06 outubro 2025

Digimon Adventure - Capítulo 4.5: A Cidade de Pessoas



– Você tem razão – Yamato disse, olhando para o Digivice.

Diferente da tela em branco de sempre, ele estava mostrando pontos brilhantes de luz. Quatro estavam agrupados, enquanto três outros estavam bem distantes.
– É como um tipo de mapa – Taichi disse. – Do que eu entendi, esses pontos piscando aqui mostram a localização dos Digivices de todos os outros.
Em outras palavras, os quatro pontos agrupados eram os Digivices de Taichi, Yamato, Jou e Takeru, enquanto os outros três era os de Sora, Koushiro e Mimi.
Concordando com ele, Yamato olhou para sua tela. Para ele, os três pontos piscando fracamente pareciam chamar por ajuda.

Um único botão no Digivice permitia a ele trocar de tela entre aquela e a normal, mas sua função parecia funcionar apenas para aqueles que tinham ganhado o poder do Brasão e feito seus parceiros Digimons digivolveram para o nível Perfeito. Enquanto essa pela aparecia nos Digivices de Taichi e Yamato, os de Jou e Takeru ainda não tinham essa capacidade.
De qualquer forma, eles tiveram uma discussão em grupo sobre usar essa função recém0descoberta para encontrar o resto deles.

Mas se todos fossem procurar juntos, não seria muito efeciente.
– Então eu vou com o Jou – Yamato disse.
Taichi imediatamente perguntou: – Takeru? Quer vir comigo?
Takeru se contorceu antes de responder: – Não. Eu quero ir com meu irmão.
Conforme Taichi tinha correamente adivinhado, Takeru queria pedir desculpas a yamato diretamente por sequer duvidar ligeiramente dele e acreditar nas mentiras de Pico Devimon no parque de diversões.
Yamato parecia inquieto, mas como Jou disse gentilmente ao lado dele "Vamos nessa", ele acenou envergonhado e agradeceu.
Como já era tarde da noite, eles decidiram acampar a uma distância restaurante (como o corpo real de Digitamamon podia voltar a qualquer hora, ninguém queria ficar lá dentro) e partir bem cedo na manhã seguinte.

– Então, o que aconteceu com vocês dois depois daquilo tudo? – Jou perguntou mais uma vez.
– Eu posso explicar! – Koromon exclamou, saltitando pra cima e pra baixo, como equivalente a levantar a mão pra falar.
– Você? – Taichi perguntou levantando uma sobracelha, mas Koromon respondeu seriamente. – Bem, foi a primeira vez na minha vida que eu fui praquele mundo.
– Aquele lundo? – Gomamon perguntou de olhos arregalados.
– O mundo do Taichi. O mundo dos humanos!



A história de Koromon começou depois que os dois foram arrastados para o buraco negro.

– Eu não sei explicar muito bem – ele começou, meio que como uma introdução, e certamente era o caso. – Teve esse som de doooooom doooom doooom tipo o som de um arroto metálico, e esse som distorcido waaaaaang waaaaaang waaaaaang por cima. Esses sons ecoavam um contra o outro e nós vimos aquilo.
Eles "viram" o som – Yamato e os outros acharam a princípio que Koromon tinha descrito assim por engano.
Mas Taichi concordou que não tinha outro jeito de explicar.
E isso não era tudo. Taichi e Koromon disseram que eles "ouviram" um cheiro queimado de óleo que picava seus narizes e "sentiram o cheiro" do preto da gracha que pintava tudo de preto ainda mais.
Aparentemente os métodos de percepção ficavam muito mais complicados dentro do buraco negro.
De qualquer forma, os dois caíram e caíram mais lá dentro.

– Não podíamos ver nada abaixo de nós, então era assustador não saber o quão longe nós tínhamos caído. Mas como o Taichi estava bem do meu lado, não era tão ruim – Koromon falou feliz de seu assento no colo de Taichi.
E então, de repente, eles saíram em um lugar brilhante. Foi nesse momento que Koromon, apesar de ter se tornado Metal Greymon antes de ser engolido pelo buraco negro, descobriu que tinha retornado à Koromon em algum momento.
Eles estavam em um jardim florescente com flores radiantes, enquanto tudo ao redor deles era cercado de múltiplos prédios altos e uma rodainacreditavelmente grande à esquerda deles.
– Era a tal Odaiba onde Taichi mora. Taichi disse que era um ótimo lugar, mas eu não achei isso. Parecia que o lugar inteiro tinha sido construído, como se não fosse natural. Desculpa, Taichi.
Com isso, Yamato e Jou sorriram com trsiteza. Koromon continuou.
– Tinha muitos e muitos humanos em volta, ainda amiores que o Taichi! Eles são 'ah-dutos'. Taichi idsse que é como quando eu digivolve pra Greymon.
Depois disso, Taichi e Koromon foram para a casa de Taichi. Nesse ponto, Koromon disse, Taichi o avisou para não falar, não importasse quem eles encontrassem.
– Ele disse que se eu falasse, teríamos muitos problemas.
A residência de Taichi ficava em um dos grandes prédios quadrados, amontados um ao lado do outro.
– Eu disse "Taichi, você tem uma casa bem grande" e o Taichi disse "Não tenho. O lugar onde eu moro tem muitas casas num prédio só e eu moro em apenas uma delas". Como que era mesmo o nome? Ah é, ele disse que se chamavam condomilhos.
– Se diz condomínios, não condomilhos – Takeru comentou.
Ao longo do caminho, Taichi e Koromon passaram por algumas pessoas que Taichi disse que eram seus vizinhos. Taichi estava nervoso, rezando para que ninguém notasse Koromon, mas no fim, ninguém os notou.
– Eu não digo como se eles persocebecem que eu era um Digimon. Eu quero dizer que ninguém percebia que nós existíamos. A princípio, Taichi ficou furioso com eles e disse "O que deu neles? Eu cumprimentei e eles só me ignoraram na cara dura". Mas não era isso. Parecia que ninguém podia nos ver lá. Esses vizinhos não nos viam.
O momento em que Taichi percebeu isso, ele parecia ter perdido a calma um pouco. O que sobrava para refutar a ideia de que, quando ele foi sugado pelo buraco negro, ele não tinha morrido e se tornado um fantasma que voltara para assombrar seu próprio mundo?
De qualquer forma, os dois chegaram à casa de Taichi.
– A irmãzinha do Taichi estava lá. Ela se chama Hikari. Os pais deles tinham saído, então Hikari estava dormindo no beliche de baixo. Então Taichi chamou Hikari e então...

