
As dunas de areia podiam ser vistas subindo e descendo, se estendendo sem fim à distância. A terra árida absorvia avidamente a luz do sol, emitindo uma névoa de calor. As crianças sentiam o interior de seus sapatos derretendo. O suor que pingava deixava marcas ensopadas na parte de trás de suas roupas, e os grãos de areia no vento voavam nos cantos de seus olhos, fazendo-as lacrimejar.
Vários dias tinham se passado desde que Etemon as atacou na vila dos Koromons. Quando a rocha cloqueando o caminho na caverna desapareceu para forma uma saída, Taichi, os outros e os Koromons correram por ela e ela automaticamente se fechou. Aparentemente só tinha se aberto por um instante antes de desaparecer. Quando Etemon não derrubou a parede da caverna nem as perseguiu apesar de ter o poder de destruir uma vila inteira, Koushiro explicou que a saída provavelmente era uma distorção que conectava com algum lugar distante da vila.
Depois de se separar dos Koromons no oásis (os Koromons aparentemente iam construir uma nova vila ali), Taichi e os outros continuaram rumo ao oeste. De acordo com o mapa que Gennai as enviou, se o grupo seguisse em linha reta para o oeste, eles chegariam a um grande lago chamado Lago Temporário. As crianças não tinham nada a ver com o lago necessariamente, mas considerando que Etemon estava atrás delas, ficar no deserto árido sem lugar para se esconder era um perigo maior.
As vozes de todo mundo atrás de taichi enquanto ele andava à frente flutuava em seus ouvidos.
– Quanto mais nós temos que andar?
– Até alcançarmos algum lugar onde Etemon não possa nos seguir.
– Um lugar assim sequer existe?
Todo mundo está se sentindo desencorajado, Taichi pensou. Eu tenho que animá-los de algum modo.
Se virando para os outros, ele disse: – Vamos, pessoal. Animen-se. Lembrem que nós temos isso!
E orgulhosamente, ele levantou o Brasão que tinha conseguido na Vila dos Koromons para todo mundo ver. Para Taichi, conseguir o brasão era como ganhar um console de viodeogame novo antes de todo mundo. Parecia até que o próprio sol estava derramando raios de luz sobre ele, o parabenizando.
Mas as outras crianças só encararam aquilo sombriamente. Alguns olhos estavammeio cheios com dúvidas de se o Brasão os ajudaria mesmo a derratar Etemon ou não; outros refletiam inveja e ciúmes por Taichi ser o único que tinha conseguido, enquanto outros estavam cheios de desencorajamento sabendo que sem um Brasão próprio elas estavam só atrasando todo mundo...
Mas Taichi não percebeu isso. Tudo em que ele pensava era que todo mundo estava muito cansado. Era um sinal de sua própria presunção e inocência.
COmo se falasse por todos, Yamato deixou escapar:
– Esse Brasão vai mesmo ajudar Agumon a digivovler? E mesmo se ajudar, seria o bastante para vencer Etemon?
O lábio de Taichi torceu em irritação.
– Sim, claro que vai ajudá-lo a digivolver. E sim, vai nos ajudar a vencer Etemon. Certo, Agumon?
Ele sorriu largamente para o parceiro.
– Uh... S-sim...
Essa incerteza pareceu irritar Taichi, porque ele assumiu aquele tom de repreensão que usava no clube quando dava sermão nos novos jogadores.
– Se recomponha, Agumon! Você é o único que pode assumir a liderança.
– ... Ok.
Como se os outros Digimons entendessem suas posições, eles falaram com Agumon com torcidas meio animadas de:
– Estamos contando com você.
– Dê o seu melhor.
Agumon olhou perplexo para eles, mas Taichi achou que todo mundo entendia e parecia satisfeito.
– Mas o que nós temos que fazer para digivolver para o Nível Perfeito, em primeiro lugar? – Jou perguntou, ao que Koushiro respondeu:
– Pelo que eu vi até agora quando eles digivolvem, nossos Digimons aparentam consumir uma grande quantidade de energia para digivolver. Eles não podiam digivolver quando estavam com fome, afinal. E isso também acontece quando os parceiros estão em perigo.
