terça-feira, 25 de março de 2025

Digimon Adventure - Capítulo 3.3: Acesso



– Sinto muito, Taichi – Koromon se desculpou sinceramente, seus olhos desanimados.

Koromon não percebeu, mas mesmo por suas palavras bondosas não colocassem a culpa em seu parceiro, elas faziam Taichi se sentir mais como se ele carregasse uma cruz em suas costas. Mesmo que ele tivesse sido capaz de fazer Greymon digivolver para o Nível Perfeito, nem Taichi nem Skull Greymon podiam controlar suas ações.
No fim, a violência selvagem de Skull Greymon o fez consumir tanta energia que ele regrediu direto para Koromon. Era possível que ele tivesse se esgotado tanto que não tinha energia o bastante para permanecer na forma de Agumon.
Até onde ele se lembrava enquanto era Skull Greymon, como Koromon explicou desajeitadamente, era como se uma barragem dentro dele tivesse se rompido e ele tivesse sido tomado por suas ações destrutivas, incapaz de fazer qualquer coisa além de pensar, como fora com Taichi.
– Foi tudo minha culpa. Eu sinto muito – Taichi se desculpou, primeiro para Koromon, e então para todo mundo. – Eu sinto muito mesmo.
Todo mundo o perdoou, sem rebuliço. Parte disso era porque eles não queriam que Taichi se sentisse mal com tudo mais do que ele já se sentia, mas também porque eles se sentiam responsáveis por não bater o pé e parar as ações extremas de Taichi.
Se tivessem que culpá-lo, se o tivessem evitado e o feito pedir perdão a eles de joelhos, ele poderia ter sido capaz de despejar seus sentimentos de arrependimento junto com suas lágrimas. Mas como ele era incapaz de fazer isso agora, esses sentimentos se empilhavam uns nos outros como um veneno dentro de seu corpo e o comiam lentamente de dentro do coração de Taichi.

Desde então, Taichi falava pouco. Ele mal tinha tentado falar qualquer coisa com os outros, e quando os outros tentavam falar com ele, ele responderia com apenad um "É" ou "Ok"

E como uma doença, essa reserva deprimente de Taichi se espalhou para as outras crianças, até que todas sentiam como se seus corações estivessem cheias de nuvens escuras e derramassem sem parar uma chuva pesada onde o versão nunca chegaria.



– Ei, Koushiro.

Uma noite, três dias depois que as crianças tinham deixado o coliseu e montado acampamento moinho de água que parecia completamente inútil no meio do deserto, Sora chamou Koushiro e trouxe à tona algo em que ela esteve pensando.
– Você seria capaz de entrar em contato com o Gennai? Tem muita coisa que eu queria falar com ele... Não só sobre evolução, mas sobre o que nós deveríamos fazer de agora em dainte.
– Entrar em contato... não é impossível, eu acho.
Isso a surpreendeu. Sora tinha certeza que ele diria a ela que não dava pra fazer isso. – Se não í impossível, quer dizer que você pode fazer isso?
– Possivelmente.
– Como?
– Se eu usar os cabos pretos, pode haver um jeito...
– Cabos pretos?
Foi isso o que Koushiro disse.

Todo mundo, incluindo Sora, tinha visto os cabos pretos conectados ao Greymon inimigo no coliseu, mas depois do descontrole de Skull Greymon, Koushiro revelou que ele tinha ido até onde o Greymon inimigo tinha aparecido para investigar como tudo fora preparado. Lá, Koushiro descobriu que à frente dos cabos arrancados tinha outro cabo preto ligado a uma entrada modular enterrada debaixo do piso de pedra. Além disso, só alguns momentos antes, ele tinha descoberto um cabo preto baixo correndo por um poço seco próximo.
– Esses cabos pretos provavelmente estão correndo por todo o Continente Servidor como uma malha, criando a Rede. A entrada modular era do mesmo padrão que a do meu laptop, então pode não ser impossível para mim usar meu computador apra invadir a Rede.