Hikari abriu os olhos e olhou para Taichi, surpresa estampada em sua cara.
Parecia que ela tinha visto um fantasma.
O coração de Taichi bateu mais forte ao ver a expressão dela, mas pareceu se aliviar ao ouvir as palavras seguintes de Hikari.
– Maninho... Você não devia estar no acampamento?
Depois disso, ele checou a data no jornal e na TV, mas aquele dia era o mesmo que Taichi tinha saído para o acampamento. Em primeiro de agosto de 1999.
– Taichi ficou surpreso também. Ele falou sobre como nós passamos tanto tempo viajando pela Ilha Arquivo e o COntinente Servidor, mas no mundo dele só tinham se passado algumas horas.
Havia algo ainda mais surpreendente.
Não só HIkari via Taichi e Koromon enquanot outras pessoas não conseguiam, mas ela também olhou para Koromon sem o menor traço de surpresa. Ao invés disso, ela o saudou calmamente com um "Oi, Koromon"...
... mesmo que eles tivessem acabado de se conhecer e nunca sequer tivessem dito o nome dele ainda.
Não só isso, mas ela perguntou a Koromon se ele se lembrava dela.
– Eu não sabia o que fazer. Ela disse que nós tínhamos nos conhecido três anos atrás¹, mas eu não me lembro de nada disso. Então quando eu disse que não sabia, Hikari parecia tão triste e tudo que ela disse foi "Oh...". Acho que era melhor pra mim ter dito que eu me lembrava dela, mesmo que fosse mentira.
Mas Taichi parecia incomodado sobre o que ela tinha dito e perguntou a Hikari o que tinha acontecido três anos atrás. Ele também estava interessado porque Hikari tinha sussurrado a palavra Digimon enquanto assistia TV, antes dele ir ao acampamento.
Hikari perguntou a Taichi se ele se lembrava também.
Mas quanto Taichi respondeu que não, ela disse "Então você não entenderia se eu te dissesse", e fechou a boca depois disso.
Foi então que Taichi oulhou para a janela e congelou.
– Tacihi me disse pra olhar, então eu olhei, e tinha toneladas de Numemons esgorregando pela parede do condomilho em frente ao nosso. Não dava pra ver um mísero pedaço da parede no meio deles, de tão amontoados que eles estavam. Então HIkari disse "Então você consegue ver esses Digimons moluscos também, maninho?" Acho que foi minha imaginação, mas ela parecia bem aliviada com isso.
Ela revelou que, em algum ponto de sua vida, Hikari passou a ser capaz de ver os Digimons, nem sempre, mas na maior parte das vezes. Todavia, como ninguém acreditava nela, ela parou de falar sobre eles com os outros muito tempo atrás.
– Taichi disse "Deve ter sido tão difícil pra você..." e Hikari acenou com a cabeça antes de pular pros braços do Taichi chorando de repente. Eu não sabia o que fazer e eu queria fazer algo pra ajudar, mas Taichi olhou pra mim e balançou a cabeça. Eu sabia que ele estava dizendo pra deixar com ele, então não fiz nada. Então só ficamos assim por alguns minutos... até que aconteceu conosco.
Estática começou a aparecer nos corpos de ambos Taichi e Koromon.
Muito tempo depois Taichi precebeu que, só talvez, devesse estar assim há algum tempo. Isso porque, até o momento em que eles encontraram Hikari, que não apenas podia vê-los, mas também tocá-los, eles estavam  inivíseis para o resto do mundo.
Naquele momento, ele não tinha achado nada demais, mas quanto mais ele pensava nisso depois, ele percebia que algo ali era de fato estranho.
– Talvez apenas pessoas que queiram conseguem ver e tocar –Koromon disse, mas ninguém sabia se ele estava certo ou não.
De qualquer forma, os corpos de ambos Taichi e Koromon começaram a desaparecer gradualmente. Taichi entrou em pânico, mas Koromon não disse isso.
– Eu sabia que nós estávamos voltando pro Digimundo. Eu não sei como, mas eu só sabia.
E ele estava perfeitamente correto. Talvez seus instintos de Digimon disseram a ele.
Então, quando Taichi e Koromon se despediram do mundo humano, Hikari falou com essas palavras misteriosas:

– Tenho certeza de que vamos nos ver de novo.



– Será que Hikari sabe sobre o Digimundo...?




1- Na animação original, esses eventos aocnteceram quatro anos antes da história, em 1995. Aqui estão sendo colocados como três anos antes, em 1996. Não sei se isso foi um erro de tradução ou uma mudança intencional, então vamos manter como três anos.

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