– Entendi – Taichi disse, assentindo com a cabeça calmamente. – Ainda assim, essa coisa de energia... Já que ele vai digivelver para um Perfeito, ele vai precisar de ainda mais energia que antes, certo?
Um sorriso travesso se espalhou por seu rosto.
Na hora, Kpusihiro não tinha ideia do significado por trás do sorriso de Taichi. Mas depois, quando ele descobriu o motivo, ele se arrependeu do que falara.
Jou avistou um coliseu romano no meio do deserto, onde as crianças decidiram dar uma pausa. Taichi tinha confiscado a comida de todo mundo, dizendo que Agumon precisava dela para digivolver para Perfeito. Tinha sido basicamente uma ordem, mas Taichi não parecia pesnar assim e continuou empurrando mais e mais comida na boca protestante de Agumon. O estômago de Agumon já estava inchado como a barriga de uma mulher grávida e era óbvio para todo mundo que ele estava cheio
– Dê o seu melhor para comer. Todo mundo deu a comida toda deles porque eles estão esperando que você digivolva. Certo, pessoal? – Taichi disse em alta voz, esperando os outros concordarem.
Ambos crianças e Digimons acenaram com as cabeças, enquanto sentiam as dores da fome. Por dentro, cada um deles estava ressentido.
Taichi continuou dando tapinhas nas costas de Agumon para ajudar a comida a descer mais rápido.
– Você e eu somos os únicos que podemos proteger todo mundo – Taichi disse. Ele estava ficando cheio de si mesmo.
De repente, o som de um órgão encheu o ar.
Não era o som solene e majestoso do órgão de uma igreja, mas um som frívolo vindo de um órgão eletrônico. Parecia fora de lugar tanto no deserto quanto no coliseu, e Mimi deve ter percebido a imcompatibilidade antes dos outros, porque ela soltou um grito apavorado.
– Nãoooo!
Como que para provar seu pressentimento, o grande telão que era a única coisa ali que não pertencia ao coliseu ligou para refletir o rosto divertido de Etemon.
– Finalmente achei vocês, crianças.
Yamato olhou ao redor freneticamente tentando encontrar a figura de verdade.
– Não se preocupe, queridinho. A verdade é que eu adoraria estar aí eu em pessoa para lidar com vocês diretamente, mas infelizmente eu estou muito longe nesse momento. Estrelas são tão ocupadas, sabem. Mas ainda bem que vocês, anjinhos, vieram aqui, então eu não precisei perder tempo procurando. Esse coliseu é onde eu faço meu concerto, com os assentos sempre lotados, é claro.
Sem ninguém ali além delas, de pé entre os assentos vazios do público, as crianças podiam facilmente imaginar uma multidão de Digimons forçados nos assentos aplaudindo Etemon com rostos endurecidos enquanto armas eram apontadas em suas cabeças de todas as direções.
Etemon continuou. – Deixem-me apresentar a vocês um convidado especial que vai tomar o meu lugar. Quem vocês acham que é?
– Quem se importa? – Yamato gritou com raiva.
– É um Digimon que vocês conehcem muito bem...
A fila de assentos diretamente abaixo do telão se abriu no meio, deslizando para os lados com engrenagens barulhentas. E então, da escuridão que vinha daquela boca larga era, para a surpresa de todo mundo, um Greymon.
Os dois Greymons se degladiaram no campo. Dava facilmente para diferenciar o Greymon inimigo pelos cabos negros que ele arrastava. Os cabos eram conectados com o buraco escuro de onde ele tinha saído na plateia, provavelmente era através deles que alguém o controlava, direta ou remotamente.
Enquanto isso, o Greymon de Taichi parecia um pouco mais devagar que o normal. Cada movimento que ele fazia era lento e seus reflexos eram baixos. Era claro que sua alimentação exagerada de mais cedo era a causa, porque, quando ele tentou usar sua Mega Chama, o que saiu foi um alto e embaraçoso arroto.
– Greymon!
As crianças gritaram animadas de seu esconderijo atrás dos assentos da plateia para encorajar Greymon. Os outros Digimons estavam ocupados engolindo os pedaços restantes de comida para encher seus estômagos vazios e poderem digivolver.
– Você tem que digivolver! – Taichi gritou, levantando seu brasão então Greymon poderia vê-lo. – Se você digivolver para a Forma Perfeita, você será capaz de vencer! Digivolva!