Os olhos dela se arregalaram. – Por que você não falou pra ninguém antes sobre algo tão importante assim?
– Eu não podia, não depois do que aocnteceu com o Taichi. Mesmo se eu conseguisse, acredito que isso só iria causa ainda mais problemas.
– Problemas? O que quer dizer?
– É a mesma rede que Etemon usa. Se nós invadirmos sem que ninguém nos notasse, não haveria problemas, mas se nós formors avistados, estaremos condenados.
Sora não entendia muito de computadores ou de internet, mas ela tinha visto notícias na TV sobre um hacker que foi pego pelo FBI depois que tentou invadir um computador de uma agência governamental para reescrever os dados. Era isso que Koushiro queria dizer?
– Há algum jeito de impoedí-lo de nos notar?

– Desde que eu não sei como o sistema está arrumado, eu não posso dizer com certeza – Koushiro disse a princípio como um jeito de disfarçar. – Mas os subordinados de Etemon também devem estar usando terminais de computadores para a rede. Conectando a ela, eles podem não ser cpazes de dizer se somos nós ou eles... embora, se pedir uma senha, então acabou para nós. Há uma chance de que não haja ninguém nesse mundo que invadiria a rede, então não seria necessário um sistema de segurança.
Depois disso, Koushiro falou entusiasticamente sobre registros de acesso e proxies, mas Sora não conseguia entender nada disso. O que ela pensou que Koushiro queria dizer, no fim, era que podia ser possível hackear a rede de Etemon sem que ele os notasse, mas Koushiro não podia assumir a responsabilidade se isso falhasse.
O jeito democrático de fazer isso seria eles terem uma conferência com todos os membros presentes e chegarem a uma decisão unânime... mas ela já podia imaginar o resultado. Jou, Yamato e Mimi definitivamente diriam não. Takeri talvez seguisse o que seu irmão dissesse. Taichi parecia o único capaz de concordar com ela, mas em seu estado atual não havia como ele se sentir motivado e, sem dúvida, ele se absteria de votar.

Mas Koushiro (ou, ao menos, era como parecia para Sora) parecia confiante. Sendo assim...
– Tente, Koushiro. Eu assumo a responsabilidade pelo que acontecer.
Ela sabia que não tinha o direito de decidir isso, mas eles tinham que sair dessa situação sufocante e apertada de algum jeito.
Mais cedo ou mais tarde, Etemon os encontraria e atacaria de qualquer jeito, então mesmo se acabasse dando errado, ele só estariama celerando esse momento. Se fosse a hora deles morrerem, então eles morreriam, ela pensou firmemente. Se ela levasse a culpa, então que fosse assim.

–... Muito bem. Eu vou tentar – Koushiro consentiu. – Mas eu não acho que nós deveríamos manter as esperanças altas. Não estou acostumado a encontrá-lo.
Ele sorriu para Sora numa tentativa de brincar, para deixá-la à vontade.



Se dobrando dentro do pequeno fundo do poço vazio, Koushiro digitou continuamente no teclado de seu computador. De cima do poço, Sora olhou para ele com uma carranca preocupada enquanto ele trabalhava.
A conexão dele com a Rede foi simples e suave. Não precisou de uma senha.
Dando um olhada geral no sistema, Koushiro ficou cada vez mais surpreso como ele via que a rede que Etemon construiu era bem mantida. Não era só conectada por todo o Continente Servidor, mas a lugares de fora aos quais o continente fazia fonteira também (havia outros continentes por aí além do Continente Servidor). Talvez a rede já existisse em primeiro lugar e Etemen só estava usando por conveniência.
Também tinha um sistema de segurança completo, mas por agluma razão, não estava funcionando agora.

