08 dezembro 2025

Digimon Adventure - Capítulo 5.2: A Princesa do Karaokê



Era uma vez, há muito, muito tempo atrás, um rei chamado Tonosama Gekomon.
Tonosama Gekomon amava cantar no karaokê, então ele agarraria o microfone todos os dias para aquecer as cordas vocais.
Um dia, das terras mais ao leste, um feiticeiro muito importante veio visitar e uma festa de boas vindas foi dada em sua honra. Chefes de todo o país usaram suas maiores habilidades pra preparar os mais deliciosos pratos, e o feiticeiro estava muito contente.
Depois do banquete, o torneio de karaokê começou.
Tonosama Gekomon tinha bebido um pouco, então estava de bom humor quando apresentou sua canção preferida ao feiticeiro. O feiticeiro também parecia aproveitar o espetáculo, tamborilando os dedso no ritmo da música.
– Permita que cante para você em agradecimento – o feiticeiro disse, solicitando o microfone.
Mas como Tonosama Gekomon não tinha terminado sua cantoria, ele não largou o microfone.
Relutantemente, o feiticeiro permitiu que ele continuasse, mas quando Tonosama Gekomon não parou de cantar, mesmo quando o sol nasceu na manhã seguinte, ele finalmente perdeu a pacicência.
– Eu não quero ouvir você cantar mais!
O feiticeiro balançou o bastão uma vez e imediatamente Tonosama Gekomon caiu num sono profundo. Ele afundou no piso de pedra, e apenas seu topete se projetava do chão, como o broto de uma planta gigante.
– Oh não, ribbit, oh não, ribbit!
– O que nós vamos fazer, tama?
Enquanto os Gekomons e Ptamamon serventes entravam em pânico, o feiticeiro disse: – Não se preocupem. Ele não está morto. Daqui a tezentos anos, uma garota que é boa no karaokê virá aqui. Se ela cantar, ele despertará.
Então, trezentos anos se passaram.
Um dia, acompanhada por um Digimon com uma grande flor vermelha em cima da cabeça. uma linda garota chegou àquela terra. Seu nome era Mimi Tachikawa e o nome de seu Digimon era Palmon.
Embora ela fosse, de fato, muito bonita, ela não se aprecia em nada com um Digimon. Isso porque Mimi era algo chamado um ser humano.
Todavia, sua voz era como o doce som de sinaos, e depois de falar com os Otamamons e Gekomons, ela cantou um pouco para eles.
Levantando o dedo mindinho enquanto segurava o microfone, ela começou a cantar.
Sua voz era como uma brisa suave batendo contra o vidro, e todos os Digimons a ouviam extasiados.
A garota mantinha uma boa pontuação na tela do karaokê enquanto cantava.
E então... Dá pra acreditar? O topete do adormecido Tonosama Gekomon começou a tremer e se contorcer.
– A profecia do feiticeiro se realizou, ribbit!
– Nosso rei está acordando, tama!
Os Digimons começaram a levantar as vozes excitadas. Mas...
– Eu desisto.
– De repente, Mimi parou de cantar.
– P-Por quê, ribbit? –perguntou um Gekomon.
– Bem, eu estou entediada disso – Mimi disse indiferentemente. – E também, eu estou com fome. Não tem nada pra comer aqui?
Os Gekomons e Otamamon prepararam um banquete para Mimi.
Uma vez que Mimi e Palmon se fartaram, eles disseram:
– Agora, cante para nós mais uma vez, tama.
Mas, com o estômago cheio, Mimi soltou um grande bocejo e disse:
– Estou com muito sono de tanto comer. Preparem as camas.