Mas o brasão não mostrava qualquer reação e as outras crianças perto dele podiam ver isso também.
– É impossível, Taichi!
– Você não pode fazê-lo digivolver!
– Não é impossível! Geymon! Eu sei que você consegue! Você tem que acreditar em si mesmo!
– Enquanto falava, Taichi apertou o brasão com força e sacudiu pra cima e pra baixo. Mas o brasão não mostrava mudança.
O Greymon de Taichi foi atingido diretamente no plexo solar pela cauda do inimigo e enquanto ele caía de costas, o inimigo mirou na mesma área com uma Mega Chama.
Graaaaaaaah!
O Greymon de Taichi gritou com tamanha dor que fez os outros taparem os ouvidos. Baixando a cabeça e a parte de cima do corpo, o Greymon inimigo avançou com a intenção de atingi-lo com o chifre em seu nariz.
O ferimento que o Greymon de Taichi tinha recebido da última Mega Chama o impedia de escapar, então tudo que ele podia fazer era levantar o braço direito acima da cabeça para se proteger do golpe. O chifre do inimigo perfurou seu braço através da carne.
Grroooooooaaaah!
Incapaz de aguentar mais, Sora disse: – Digivolva, Piyomon!
– Você também, Gabumon! – Yamato disse.
Tendo recuperado a energia necessária para digivolver, os dois se levantaram e omeçaram a se mover par frente no campo.
Mas...
– Fiquem pra trás! – Taichi levantou um braço, fazendo-os parar. – Não se metam nos assuntos de outra pessoa!
– "Assuntos de outra pessoa"?
Do que esse cara está falando? A expressão chocada de Yamato disse silenciosamente.
– Isso não é "assunto de outra pessoa". Greymon está com problemas!
– É a chance dele digivolver! – Taichi disse. Seu rosto era tão solene quanto o de um leão pai a ponto de jogar o filhote num poço sem fundo.
– Ele naõ vai – Sora disse, apontando um dedo acusadoramente para o brasao que Taichi estava segurando. Os olhos dela brilhavam de ódio. Ela achava que era culpa do brasão que Taichi estaa agindo tão estranho, e ela estava certa.
– Não, ele vai sim! Eu vou fazê-lo digivolver! – Taichi disse, e sua ação seguinte surpreendeu todo mundo.
Ele pulou da arquibancada direto para o campo e correu à toda velocidade até os Greymons.
– Ei! – ele gritou em voz alta para o Digimon inimigo. – Eu não tenho medo de você!
As crianças olharam perplexaspara o que Taichi fazendo, mas Koushiro entendeu de cara o que ele estava tentando fazer. Ele mesmo tinha dito isso, não tinha? – as duas condições para fazer o parceiro digivolver. A rimeira era que uma grande quantidade de energia era neessária. A segunda era quando o parceiro estava em grande perigo.
Koushiro se arrependera de sua declaração impensada logo que eles chegaram ao coliseu e tiveram a comida tirada deles, mas pensar que ela o faria se arrepender de novo...
– Taichi está planejando fazer Greymon digivolver colocando a s mesmo em perigo. Tentomon, por favor, vá salvar o Taichi!
– Entendido – Tentomon concorou. – Tentomon digivolver para Kabuterimon!
E mais...
– Piyomon digivolve para Birdramon!
– Gabumon digivolve para Garurumon!
... e todos os tês Digimons correram atrás de Taichi.
Enquanto assistia do monitor dentro do trailer, Etemon controlava seu próprio Greymon com um controle remoto.
Ao invés de apenas jogar um videogame, parecia que ele estava escolhendo uma canção no karaokê. Seu comandos eram uma sequência de números que ele enviava, ordenando que que Greymon mudasse seu alvo do outro Greymon para Taichi.
Sentindo a terra tremer debaixo de seus pés enquanto o Greymon inimigo vinha até ele, Taichi congelou. Todos os seus instintos estavam gritando para ele correr, mas Taichi teimosamente os ignorou.
Era coragem, sem sombra de dúvidas. Mas diferente da bravura inocente que ele tinha mostrado n vila dos Koromons para salvar seus amigos, ela estava misturada com algo desonesto.
