terça-feira, 31 de outubro de 2023

Digimon Seekers 3.5 - Unidade 11: Desaparecidos em Combate Digital Parte 5



No devido tempo, Tomonori Ryusenji foi promovido a professor em tempo integral e, nessa época, foi abordado por uma grande empresa de tecnologia que queria investir uma quantia significativa e escalar operações além de seus sonhos mais loucos.Foi o suficiente para tirar a Ryusenji Eletrônica da órbita de startups e transformá-la em um negócio de verdade.

O número de funcionários aumentou e a pequena fábrica que eles alugavam rapidamente ficou pequena demais.
Eles precisavam pensar em se mudar.
Tudo parecia acontecer em um ritmo alucinante para a equipe principal, que ainda eram estudantes de graduação, mas conhecer o Professor Ryusenji — e os monstrinhos do Mundo Digital — lhes deu uma enorme vantagem em suas carreiras.

"Isso foi rápido", disse Yulin com cautela.


"O mundo digital realmente muda vidas!", Saya disse com uma risada de alegria enquanto olhava para o anel que agora estava confortavelmente em seu dedo.
Talvez não fosse todo o mundo, mas sim o mundo DELA que estava mudando.
"Acho que devo dizer parabéns?"
"Isso seria apropriado, sim!"
Saya não conseguia parar de olhar para o anel. Ela estava noiva!
"Bem, parabéns, então. Honestamente, nunca pensei que Kosuke poderia realmente se dar ao trabalho de perguntar o tamanho do seu anel e realmente entregá-lo a você".
"Eu sei, né?", Saya disse indiferentemente, exibindo-o mais uma vez.
Talvez o Mundo Digital pudesse mesmo mudar vidas e as pessoas que as vivem.

"De qualquer forma, temos muitas pessoas novas por aí. Isso significa muito mais egos para lidar; Todo mundo tem estado de olho em algo".
A onda de contratações alimentada por investimentos levou a um bando de funcionários em tempo parcial perambulando pelo local.
"Oh sim. Como são os novos executivos, Yulin?"
A empreasa tinha começado a contratar funcionário em meio período, vindo das empresas maiores que investiram neles antes.
"São principalmente auditores e pessoal de compliance. Ainda faltam anos, mas parece que o Professor tem planos de tornar tudo isso público".
Isso exigiria o abandono da imagem dos Laboratórios Ryusenji, associada à universidade, e da identidade de fábrica de cidade pequena da Ryusenji Eletrônica, para forjar algo mais profissional em seu lugar.
"Sim, bem, posso não saber muito sobre como administrar uma empresa, mas sei que nossos investidores não receberão seu dinheiro de volta a menos que abramos o capital! Temos sfrido muitos prejuízos desde que fundamos toda esta operação", disse Saya.
Na verdade, as receitas tinham sido quase nulas e os seus lucros muito abaixo disso.
"Esse é um negócio apoiado por capital de risco afinal", disse Yulin, brincando.
"Claro que é," Saya concordou.
"É por isso que todos ficam fora do caminho do professor enquanto ele está ocupado pesquisando. Ele é a galinha dos ovos de ouro deles".

"Saya!", Kosuke gritou, saindo da fábrica a trote.
"Olá, bonitão", Yulin disse com um sorriso malicioso.
"Ah, já indo pra brincadeira, tudo bem então!", Kosuke disse, não parecendo tão ofendido quanto parecia. Ele estava apaixonado demais para se importar, de qualquer maneira.
"Como você ousa roubar minha adorável Saya de mim?", Yulin disse, implacável.
De repente, ele estava se barbeando todos os dias e vestindo jaquetas bonitas. Ela deveria simplesmente deixar isso passar despercebido?
"Ei, ei. Não fale como se eu fosse algum tipo de criminoso! De qualquer forma, olhe isso", disse Kosuke com orgulho, pegando um fone de ouvido VR semelhante a um capacete e deslizando-o na cabeça de Saya.
"Não! O que é esta coisa?"
"O que diabos você está fazendo?!" Yulin balbuciou, aumentando o coro de confusão.
"Acho que finalmente conseguimos! Olha, Saya! O que você está vendo é..."
"Sim, eu vejo coisas, mas não consigo dizer o que é! Que diabos está acontecendo?!" Saya gritou em total confusão.

Imagens monocromáticas dançavam diante de seus olhos.
Parecia uma recriação virtual do que um inseto veria através dos seus olhos compostos.
Mas Saya tinha a sensação de que não se tratava de uma recreação virtual. Que na verdade estava sendo filmado do ponto de vista de alguma criatura.

"Essa é a primeira filmagem feita a partir da perspectiva de um Digimon! Você está vendo o mundo através dos olhos de um Digimon agora mesmo!”




O professor Ryusenji não descansaria assim.

Ele seguiu em frente com sua pesquisa em busca de resultados ainda mais impressionantes, pronto para levar todo para o próximo estágio.
Ele queria explorar o mundo digital pessoalmente. Havia muito mais para aprender sobre um mundo que surgiu na Rede que uma tela cheia de valores numéricos não poderia contar.

Certamente havia uma maneira de envolver os cinco sentidos humanos e permitir que as pessoas experimentassem isso por si mesmas. Certo?

Ele queria ver, ouvir, cheirar, provar e tocar o Mundo Digital, e então passou a pesquisar algo que chamou de DigiNúcleo, a parte que formava o centro da estrutura dos Digimons.
Ele acreditava que ao transferir a consciência humana para essa parte seria possível experimentar, corporalmente, o Mundo Digital de forma autência através dos olhos do Digimon. A pesquisa foi conduzida com base na hipótese de que essa seria a resposta.