A partir daí, começou o egoísmo de Mimi.
O castelo tinha quarto no estilo japonês, mas como ela não gostava, colocaram carpetes nos pisos de tatame e adicionaram candelabros no teto.
Além do mais, ela chamou todos os alfaites do reino para que fizessem um lindo vestido de fios de ouro e prata, cravejado de joias.
– Agora está tudo como você queira, ribbit? Por favor, continue a cantar...
Relutantemente, Mimi começaria a cantar, mas ela sempre apraria na metade da canção.
Quando cobravam dela, ela os ameaçava com um "Então eu não vou cantar mais" e um "Eu posso ir embora agora mesmo se vocês quiserem".
– Qualquer coisa, menos isso, tama!
Os Digimons estavam muito empenhados em não chateála. O egoísmo de Mimi ficou pior.
Ela inventou muitas leis estúpidas, como ordenar que todos a chamassem de Princesa Mimi, e torcessem com um "A-M-O, Princesa Mimi" sempre que ela aparecia na varanda, e esassem flashes de câmera sempre que ela andasse pela passarela.
Aqueles que não obedecessem as ordens dela eram automaticamente jogados na prisão.
Os Digimons servos estavam muito encrendados, de fato. Eles cochichariam  furiosamente entre si.
– O egoísmo da princesa está ficanod fora de controle, ribbit.
– Nós tentamos de tudo, mas nada funciona, tama.
E foi quando aconteceu.
Dois humanos que também estavam acompanhados por Digimons, assim como Mimi, chegaram ao reino.
Aparentemente eles estavam procurando por seus amigos "Crianças Escolhidas", e depois de ouvir a histórias dos Gekomons e Otamamons, as duas crianças humanas olharma uma para a outra.
– É a Mimi.
– Bem, por um lado, eu fico feliz que ela tá bem.
Então eles pediram aos Gekomons e Otamamons para levá-lso a Mimi.



– Ei, não é hora de ficar de bobeira por aí. Tire essas roupas engraçadas agora mesmo – o menino que se chamava Taichi disse. Por seu jeito ativo de falar, ele devia ser um cavaleiro.
Mas Mimi fez beicinho.
– Roupas engraçadas? – ela falou com raiva. – Que rude! E por que eu tenho que me trocar?
O menino chamado Jou (que devia ser um estudioso ou um padre nômade, sem dúvida) disse de força racional: – Vai ser difícil andar vestindo isso.
– Por que eu tenho que andar?
– Temos que procurar os outros.
– Por que eu tenho que procurar os outros?
Ela continuou questionando os dois de volta, como uma criança choramingando.
Incapaz de assistir mais, o acompanhante de Jou, Gomamon, disse:
– Vamos, Palmon. Diga alguma coisa.
Palmon, que usava um vestido tão deslumbrante quanto o de Mimi, pareceu perturbada por um momento. Todavia, como ela internamente desejava voltar para junto dos outros, ela reuniu coragem e disse a Mimi: – Mimi, vamos fazer o que os outros dizem. Você está sendo muito egoísta e eu estive pensando há um tempo que você está causando muitos problemas para os Digimons nesse reino.
Você era de se esperar, essas palavras chatearam bastante Mimi.
Ela gritou quase histérica: – Egoísta, você diz? De que adiante procurar os outros, afinal? Não temos ideia de como vamos voltar pra casa. Eu vou viver do jeito que eu quiser bem aqui. Se você quer ir, Palmon, pode ir sozinha!
– Mimi...
Ouvindo essas duras palavras de sua parceira adorada, Palmon caiu no choro.
– Chorar não vai adiantar – Mimi disse afiada. Ela deu meia volta para se retirar.
Naquele momento, Taichi e Jou, junto com suas companhias Agumon e Gomamon, tentaram pular sobre Mimi. Mas ela desviou habilmente e ordenou que seus servos Gekomons e Otamamons os agarrassem.
Então, Taichi e os outros, bem como Palmon, foram trancados nas masmorras subterrâneas.
Naquela noite, Mimi teve um sonho.
Enquanto ela dormia na cama, alguém se aproximou dela. Quando Mimi sentiu aquela presença e abriu os olhos, ela foi saudada por um rosto familiar.
– Sora...?
Sora era uma menina bela, de um jeito diferente de Mimi. Com um rosto cheio de amor e tingido de tristeza, a garota Sora disse a Mimi: – Você entende o que fez, certo?
Mimi acenou com a cabeça.
A verdade era que a própria Mimi sentia que tinha exagerado.
A primeira vez que ela parou de cantar na metade da música foi porque ela achou que estava em perigo.
Uma vez que ela terminasse de cantar, não havia como dizer o que os Digimons fariam com ela quando ela não tivesse mais uso. Era por isso que ela nunca terminava a canção.
Mas como os Gekomons e Otamamons obedeciam todos os desejos dela, ela começou a ceder a seus caprichos egosístas.
Ouvir Palmon repreendê-la por isso foi um grande choque para Mimi.
E agora ela tinha trancado Palmon e seus amigos no calabouço.
Mas, estranhamente o bastante, quando Sota a repreendeu pela mesmo mesmo motivo, ela não se sentiu irritada.
Esse era o tipo de pessoa que Sora era. Ela era como uma maravilhosa irmã mais velha, que tratava todo mundo com bondade sem favoritismo.
– Eu... Eu sinto muito...
Mimi se desculpou honestamente.
– Então você já sabe o tem que fazer, certo?
– ... Sim...
Ouvindo isso, Sora sorriu gentilmente para Mimi.
– Isso é ótimo. Mimi, você é mesmo uma menina muito boa.
Ouvir alguém dizer que você é uma boa menina é sempre muito embaraçoso. Mas, por alguma razão naquele momento, Mimi acenou com a cabeça em concordância, sem qualquer tentativa de negar ou fingir.
Então, o sono veio a ela de repente.
Podia ser porque ela tomou conhecimento de si mesma sendo uma boa menina. Como se cercada pelo cheiro de pão recém assado ela caísso num sono confortável.