Parte era o sentimento de querer digivolver Greymon para o Nível Perfeito.
Outra era que, mesmo que fosse para digivolver, e mesmo que ele se sentisse mal por submeter Greymon a esse teste rigoroso para o próprio bem dele, Taichi queria a glória que viriam com o ato.
Taichi fechou os olhos com força. Ele estava preparado para a possibilidade que ele pudesse morrer.
Grrrrrrrrrr...
Incapaz de aguentar ver a morte de seu parceiro se aproximar, incapaz de ajudar, incapaz de responder às expectativas de Taichi dele digivolver, os sentimentos de Greymon de miséria e vergonha ferveram ao ponto de seu estômago soltar um grito de tristeza.
Por que eu não posso digivolver? Todas as condições deviam bater agora.
Eu quero digivolver.
Eu quero mesmo digivolver.
Quando Greymon olhou para o céu e desejou com todo o seu ser, aquele sentimentos fizeram o brasão de Taichi brilhar com uma luz perfurante. Isso abriu a caixa probida contendo informações adormecidas de evolução nos genes de Greymon.
Diferente da luz branca normal que as crianças tinham visto, ele brilhou como uma luz neon barata.
Porém, a luz não era suave e fraca, mas afiada e intensa. Tinha uma aparêcnia tão sinistra que qualquer um que olhasse par ela sentia um pavor violento tomar conta de si.
E então, quando aquela luz sumiu, eis que estava lá - Tendo perdido sua forma real, a pele brilhante que dizia dignidade e até os globos oculares que mistravam sua pena pelos fracos, estava um Digimon dinossauro carnívoro de aparência violenta transformado num mero esqueleto.
Era Skull Greymon.
Skull Greymon berrou. Graaaagagagagagogogroooo!
Era o rugido de uma fera que expressava claramente seu desejo de batalha.
Taichi, cujos olhos tinham se fechado, os abriu ao ouvir aquela voz.
Ele estremeceu ao ver aquela forma excessivamente grande em frente a ele. A altura daquela grande cabeça era provavelmente mais alta que o andar mais alto do prédio em Odaiba que Taichi morava. Olhando para Skull Greymon com um espanto branco, Taichi disse: – Essa... é a Forma Perfeita do Greymon?
Com o céu azul nublado aatrás dele, Skull Greymon se moveu arrastando os ossos, o som do arrastar quase agressivo, enquanto ele testava a performance do seu corpo recém adquirido.
O Greymon inimigo, apesar de estar sob controle de Etemon, estava tão apavorado que seu medo superou os cabos negros. Quando o Greymon inimigo deua s costas para Skull Greymon e fugiu, o grande monstro esqueleto mostrou o quão inimaginavelmente rápido ele era apesar do corpo massivo.
Skull Greymon apareceu em cima de sau presa em fuga, inclinando-se o máximo possível para frente que sua posição permitia para esmagar o inimigo com a palma da mão.
Graashaaaaawww!
Os ossos, a carne e os gritos finais de agonia do Greymon inimigo se misturavam na polpa de uma almôndega sangrenta.
Skull Greymon levantou a mão pingando com o sangue da presa até sua cavidades nasais e a cheirou. Talvez algumas terminações nervosas ainda restassem em seu nariz, ou talvez fosse só uma ação reflexiva que permaneceu com ele de tempos quando ele era capaz de sentir o cheiro.
Graaguugugugruu...
Um rosnado de prazer soou por entre os dentes de Skull Greymon. Quando ele lançou o que era sua mão na direção do telão, parecia que ele estava atirando num frisbe, porque ele disparou os misseis orgânicos de suas costas nele, Impacto Final.
Ambos, os restos do Greymon inimigo e o telão, se desistegraram com o clarão. Uma rajada de vento da explosão soprou imediatamente por cima das crianças.Vendo o espaço onde o telãoestava desaparecer sem deixar rastros, elas estremeceram. Elas sentiram um espanto e terror renovados com a quantidade de poder de um Digimon Perfeito tinha, aquilo se equiparava à técnica Espíritos Sombrios de Etemon.
– G-Greymon? – Taichi piscou rapidamente, levantando uma voz de incerteza para Skull Greymon. Ele não sabia se sua voz o alcançaria ou não, mas Skull Greymon olhou para ele com seus olhos vazios.
