, como sempre.
"Pffft ... hahahahaha!"
"Ahahaha..."
Gabumon e Agumon começaram a rir.
Eles continuaram rindo por um tempo, até que Agumon finalmente disse: "Ei, Gabumon. Não é só o Taichi, estou tão feliz por conhecer todos os outros também!"
Agumon olhou para o céu, pensando em todos os seus amigos.
Memórias das crianças e seus Digimons estavam voltando, uma após a outra. De suas aventuras e suas vidas diárias sem nada em particular, todas elas eram tesouros insubstituíveis para eles.
E Taichi, seu parceiro, estava em todas essas memórias.
"Foi graças ao Taichi que conheci todos", Agumon murmurou, como se estivesse falando sozinho.
Gabumon assentiu firmemente.
"Sim. Yamato fez o mesmo por mim".
Ao ouvir as palavras de Gabumon, Agumon ficou em silêncio por um tempo e depois disse apenas algumas palavras.
"... O tempo que passamos juntos nunca desaparecerá".
Vendo o rosto preocupado de Gabumon, Agumon olhou para o céu, como se tentasse afastar os sentimentos sombrios.
Agumon tinha seu sorriso habitual no rosto.
"Eu nunca vou esquecer".
"... Sim. Mesmo agora, tenho me preocupado com as coisas com Yamato e lutado ao lado dele. Isso não vai acabar, mesmo agora".
Até a atitude habitual de Gabumon estava começando a voltar.
Vendo isso, Agumon pulou do banco em que estavam sentados.
"Ficamos juntos e pensamos em problemas juntos. E tenho certeza que Taichi encontrará a resposta".
Gabumon seguiu também pulando do banco e ficou ao lado de Agumon.
"Eles são nossos parceiros, as pessoas mais importantes para nós, então vamos caminhar com eles no caminho que eles escolheram".
"Sim!"
Agumon estava sorrindo tanto que seus olhos eram pequenos. Gabumon estendeu a mão para ele e disse, claramente, "Vamos garantir que não tenhamos arrependimentos e aproveitar ao máximo nosso tempo com nossos parceiros".
"... Somos como adultos agora".
Gabumon coçou a cabeça, um pouco envergonhado, mas Agumon pegou sua mão.




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