As bases de engenharia e tecnológicas já existiam.
Os neurologistas estavam estudando como converter a consciência e as memórias humanas em dados, visando especificamente o desenvolvimento de IA pessoal treinada com base nesses dados.
Havia dispositivos eletrônicos que usavam sensores para modular diretamente os neurônios, ajudando aqueles que perderam a visão ou a audição a reconstruir essas terminações nervosas e funções motoras.
Eles poderiam ser integrados em andróides humanóides em desenvolvimento no setor de robótica.
Todas essas disciplinas estavam em sua essência investigando maneiras de construir um ser humano a partir do zero, quando tomadas em conjunto. Mas ainda levaria 10 ou 20 anos para que qualquer uma delas avançasse além da fase de investigação, por causa de vários obstáculos éticos e do governo regulamentando esse espaço com tanta rigidez.

O Mundo Digital, no entanto, não enfrentou tais obstáculos éticos.
Afinal, era tudo apenas uma simulação digital. Um mundo de bits e bytes.
Portanto, pensava-se que deveria ser possível usar os Digimons como uma espécie de câmera VR.
Mas não qualquer câmera – uma que conecte os cinco sentidos do Digimon com os de um humano.
Se os Digimon fossem verdadeiramente criaturas de IA, então seus dados sensoriais deveriam ser fáceis de capturar e interpretar.
Tudo o que faltava era levar a consciência humana ao Mundo Digital e ligá-la a esse canal sensorial.

Em outras palavras, incorpora a consciência humana ao DigiNúcleo.

"Isso deve me manter ocupado pelo resto da vida", disse o professor Ryusenji rindo.
A pesquisa seria tudo menos chata, isso era certo.

A Ryusenji Eletrônica começou a explorar os fundamentos da tecnologia de Link Mental, como eles chamavam, em segredo. Eles tinham que minimizar o risco e ter respostas para as questões éticas que a tecnologia apresentava se quisessem dissipar a noção de que era impossível, ou de algum tipo de prática oculta.




Saya Ryusenji foi uma das primeiras pessoas a vincular com sucesso sua consciência a um Digimon.

"Teste de Link Mental concluído", disse Yulin pelo sistema de PA.
Ela alteraria o relatório com o número exato do teste mais tarde.
Saya colocou o que parecia para todo o mundo uma cadeira de dentista reaproveitada na Câmara de Testes #4 do laboratório da Ryusenji Eletrônica.
A natureza esparsa e suja do antigo prédio da fábrica conferia aos procedimentos uma sensação de beco sem saída, como um experimento cyberpunk decadente sendo realizado por um médico obscuro.
"Verificação vital", disse Yulin categoricamente.
"Batimentos cardíacos, pressão arterial, temperatura corporal, tudo normal", respondeu Kosuke, examinando a lista no monitor à sua frente.

Saya usava um capacete que monitorava suas ondas cerebrais, e outros sensores destinados a medir seus sinais vitais estavam espalhados por todo o seu corpo.
Toda a informação que seu cérebro processava veio filtrada através do Digimon ao qual ela estava ligada. Todos esses dados, incluindo seus sinais vitais, foram processados ​​em tempo real por um supercomputador que precisava ficar no laboratório para poder funcionar a todo vapor.

"Níveis de DS caindo. Sujeito recuperando a consciência. Cortando o Link Mental", Kosuke disse calmamente.
Yulin aproximou-se calmamente da cadeira com um balde e um lençol nas mãos.
Saya convulsionou quando acordou com um gemido.
Ela cuidadosamente ergueu as mãos enquanto suas pernas chutavam a cadeira repetidamente, como se seu corpo estivesse se recalibrando e estimulando seus músculos.
Ela se sentou e tirou o capacete do sensor da cabeça.
"Aqui", disse Yulin, estendendo o balde.
"Urp... eu... eu acho... estou me acostumando com isso", Saya resmungou com algum esforço. Ela abriu um sorriso.
A primeira vez que ela fez o Link Mental com sucesso, ela acordou coberta de seu próprio vômito e outros excrementos na frente de seu pai, do noivo da melhor amiga, então isso foi definitivamente uma melhoria.

O professor Ryusenji bateu palmas suavemente.
"É necessário descanso suficiente entre as sessões de Link Mental. Existe um risco significativo de efeitos colaterais, que podem ser superados com o tempo. O simples fato de saber que isso é possível torna esse experimento um grande sucesso".
Os membros fundadores – Professor Ryusenji, Yulin, Kosuke e Saya – erm os únicos na Câmara de Testes #4, que exigia um passe de segurança exclusivo para entrar.
O projeto de Link Mental era ultrassecreto e só eles sabiam disso.
"Bom trabalho, Agu", disse Saya, pegando o Digimon Dock conectado ao capacete que ela agora segurava debaixo do braço.

A tela do dock mostrava uma representação pixelada de um Digimon em sua pequena tela, sob a qual estava escrito 'Agumon'.
As criaturas eram em cada centímetro os pequenos monstros que o professor havia descrito; este em particular foi modelado a partir de um dinossauro carnívoro bípede.
Pesquisas regulares na Rede revelaram maiores números e espécies de Digimon em todo o mundo e, mais cedo ou mais tarde, seria necessário construir uma taxonomia para poder acompanhar todos eles.

Enquanto isso, o professor Ryusenji escolheu três Digimons diferentes que ele havia chocado de seu Digitama e deu um para cada aluno criar.
Eles trocavam dicas constantemente enquanto aprendiam como cuidar melhor de seus novos pupilos.
A maior mudança veio de Kosuke, que começou a viver de acordo com uma programação mais regular do que nunca, devido à necessidade do Digimon de cuidados e alimentação regulares. Afinal, os Digimon eram criaturas frágeis.




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