– Você digivolveu mesmo do Greymon?
Desde que a forma de Greymon desapareceu e Skull Greymon apareceu no lugar dela, essa seria a conclusão lógica normalmente. Mas quando ele olhava para Skull Greymon, Taichi sentia que não podia aceitar essa forma. Ele só não podia. Ele não sentia a mesma coisa que na vila, quando Agumon digivolveu para Greymon.
Groogagagagagoo...
Não era nem uma confirmação nem uma negação.
Isso porque, nesse ponto, Taichi não entrou no campo de visão de Skull Greymon. Com a enorme quantidade de poder que Skull Greymon detinha, uma pequena criança humana como Taichi não poderia satisfazer sua sede de batalha. O garoto era uma existência sem valor para ele.
Levantando a cabeça como uma serpente e girando, Skull Greymon se virou apra ver se havia novos inimigos som que ele podia se entreter.
Foi quando ele viu Garurumon.
Garurumon saltou para salvar Taichi, mas com a chegada inesperada do Skull Greymon ele tinha recuado para ver como a siatuação se desenrolaria, junto com Birdramon e Kabuterimon nos céus.
Skull Greymon parecia ter decidido por ele como se próximo alvo, porque fechou os dentes alegremente e deu um passo mais perto, então outro e outro, em direção a Garurumon.
– Corra, Garurumon!
Assim que Yamato gritou para ele, Garurumon chegou à mesma decisão e virou de costas. Ele podia sentir a sede de sangue vindo dos olhos do outro.
Skull Greymon perseguiu Garurumon, seus passos fazendo a terra tremer.
– Asa Meteroro!
– Eletrochoque!
Birdramon e Kabuterimon atacaram para parar seus movimentos. Normalmente eles teriam hesitado em atacar um de seus amigos, mas seus instintos disseram a eles que isso inútil. Claro, eles não acreditavam que ataques de Adultos como eles funcionariam contra o adversário.
Infelizmente, eles assumiram precisamente e o corpo de Skull Greymon nem mesmo hesitou quando os ataques o atingiram. Ao invés disso, ele balançou preguiçosamente contra Birdramon e Kabuterimon com as costas da mão, então eles foram jogados contra a parede e o chão, regredindo para as Formas Crianças.
Todavia, isso não tinha sido um desperdício completo de esforço. Tinha dado a Garurumon a chance de escapar.
Skull Greymon soltou um rosnado infeliz e olhou ao redor, procurando sua presa perdida.
Garurumon estava subindo velozmente os degraus mais ao sul na arquibancada. Ele pretendia saltar sobre a parede do coliseu e escapar para fora.
Mas antes que ele pudesse, Skull Greymon o avistou.
Skull Greymon parou a parte superior de seu corpo, preparou seus mísseis e lançou o Impacto Final.
Boom! A parte sul inteira do coliseu se desintegrou instantaneamente.
– Ga-Garurumon!
O rosto de Yamato estava pálido como um fantasma. Então Takeru puxou a mão do irmão.
– P... Por aqui! – ele disse com uma voz tensa, apontando apra os assentos na seção oeste cerca de 100 metros de onde Garurumon esteve.
Os escombros que resultaram da explosão caíam em volta dele fazendo barulho quando Gabumon se levantou, seu corpo ferido tremendo enquanto ele tentavase sentar. Seus ferimentos eram preocupantes, mas era um milagre que ele tivesse conseguido escapar por pouco de morrer na explosão.
Giigogogagagagagagaaa!
Escapando pelo espaço na parede que ele tinha destruído, Skull Greymon saltou para fora do coliseu. As crianças e o resto dos Digimons ainda estavam do lado de dentro do coliseu, mas pela tremedeira patética deles, Skull Greymon podia ver que eles não eram inimigos e pordeu o interesse neles.
Gagagagogriiigagaga!
Soava como um grito de vitória satisfeito. Ao invés do triunfo de ter trazido a morte de um inimigo, era mais como o prazer de poder trazer à tona toda sua selvageria.
Skull Greymon correu para o deserto numa velocidade imensa, levantando uma nuvem de poeira atrás de si. Tudo que Taichi e os outros podeiam fazer era assistir o descontrole de Skull Greymon à distância...