Quando Mimi acordou na manhã seguinte, ela se viu agarrando um Brasão em sua mão.
Os eventos da noite passada eram nebulosos apra ela, como se tivessem sido parte de um sonho.
Mimi libertou Palmon e os outros do calabouço e se preparou para cantar. Para expiar tudo que ela fez com eles, ela decidiu cantar até o final.
Trocando o vestido por suas velhas roupas normais, Mimi subiu sozinha ao palco. Palmon e os outros sentaram nos assentos da plateia, e antes de começar a cantar, Mimi pediu desculpas a todos.
Palmon e os outros a perdoaram e Mimi cantou com todo o coração.
Todos a ouviram fascinados.
Até o topete de Tonosama Gekomon, brotando o chão, começou a se mexer no ritmo da música. E quando Mimi cantou a última nota...
– Ribbit!
Um sapo vermelho gigante e feio apareceu do chão.
Era Tonosama Gekomon.
Como seus ervos tinham servido por gerações pelos últimos trezentos anos, a descrição da aparência e personalidade de seu senhor tinha sido muito embelezada com cada contar da lenda. Comoo Tonosama Gekomon começou a destruir o teto e paredes quando acordou, ele surpreendeu até os Gekomons e Otamamons, que fugiram confusos.
– Eu não sabia que ele um tirano assim, tama!
– Não devíamos ter revivido ele, ribbit!
Agumon digivolveu para Greymon, Gomamon para Ikkakumon e Palmon para Togemon apra pará-lo, mas Tonosama Gekomon era muito poderoso. Tonosama Gekomon viu Mimi de pé no palco com o microfone na mão e percebeu que ela fora a garota que o acordara.
Agarrando Mimi com um braço cheio de teias de aranha, ele perguntou a ela com uma risada abafada: – Você sabe por que minha boca é tão grande?
– P-Pra você poder cantar em alto e bom som, certo? – Mimi perguntou, mas Tonosama Gekomon desandou a rir.
– Gahahahaha! Não. É pra que eu possa te comer! – ele disse, e abriu sua grande boca.
– Nãaaao!
Mimi gritou. Então aconteceu. O Brasão que Mimi estava segurando brilhou em branco.
Então, dá pra acreditar?
O corpo de Togemon foi tomado de um brilho de cor dourada, e como uma grande abóbora virando uma carruagem, ela mudou para uma bela fada das flores com um bulbo rosa na cabeça.
– Togemon super digivolve para Lillimon!
Com suas quatro folhas nas csotas que serviam de asas fofas, ela voou rapidamente pelo ar, desviando do ataque de Tonosama Gekomon.
Então, portando uma flor em ambas as mãos, ela entoou um feitiço mágico.
– Canhão Flor!
Uma luz de arco-íris disparou, aterrisando em Tonosama Gekomon como um alvo.
– Ribbiiiiiiit!
Tonosama Gekomon gritou e caiu.
Nesse instante, o teto do castelo colapsou, caindo em cima de Tonosama Gekomon.
Pego debaixo de todo o entulho, Tonosama Gekomon caiu mais uma vez num longo sono.
E então, Mimi e Palmon partiram par algum lugar para se juntar a Taichi e os outros em sua aventura contínua.



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