Só por precaução, Kooushiro reescreveu os registros de acesso e deletou todos os traços de sua presença lá, quando ele recebeu um e-mail de um Digimon que sabia o paradeiro de Gennai.
O endereço dizia: andromon@cidade-fabrica.ilha-arquivo.
Era do Andromon que eles tinham conhecido na Cidade Fábrica na Ilha Arquivo.
Andromon era o supervisor da Cidade Fábrica, uma fábrica cíclica sem sim que fazia produtos e então os desmontava. Depois que eles tiraram a engrenagem negra dele, ele os informou do sistema de esgoto que levaria o grupo à Cidade dos Brinquedos. Ele também deu seu endereço de e-mail a Koushiro para o caso de algo acontecer.

É claro, desde que o próprio Koushiro não tinha um endereço de e-mail nesse mundo, ele teve que fazer um. Ele logou num servidor aleatório no sistema e criou uma caixa de entrada para si ilegalmente.
A resposta de Andromon veio como uma caixa de bate-papo.
– Eu informei a Gennai sobre isso. A razão porque ele não contatou vocês até agora foi porque Etemon o estava bloquenado, mas graças a vocês a rede foi desmantelada e ele pode contatar vocês diretamente – seu e-mail dizia.

Quando Koushiro saiu do poço, Takeru veio até ele e Sora. Gennai tinha chegado via imagem holográfica apra entregar uma mensagem.
– Isso foi rápido – Sora disse surpresa, mas Koushiro estava mais preocupado com outra coisa.
Andromon tinha dito em seu e-mail que "a rede tinha sido desmantelada". Tudo que Koushiro tinha feito foi invadir a rede, sem fazer anda que ele achasse que poderia desligá-la. Ou foi porque ele tinha arrumado essa nova caixa de entrada que causou algum tipo de curto no sistema?
Um grande cacto se erguia atrás do moinho de água e foi lá que as crianças e seus Digimons se reuniram.
Pela hora que Koushiro e os outros chegaram, eles puderam ouvir Taichi no meio de uma discussão com Gennai. Koushiro só consegui ouvir as últimas partes de suas palavras, que eram:
– Por quê?
O Gennai holográfico mantinha as mão juntas atrás de suas costas e respondeu suavemente.
– Então você digivolveu. Hmm. A coisa é, há muitos caminhos possíveis de evolução. Nenhum deles é um caminho certo ou errado, mas a razão pela qual você não alcançou a evolução que você queria é porque você ainda é inexperiante.
– Inexperiente...
– Isso mesmo. Seu Digimon digivolveu como reflexo do seu crescimento pessoal.
– Então o que eu tenho que fazer para crescer?
– Eu vou enviar um treinador. O nome dele é...
Uma estática repentina se infiltrou no holograma.
– ... mon... cutem o que ele di...
O holograma se desligou abruptamente.
– Ah – Koushiro disse. Ele queria fazer um milhão de perguntas tipo, como o Digimundo surgiu, ou como o mecanismo de evolução funcionava, e também qual era a razão pela qual a rede tinha ficado estranha, mas ele não teve a chance.
– Ele disse que ia enviar um treinador, certo? – Mini perguntou a Palmon, procurando confirmação.
– Sim, ele disse.
– Então talvez isso signifique que teremos um guarda-costas.
– Se tivermos sorte – Jou sussurrou.
Nenhum deles parecia não esperançoso. Parecia que eles tinham dúvidas quanto a confiar em Gennai.



MANUTENÇÃO COMPLETA
Certo de que Etemon estaria irritado agora, ainda incapaz de se conectar com sua rede, Nanomon enviou um e-mail confirmando que ela estava online de novo, logo depois que ele tirou a suspensão do sistema de segurança.
Nanomon tinha notado o acesso ilegal de Koushiro. Porém, ao invés de desligá-lo, ele interrompeu o sistema de segurança e cortou o acesso de Etemon à rede. è claro, ele não tinha intenção de informar o que aconteceu a Etemon. Não era como se ele tivesse obrigação.
Ele decidiu deixar pra lá a caixa de entrada que Koushiro tinha feito ilegalmente na rede. As últimas palavras de Gennai o interessaram e era possível que ele pudesse usar essa informação de algum jeito.



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